Meus irmãos e irmãs em Cristo venho aqui com muita alegria no coração contar o meu testemunho e espero que ele possa renovar a esperança e fé em suas vidas, e mesmo que tudo pareça impossível com Deus tudo é possível!
“Pois nada é impossível para Deus” (Lucas 1:37)
Me chamo Wilma e meu deserto durou 8 meses, tenho 28 anos, não cresci em um lar cristão, pelo contrário, minha mãe e minha vó frequentavam a umbanda, qualquer briga no casamento corriam para pai de santo e nada resolvia, depois de muita falta de saberia, meus pais e avós se separarão.
Assim foi em meus namoros, brigava corria para o pai de santo, mais irmãos NADA resolvia, tudo era temporário. E a famosa maldição hereditária estava acontecendo em minha vida, eu tinha PAVOR de não conseguir construir a minha família, ser largada pelo marido e ser mãe solo.
Até que conheci meu esposo, onde eu largo a umbanda, porque ele acabou descobrindo que eu frequentava e odiava a idéia. Eu e meu esposo temos uma diferença de idade de 6 anos, ele tem 23 anos, nos conhecemos mais ou menos uns 10 anos, éramos vizinhos, mas de relacionamento 3 anos, não somos casados no papel, apenas moramos juntos, mas em breve iremos nos casar para honra e glória do nosso Senhor Deus, ele nunca foi casado e nem eu, temos uma filha de 1 ano e 3 meses.
Eu por ser mais velha nunca dei bola para ele, até que um dia ele começou a me mandar mensagens, comentar minhas fotos em rede social e puxava muito assunto, e finalmente se declarou. Eu era totalmente do mundão, estava solteira, pegava geral, nunca estava sozinha, sempre tinha alguém, porem nada sério, saia todo final de semana com minhas amigas e bebia muito. Meu esposo a mesma coisa. Mas tinha uma diferença, ele sempre foi de beber em casa, na casa de parentes, amigos e vizinhos. Eu não, saia somente para lugares caros e com pessoas que tinham dinheiro, mas tipo muito dinheiro mesmo!!!
Éramos de mundos completamente diferentes, ele super humilde, um garoto de bairro, que nem ensino médio tinha terminado, eu uma menina que estava terminando a faculdade, muito fresca e mimada. Mas nos apaixonamos perdidamente, minha família não sabia o que eu tinha visto nele, a família dele falava Wilma você têm capacidade para arrumar um doutor igual você. Eu não dava ouvidos para ninguém, muito menos ele. Ninguém botava fé no nosso namoro. Porém nosso primeiro ano de namoro foi totalmente sem compromisso, vivíamos brigando e cada um ia para seu lado, resumindo íamos para farra.
Eu digo que meu deserto começou no namoro e nem sabia kkkkkk
Porque hoje em dia tendo conhecimento do que é um deserto, definitivamente eu vivia um e não sabia. A falta de sabedoria e imaturidade ajudou muito também. O inimigo já queria destruir desde o namoro os planos de Deus para minha família. Porque qualquer coisa o Léo se transformava em outra pessoa, não me queria mais, ele simplesmente não olhava mais na minha cara, me bloqueava, eu caia no choro, me humilhava e corria atrás. Mas não deixava de ficar com ouros homens nesse período, depois voltávamos. Isso foi durante um ano.
Nessas idas e vinda, invés de eu ir atrás do único que poderia me ajudar, que é o nosso Senhor Deus, eu ia atrás de pai de santo, mas tem um grande porém nesse meio, nenhum pai de santo aceitava fazer nenhum tipo de trabalho, para eu e meu esposo que na época era namorado, para que ficássemos bem. NENHUM!!
Acredito que já era o dedo de Deus. Mas ainda não querendo saber de Deus, pesquisava na internet simpatias para o namorado voltar, acendia vela branca e orava, e adivinhem para quem eram minhas orações para Deus, mas orações vazias, sem fé, sem sabedoria, sem a presença do Espírito Santo. No segundo ano de namoro, minha vó vendeu nossa casa que era enfrente a casa do meu marido, onde minha sogra mora até hoje, foi onde tomamos vergonha na cara e começamos a namorar sério, sem festas, sem brigas e términos atoa. Porém meu esposo sempre bebeu muito, até mais do que eu.
As festas aos finais de semana nos parentes dele continuaram, só que agora íamos juntos, só que a bebedeira do meu marido estavam me incomodando demais. Numa dessas em fui perdendo a vontade de beber, de passar a noite em farra. A Wilma mundana estava ficando no passado, (glória a Deus). Nesse momento começa acontecer umas das transformações que Deus queria para minha vida.
Claro que meu marido começou a perceber. Como eu havia parado de beber, queria que ele também parasse, mas tentei convencê-lo na força do meu braço. Sem saberia nenhuma, eu brigava, gritava, xingava, mandava ele embora da minha casa. Extremamente rixosa e imatura. Nisso eu engravidei da nossa filha, não foi planejada porém muito amada, ficamos felizes e todos a nossa volta também!!!
Ele acompanhou a gestação, tivemos nosso altos e baixos, mas estávamos juntos. Daí comecei a cobrar que deveríamos alugar uma casa para que morássemos juntos, afinal íamos ter uma bebê, só que meu esposo estava desempregado e eu sem trabalhar porque a pandemia estava no auge e todos os estabelecimentos fechando, e na minha profissão não tenho nenhum tipo de licença maternidade, auxílio, ou algo do tipo, absolutamente nada. Só tenho salário quando trabalho. Resumindo estávamos na pindaíba.
Chegou o dia do parto da nossa filha, foi maravilhoso. Em maio de 2020. Depois de 5 dias sai da maternidade e voltamos para casa da minha vó, onde eu ainda morava, pedi para minha vó que deixasse ele ficar por 1 mês dormindo em casa, porque eu queria ele perto de mim e da nossa filha e fora que ele me ajudaria com tudo, me ajudaria tomar banho, faria comida, e principalmente a cuidar da nossa bebê.
Depois de 13 dias de resguardo, ele foi passar o dia na casa da minha sogra, e voltou falando que tinha alugado uma casa para gente, eu fiquei tão feliz mais tão feliz que nem perguntei como ele conseguiu assim tão rápido, ele só chegou e falou que alugou a nossa casa e não via a hora de morarmos juntos, sem ninguém somente nos, porque meu esposo não se sentia muito a vontade na casa da minha vó, era nítido no rosto dele, mas por mim ele fazia esse esforço.
Ele sempre fez de tudo por mim, e mesmo assim muitas vezes eu dava o devido valor. Enfim nós mudamos, como eu ainda estava de resguardo da bebê, não fiz nenhum esforço, ele quem fez tudo com a ajuda dos nossos compadres. E como Deus é perfeito em seus planos, logo em seguido após uma semana, ele arrumou um emprego, ficamos ainda mais felizes. Tudo estava dando certo, estávamos morando juntos, tínhamos a nossa família e ele arrumou emprego.
Tudo perfeito até que meu marido voltou a beber, com 20 dias que nossa filha tinha nascido, ele simplesmente depois de uma discussão por conta da bebida, ele falou que ia voltar para mãe dele que não me queria mais, que iria somente assumir o papel de pai, eu fiquei desesperada, chorei e me humilhei, meu leite secou por conta do estresse. No fim nos resolvemos
Passou os 40 dias do resguardo eu estava me sentindo muito bem, então retornei aos meus atendimentos no consultório. A situação entre nós estava ok, nem bom e nem ruim, morna. Aparentemente éramos uma família feliz. Mas a necessidade do meu esposo beber e ficar na rua estava estampado na cara dele. Ele nunca passou a noite na rua, e me deixar sozinha em casa. Porém meu marido tem uns costumes bem desestruturados do que realmente é uma família, ele não conhece o pai, não foi registrado, minha sogra foi mãe solo de três meninos sem a ajuda dos pais, porque cada um, é filho de um pai diferente. Ela criou eles com muita ajuda dos vizinhos e parentes. Uma criação bem humilde e simples.
Nisso meu esposo foi criando hábitos, do qual, eu que venho de família tradicional, não aceitava de forma alguma, atitudes e pensamentos referente a família. Ele não dava valor algum para o real significado do que é uma família, uma vez chegou a dizer que eu não iria morrer se eu criasse nossa filha sozinha, até porque a mãe dele criou ele sozinho e não morreu. Sem base familiar total. Ele passou a infância e adolescência no mesmo bairro que nasceu, tanto que alugamos uma casa na mesma rua da casa da minha sogra porque ele não conseguia se desprender daquele lugar, sendo assim ele conhece todo mundo do bairro, afinal já são 23 anos no mesmo lugar.
"Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne" - Gênesis 2:24
A rotina do meu marido, quando solteiro, era acordar tomar café e ficar literalmente o dia todo na rua, ou na casa de vizinhos e amigos. Voltava somente a noite para casa dele. Consequentemente ele levou esses hábitos para o nosso casamento, só que ele não conseguia entender que não éramos mais namorados, tínhamos construído nossa família, tínhamos nossa filha agora.
Depois de muitas discussões e desentendidos, ele sossegou em casa e ficou sem beber durante 2 meses, era literalmente o homem que sempre quis. No dia 2 de novembro (pior dia da minha vida, não gosto nem de lembrar). Acordamos, fizemos o que fazíamos de acostume, fiz o almoço, ele falou vou na minha mãe e já volto para gente almoçar. Anoiteceu, já era 8 da noite, liguei e ele não atendeu, então fui até lá, ele estava bebendo na casa de uns parentes que nunca quiseram ele comigo, mas hoje entendo que o inimigo usou essas pessoas para colocar coisas na cabeça do meu marido.
Chegando lá, ele começou a gritar comigo, mandando eu ir para casa e cuidar DA MINHA FILHA, ele falou essas palavras, “vai pra casa cuidar da sua filha”. Eu comecei a chorar e a tremer desesperadamente, subi pra casa, continue ligando, ele não atendia nenhuma ligação, simplesmente era outra pessoa. Peguei nossa filha e fui pra casa da minha vó, ele viu eu indo e gritou no meio da rua vai embora mesmo e não volta nunca mais. Chegando na minha vó, ela me deu muitos conselhos sábios. Resolvi ouvi-la e voltei para casa, demorei lá coisa de uma hora.
Cheguei não tinha mais festa na casa desses parentes, fui pra casa e ele não estava lá, então fui na minha sogra, todo mundo falando que ele não estava lá, e realmente não estava, mas escutei um barulho de baixo do carro na garagem, ACREDITEM, ele estava de baixo do carro se escondendo de mim. Eu não estava acreditando no que estava acontecendo, tínhamos acabado de ir morar juntos, fazia apenas 6 meses, o tempo de nascimento da nossa filha, e em tão pouco tempo estávamos vivendo aquele inferno, e meu esposo se comportando daquela forma.
Fomos pra casa, dei banho nele, falei você vai dormir no sofá, não vai dormir comigo fedendo a bafo de cachaça. Amanhã quando a gente chegar do trabalho conversamos. Assim ele fez. Deu 5:00 o desesperador dele tocou para ele ir trabalhar, só que ele não levantou, fui até a sala e falei você não vai trabalhar!? Ele disse não!!
Eu como sempre fiz o meu show, os conselhos da minha vó, estavam indo para o ralo. Brigamos feio, foi a nossa pior briga, agressões verbais e físicas. Fui para casa da minha vó em prantos com a nossa filha no colo. Ele mandou mensagem pela manhã, falando coisas horríveis, eu não respondi!!
Quando foi a noite ele pediu para eu voltar para nossa casa, que estava arrependido do que fez. Eu certa de que era o fim, que não iria mais aceitar aquela situação, até porque não era de hoje que eu pedia para ele parar de beber, porque ele simplesmente se transformava em outra pessoa. Queria resolver na força do meu braço, nunca reconhecia, que nunca fui uma esposa sábia que edificava o lar, mas sim a tola que destruía com suas próprias mãos, no meu caso com a língua. Falava, reclamava e cobrava muito meu marido de qualquer coisa. Nunca fui uma esposa mansa e quieta.
"A mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua" - Provérbios 14:1
Isso tudo sem a presença de Deus, não passava pela minha cabeça em pedir ajuda e se render completamente a Ele. Fiquei firme na minha decisão, uma semana depois ele correu atrás de mim, pedindo ajuda da minha mãe e da minha vó, para que gente voltasse, acredito que naquele momento meu coração estava endurecido por conta de tudo que tinha acontecido e achava que meu marido era o único culpado. Senhor que eu também tinha minha parcela de culpa.
Falei para todo mundo que não queria mais meu marido, que ele era um irresponsável que só queria viver na farra bebendo sem saber da família, óbvio que contando somente minha versão e fazendo do meu marido um monstro, todo mundo me apoiou.
Até que Deus mandou uma pessoa no meu caminho e falou lute pela sua família. Fiquei muito pensativa depois que ouvi isso, então voltei para nossa casa. Chegando lá, meu marido simplesmente me manda embora de volta, falou se eu tinha tomado aquela decisão então que fosse embora mesmo. Perguntei duas vezes se era o que realmente ele queria, ele disse sim. Assim eu fiz, peguei nossa filha e fui embora, não me humilhei, não pedi para ele parar com que estava fazendo, apenas fiz o que ele me pediu. E por incrível que pareça naquela hora senti uma paz.
Aluguei uma casa para mim e para nossa filha, ele voltou para casa da minha sogra, e entregou o aparamento que era alugado. No primeiro mês foi o pior mês da minha vida, sofri muito mas muito mesmo, não conseguia entender o porque aquilo estava acontecendo, não comia, fiquei com 48 kilos, não dormia, não falava com ninguém, não conseguia trabalhar, a única coisa que eu não deixei de fazer foi cuidar da minha filha até porque ela só tinha 6 meses, ela era a única que me fazia feliz e conseguia arrancar um sorriso no meio de tanta dor.
"Os filhos são herança do Senhor. uma recompensa que ele dá" - Salmos 127:3
Todo mundo queria conversar comigo sobretudo o meu casamento e me meter o pau no meu marido, nesse momento definitivamente eu me calei, não falei mais um A dele para ninguém. Nesse primeiro mês ele me repudiou muito, não falava comigo, mal ligava para saber da nossa filha, quando ligava eu pedia para voltar e começava chorar, (pelo amor de Deus não façam isso, que vergonha).
No mês de dezembro mesmo sabendo que nada de pai de santo resolvia minha vida, procurei o mesmo que sempre me consultava, apenas uma consulta para saber se meu marido iria voltar, o pai de santo detonou com meu marido, falou para eu arrumar outro, que meu marido não me amava e já estava com outra. Eu fiquei pior do que estava. No dia seguinte, o pai de santo me mandou mensagem, perguntando se eu não queria fazer um trabalho para esquecer meu marido e arrumar outro. Na mesma hora bloquei ele, e nunca mais nos falamos, nunca mais mesmo minhas irmãs.
Fui para YouTube procurar alguma coisa sobre relacionamento, não lembro o que exatamente. No meio da pesquisa veio na minha mente, testemunho de casamento restaurado, aí lembrei que já tinha ouvido um, mais ou menos um ano atrás, mas não tinha entendido muito o que era restauração de casamento. Encontrei vários canais, o primeiro foi da Elaine Soares, através dela achei o do presbítero Walter, e do presbítero achei o blog da Sol - o Restaurar Casamentos, ali começou minha busca pela restauração do meu casamento, conhecer mais quem é Deus. Deus me Deus várias promessa de restauração e me apeguei em todas, mas a primeira nunca esquecerei.
"Certamente vêm os dias, diz o Senhor, em que mudarei a sorte do meu povo, Israel e Judá, e os farei retornar à terra que dei aos seus antepassados, e eles a possuirão”, declara o Senhor" - Jeremias 30:3
Entrei no grupo da Nathalia, que me ajudou muito com as orientações no grupo, não era muito de falar, mas absorvia cada orientação, comecei a ler o livro "Como Deus pode e vai restaurar seu casamento", assisti vídeos e mais vídeos sobre restauração, nesse momento comecei a entender o que era deserto, muitas coisas batia com a minha situação. Comecei a fazer uma campanha do canal do Presbítero de 40 dias, comecei a jejuar, pesquisei muito o que era jejum, porque eu achava que era uma barganha, Deus me dá isso que eu faço aquilo. Totalmente imatura e sem conhecendo desse mundo espiritual. Assim fui me aproximando de Deus, e finalmente aceitei Jesus como meu único Senhor e Salvador, que sem ele eu não podia nada.
Passei o natal e réveillon na casa da minha mãe, não chorei nenhum momento, estava triste mas não demonstrei para ninguém. No dia 2 de janeiro meu esposo se reaproximou, pediu para vim para minha casa que estava com muita saudade da nossa filha, veio complemente bêbado, fedendo a cachaça, tomou um banho e foi dormir, fiquei na sala com a nossa filha, achei que já era a restauração (boba né). Ele acordou, jantamos e assistimos filme, e adivinhem o que eu fiz!?
Isso mesmo, pedi para voltar, porque eu o amava, nossa filha precisava dele, e todo aquele chororô, comecei agarrar ele, pedi um beijo, ele negou, continue insistindo, ele frio como uma geladeira não conseguia me tocar. Comecei a chorar, ele falou não precisa chorar, calma, começou a me beijar e fazer o que eu tanto queria, isso durou nem 15 minutos, foi horrível, totalmente sem amor, sem conexão, sem a química que tínhamos.
Mas não falei nada, afinal eu só queria que ele voltasse, no dia 4 de janeiro ele disse que iria voltar só que não naquele momento, que era para eu esperar, questionei perguntando porque ele não voltaria naquele momento, falei você está com outra mulher, ele falou não estou e não é isso só não vou fazer o que você quer na sua hora, então espera.
No final de semana seguinte fomos para praia, me tratou como mulher, todo carinhoso, parecia que eu estava vivendo um sonho, detalhe parei de orar, estava no meio de uma campanha e não continue e quebrei o jejum, o centro da minha vida estava sendo meu esposo novamente.
"Assim diz o Senhor: Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor” - Jeremias 17:5
Fiquei mal durante uma semana, nessa semana ele não falou comigo. Na mesma semana conheci minhas parceiras de oração,(tenham parceira de oração) Daiane e Thayna, e logo em seguida veio a Kézia, foi benção ter conhecido elas, realmente foi um presente de Deus nesse deserto, fazíamos propósitos, campanhas, jejuns, dávamos conselhos guiados por Deus uma para outra, e também não falávamos somente sobre restauração de casamentos, falávamos sobre tudo.
Em fevereiro meu marido, estava querendo comprar uma moto, confesso que não gostei da ideia, porque sempre achei moto perigoso e ele mesmo falava que não gostava de moto, orei e falei para Deus se for da tua vontade que ele compre essa moto, caso contrário Senhor não permita, depois de duas semanas meu marido perdeu o emprego. Na hora não acreditei, mas naquele momento vi o agir de Deus.
Ele parou de me ajudar financeiramente, parou de pagar a pensão da nossa filha, só pagou nos três primeiro meses da nossa separação. Algumas pessoas falavam pra eu colocar ele na justiça, porque era obrigação dele, eu sempre falava que não iria colocar porque quem me sustentava era Deus. Na sua infinidade bondade Deus não deixou faltar nada para mim e para minha filha até o final do deserto. Acreditem até o meu salário triplicou. Glórias a Deus.
"Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa" - Isaías 41:10
Meu marido pedia dinheiro para mim, no começo eu até dava mas depois parei, onde foi que ele chegou em um estado que não tinha nem 10 reais na carteira. Situação muito triste. Era nítido na cara dele que ele estava frustrado com aquilo, mas era permissão de Deus na vida dele, eu não poderia fazer nada. Até março eu cedia todas vezes que ele me procurava, mas era algo tão carnal para ele, que no dia seguinte bem cedo ele ia embora, eu não passava de mais uma. Me procurava sábado de madrugada toda vez bêbado.
No mesmo mês soube que ele ficou com outra mulher, fiquei desesperada, descobri o telefone dela e fui falar com ela, (pior coisa), meu marido falou coisas horríveis para mim, até desejou minha morte. Eu certa que iria virar namoro ou algo sério. Ficamos 15 dias sem nos falar, nesses 15 dias, se ele ligou duas vezes para ver nossa filha foi muito. Logo em seguida voltou a me procurar, voltou a mandar mensagens durante o dia, ligar todos os dias para nossa filha, até tentou voltar a dormir comigo mas eu recusei então desde aquele dia ele não dormiu mais na minha casa.
Descobri que ele não estava mais com aquela mulher, pela própria boca dele e da minha sogra também, apenas falei a vida é sua, isso não me desrespeita!! Desde então nunca mais soube que ele ficava com outras, porque parei de querer saber, pedi para minha sogra parar de trazer notícias dele, falava para ela que ele era apenas pai da minha filha, que eu não queria saber nada da vida dele, ela demorou em parar de fazer isso até que parou, porque ela viu que realmente eu não estava nem aí pra ele. E de fato eu não queria saber, foi aí que aconteceu o deixa ir totalmente. E a dependência emocional dele acabou.
Muitas vezes na hora da raiva, eu bloqueava ele, ficávamos sem nos falar uma semana, por incrível que pareça sentia paz nisso, mas ele pegava o celular da minha sogra e ficava falando que me amava e pedia para desbloquear. Até que nunca mais bloqueei, respondia o básico do básico sobre nossa filha, não respondia quando ele perguntava, o que estava fazendo ou onde eu estava. Até porque ele não tinha mais direito em saber da minha vida, sem contar que eu não perguntava isso para ele.
Todo final de semana ele bebia, como ele já sabia que eu não aceitaria ele mais de madrugada e bêbado, então ele mandava mensagem de madrugada, falando que me amava, que estava com saudade, que queria eu com ele. Várias declarações. Mesmo sem está bêbado ele chegou a mandar eu te amo. No começo eu até ficava feliz com isso, mas depois de um tempo não fazia mais diferença na minha vida.
Mês de abril e maio nos falamos pouco mas nos falamos, foi ao aniversário da nossa filha, foi maravilhoso. Tanto que eu fiz o jejum das cartas em fevereiro pedindo para que Deus restaurasse meu casamento até o dia do aniversário da nossa filha, não aconteceu, mas também não fiquei triste, porque não era o tempo de Deus.
Em junho mal nos falamos, ele não perguntava mais nada da minha vida, apenas ligava para ver a nossa filha e ponto. Cheguei até pensar que ele estava com alguém, mas não fiquei questionando Deus e nem tentei saber alguma coisa. Nisso meu esposo ensaiou em voltar para casa, arrumou todas as coisas dele, mandou mensagem, “estou voltando para para casa” em menos de uma hora mudou de idéia. Acreditem não chorei e nem fiquei triste. Depois de uns 4 dias, Deus usou a Nathalia para falar comigo, falando que quem iria fazer seria Ele e não eu, nada que eu falasse para meu esposo adiantaria, Ele tinha que ser o centro da minha vida. A partir dali eu fui obediente, me calei, me afastei mais ainda do meu marido e coloquei Ele no lugar de onde ele nunca poderia ter saído.
Lembrando que nesse processo todo, continue trabalhando sem desânimo, mesmo triste, não deixei faltar nada para nossa filha, saia com a minha comadre e minha vó, não me envolvi com outra pessoa, fiquei totalmente em santidade, me alimentava super bem, (isso quando eu não estava de jejum), dormia em paz. (tudo depois que descansei no Senhor).
Esperei no Senhor e vivendo a minha vida. Assistia pregações, lia livros de batalha espiritual, fazia e faço devocional, acordava às 3 horas da manhã. Minhas orações no começo eram mais voltada para que ele sentisse falta da família, de casa, pegasse nojo da bebida alcoólica, orei muito a cerca de espinhos, para que tivesse uma decepção com os amigos, ou até mesmo que Deus usasse a boca de um deles para falar para meu marido voltar para casa, (meu marido me falou assim que voltou, que recebeu muitos conselhos de amigos para voltar para família (amigos do mundão), que o mundo não tinha o que oferecer), glórias a Deus, ele houve cada oração.
“Peçam, e será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta será aberta. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” - Mateus 7:7-8
Depois as orações foram apenas para mim, para que Deus me fortalecesse e me blindasse e protegesse a nossa filha, entregue ele totalmente nas mãos de Deus e pedi que o Senhor fizesse a vontade dele em nossas vidas e no nosso casamento.
Como estávamos no meio de uma pandemia, não estava indo aos cultos, somente on-line, mas irei retornar em breve e me batizar nas águas. Hoje em dia sinto orgulho em falar que sou cristã, peço perdão a Deus por não ter me aproximado dele antes.
Eu estava sentindo as transformações que Deus estava fazendo em minha vida, estava me sentindo em paz, uma paciência que nunca tive na minha vida, com tudo e com todos, a forma de falar, a forma de se vestir, a forma de pensar, parei de beber literalmente, não tenho vontade de ir para balada, aprendi me calar e ouvir, e principalmente me render aos pés do nosso Senhor.
E assim Deus fez, trouxe meu marido no dia 31/07/2021, para honra e glória do nosso Senhor Deus. Não fui repudiada, mas ouvi muitas vezes do meu marido que não iria voltar, que não moraria na casa que aluguei, que voltaria mas logo em seguida mudava de ideia, (uma opressão tremenda), não teve om fixa, mas sofri muito com algumas atitudes e palavras do meu esposo, pensei em desistir inúmeras vezes, até realmente descansar. Foram 8 meses mas cada dia para quem está no deserto é uma eternidade.
Meu conselho é não olhem as circunstâncias e se blindem aos ataques do inimigo, porque nossos maridos estão sendo usados, olhem com olhos espirituais, sem mágoa e raiva, trate-o como uma alma que precisa de oração e ser salva por Jesus Cristo.
Assim o processo ficará mais leve, mesmo com altos e baixos que não estamos livres. Minha luta ainda não acabou, pois quero me casar no papel com ele, estou orando muito e pedindo para Deus. Creio que em breve esse sonho será realizado. Quero agradecer a Deus por todas pessoas que Ele colocou em meus caminhos, são pessoa abençoadas e iluminadas. Não posso esquecer de agradecer ao grupo Restaurar, por publicar o meu testemunho, e a nossa querida Sol, por seus áudios maravilhosos e edificantes. Que Deus abençoe!!
Fiquem com Deus, continuem persistindo e na obediência.
