38 ANOS DE CASADA - Enfrentei o deserto e hoje agradeço a Deus pelo milagre

Que alegria imensa saber que o Senhor operou um milagre no casamento de 38 anos da nossa querida amiga Lorena. Hoje ela vem testemunhar como sua fé, perseverança e entrega nas mãos do Senhor foram a prova de que, mesmo quando tudo parece perdido, Deus ainda está escrevendo uma história de amor e redenção. Cada lágrima, cada oração e cada gesto de esperança valeram a pena, porque o Altíssimo honra aqueles que creem no Seu poder de restaurar o que estava quebrado. Hoje, seu matrimônio não só renasceu, mas tornou-se um testemunho vivo de que, com Cristo, o impossível se torna realidade.

"Lorena que essa nova fase seja repleta da graça de Deus, reacendendo a chama do amor, do respeito e da comunhão que só Ele pode fortalecer. Que vocês continuem firmes, não apenas celebrando os 38 anos de jornada, mas olhando adiante com a certeza de que o melhor ainda está por vir. Que seu casamento seja sempre um farol de esperança para outros, mostrando que, nas mãos do Senhor, até as relações mais desgastadas podem florescer novamente. Parabéns por essa vitória — ela é a prova de que o milagre ainda acontece!"

Sol

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Aqui estou eu para testemunhar meu milagre e glorificar o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Ele, toda honra e toda glória! 

Aos 38 anos de casada, NUNCA pensei em viver o que vivi! Isso, meus irmãos, 38 anos! Bom, como em nenhum casamento, no meu também, nem sempre foi um "mar de rosas" e, principalmente, com uma estrada longa de uma vida a dois. Na verdade, eu nem sabia que estava num deserto, só vim me dar conta, quando um dia, ele já no sítio, eu liguei e ouvi palavras duras (tenho visto por aqui no grupo que todos ouvem, praticamente, a mesma coisa) como: "não dá mais, preciso ser feliz e vc também, acabou, não quero mais, porque você não faz isso, não faz aquilo (coisas de casa), não quero mais, arranje uma pessoa que lhe faça feliz, e coisas que nem lembro mais. 

Um breve relato da nossa história de mudança de cidade: sou de Mundo Novo - BA, meu esposo TB. Mas, depois de quatro anos de casados e já com nossos dois filhos, mudei para Salvador, cidade onde ele morava e trabalhava, mas como ele sempre dizia que só levaria a mim e aos meninos quando pudesse comprar um apartamento e num bairro bom. E, com a graça de Deus e com todo esforço dele, logo ele comprou o apartamento num dos melhores bairros da capital e me mudei. 

E lá ficamos por 32 anos, meus filhos estudaram, fizeram faculdade e, graças a Deus, a eles mesmos que são maravilhosos e aos esforços do meu esposo e meu também que já trabalhava, hoje estão formados, exercendo suas profissões! Meu esposo sempre falou que, quando se aposentasse, voltaríamos para nossa terra natal e, assim foi! Voltamos há seis anos, só que, detalhe, compramos um sítio, próximo a um povoado que pertence à nossa cidade, Mundo Novo e além do sítio, compramos uma casa no povoado. 

O sítio fica a 6 km daqui. Bom, voltando ao deserto ( precisava falar sobre essa questão porque está dentro do contexto). Meu esposo nunca foi homem "chameguento" rsrs, mas entendo, teve uma infância muito difícil, coisas que marcaram muito sua vida e, infelizmente, vejo que até hoje não superou. Mas, sempre demonstrou seu amor com atitudes, uma comida que gosto, ir a lugares que gosto, encontrar amigos, enfim, no início cobrava muito o "viver colado", mas passei a entender. Claro que, o chamego sempre existiu e continua existindo, porém, sempre de forma discreta e intimista. Pois é, então, comecei a perceber que estava excessivamente grosso, ele não falava, gritava, me respondia mal o tempo todo. 

Desde que estamos aqui, tornou-se um hábito ele ir pela manhã para o sítio e retornar finalzinho da tarde, eu sempre ia nos finais de semana. Mas, muito displicentemente, ele começou a ir, dormir dois dias, voltava no outro, dormia em casa e assim foi ficando, até o dia que ele foi e ficou de vez. Ele disse que não tinha outra mulher. Mesmo separados, ele sempre fez questão de demonstrar isso. E quando ele foi e ficou, eu comecei a entrar em desespero e comecei a agir como todos agem no início. Me humilhar, pedir, implorar para que voltasse, prometia o mundo, prometia que ia fazer e acontecer e ele irredutível, só não, não e não. 

Mas, não ficamos totalmente sem contato, porque hj, como não trabalho, ele mantém tudo dentro de casa. E como moro num povoado, aqui não tem feira livre, precisamos ir a Mundo Novo aos sábados para fazer a feira. E ele passava aqui e me pegava para irmos e pensem numa dor. Gente, ele não falava, eu ainda não me conformava e volta e meia, lá estava eu,me humilhando, implorando pela volta e ele, tomado por uma raiva e foi quando eu comecei a perceber que ele não olhava mais no meu rosto. 

Aí, quando chegava em casa destruída física e emocionalmente, só chorava. Mas era uma dor, uma dor que vai na alma. Você perde o chão, a dignidade por se sentir desprezada e parece que o mundo não quer conta com você. Eu só vivia com o corpo trêmulo, um bolo no estômago e a tristeza tomou conta de mim. Aí, parei de acompanhá-lo qdo ia a Mundo Novo porque quando voltava, eu achava que não ia suportar tanto desprezo, repúdio. Um dia, estava no Google procurando algo no sentido de como acabar com a dor da separação, algo assim e, acreditem, apareceu o blog restaurar e eu abri e, no meio de tanta ansiedade, não sabia o que lia. Aí, vi lá o email de Sol, fiz um texto, enviei, mas não recebia a resposta, ela me adicionou ao grupo somente quando tinha vaga. 

Algum dias depois depois que conheci o blog, fui ler alguns testemunhos, entre eles o de Rejanne e no final, lá estava o email dela. Imediatamente, enviei uma mensagem pra ela e, qual não foi minha surpresa, ela me respondeu no outro dia e ainda me disponibilizou o número do seu whatsapp. Lógico que eu, diante de tanto desespero, entrei em contato com ela imediatamente! E ela me respondeu e, daí em diante, Rejane (minha amiga Rege, ainda não nos conhecemos, mas vamos nos conhecer) se tornou minha conselheira, meu consolo, meu ombro onde eu podia falar tudo que estava sentindo, minha parceira de oração e já acordava mandando mensagem pra ela. 

E conversávamos, ela mandava mensagens edificantes, mandava escutar os áudios de Sol e tudo que ela me falava eu fazia. Devorava as mensagens do grupo, lia as experiências, seguia algumas dicas, mas o desespero é tão grande que você recorre a tudo, procurando uma solução mágica para que tudo volte pro lugar. Aí, um belo dia, vc acorda menos aflita e, aos poucos, vc vai entendendo que Deus PRECISA entrar nessa batalha que, desde o início, entendi que era espiritual. 

E eu fui entregando a Deus, tinha sede d'Ele, tinha sede de orar, comecei também a entender que tinha que pedir a Deus que fizesse nascer em mim uma nova Lorena. Até então, eu me achava uma pessoa super fácil de se lidar, de conviver! Tudo mentira de gente pretensiosa (eu) e que via defeito em meu esposo do fio do cabelo ao dedo do pé! E continuei com as orações, veio o jejum das cartas e eu fui renascendo, me sentido forte porque eu sabia que Deus estava comigo, tirei o foco de meu esposo, foquei em mim, pedia a Deus por mim, pedia ao Espírito Santo que tirasse as escamas dos olhos dele, que mostrasse a ele que nosso casamento foi consagrado a Deus e por Deus e pedia, mas, sempre pedindo a Deus que me sustentasse. 

Ouvia os áudios de Sol e num deles que fala do "deixar ir", não pensei duas vezes, coloquei em prática. Ah, à essa altura ele já estava mais solícito, me mandava mensagens, mas, ainda assim, "deixei ir". Aí perguntava pra Rege, se devia responder às mensagens (não perguntava no grupo pq sou um pouco tímida)e ela dizia, só se for importante. Enfim, entrei no processo do silêncio total, mas à essa altura as coisas já tinham melhorado, do nada ele chegava aqui em casa, falava alguma coisa, eu continuava fazendo o que estivesse fazendo, ele saía, voltava pro sitio. 

E as mensagens continuavam, aí começou a ligar, eu só respondia o necessário, enfim, fazia a lição de casa direitinho. Ah, detalhe, ninguém da nossa família sabia ( embora ninguém, nem da minha família e nem da dele moram perto), os amigos TB não, tive provas disso porque quando ia a Mundo Novo com ou sem ele, as pessoas diziam " perguntei a Geraldo por tu, disse que tu não quis vir, mas que estava bem, ou então, "perguntei a Geraldo por tu, disse que tu tava fazendo a unha". Ou seja, em momento nenhum ele e nem eu dissemos a ninguém que estávamos separados. 

E, segue aqui um conselho, evitem falar o máximo da situação com parentes, amigos, conhecidos, só mesmo qdo não houver jeito. As pessoas, raramente, se preocupam com as dores emocionais dos outros, mas são expert em dar "conselhos". Eu, particularmente, sempre fui muito reservada com minha vida e com o meu casamento mais ainda. Nunca fui de ter uma briguinha e correr pra contar p pai, mãe, irmã/ão, tomem as rédeas de suas vidas! Nunca tirei minha aliança (ele só usou no dia do casamento, mas logo me disse, guarde porque vc sabe que não uso nada, nem corrente, nem relógio nada) e o fato dele não usar, nunca foi problema entre a gente, uso porque gosto, me sinto bem, é minha aliança com ele e com Deus. Mantive os porta retratos, não me incomodava o que ele pensava, se estava esperando por ele, etc. 

Bom, muito sutilmente e quase sem perceber, a reaproximação foi chegando como se nada tivesse acontecido. Ele não voltou num cavalo branco, não voltou pedindo desculpas, não voltou prometendo o céu com todas as estrelas e o mar com todos os peixinhos, não voltou prometendo uma segunda lua de mel, não voltou totalmente mudado, mas voltou mais calmo, mais sereno, com seus valores éticos e morais conservados, sempre preocupado com as coisas de casa, é um pai impecável e sei que muito ainda está por vir. 

Sempre tivemos uma vida social pouco intensa e o fato de termos casado cedo, termos filho cedo, nossa juventude foi 80% dedicada ao trabalho , só lar e aos nossos filhos, mas, de vez em quando isso acontece, como por exemplo, sábado fomos à uma seresta. Estou feliz, sim, estou! Mas, me sinto imensamente feliz por ter saído mais forte, mais sábia, mais segura, com minha fé renovada e me amando mais e com a certeza de que, quem nos valida é Deus, é d'Ele que vem a nossa força e que, apesar de ser uma batalha espiritual, nos posicionarmos faz toda diferença! 

O momento é de dar glória a Deus pela restauração do nosso casamento e o que falta eu não tenho dúvida nenhuma que virá, pois com a fé, joelho no chão e cara no pó, como diz a nossa querida e sábia Sol, porque, hoje falo com propriedade, sem Deus não é possível, aliás NADA é possível! Perseverem no jejum e na oração, não queiram "modelar" seus cônjuges para Deus Ele sabe o que faz! Peçam pela restauração pessoal de cada um e pela restauração do casamento e que seja de acordo como ele mandar. A restauração demanda vigília e oração, não esqueçam de continuar orando e jejuando porque o inimigo não quer sair perdendo e com certeza, se orássemos desde sempre, não teríamos entrado no deserto. Fiquei no deserto por mais ou menos 1 ano e seis meses. 

O meu testemunho de restauração é, antes de tudo, um testemunho de fé, pois se hoje estou aqui diante de toda dor que passei, tenham certeza que foi graças a nosso Deus maravilhoso que nos guia, nos protege e cumpre suas promessas. Eu só tenho a agradecer a Sol pelo seu sim de estar hoje no grupo, aos adms. a cada um de vcs que com suas dúvidas e experiências contribuem ricamente em todos os processos ( quero que saibam que em todas as minhas orações peço por todos vcs e seus cônjuges), a minha parceira de oração e hj amiga, Rege, o meu muito obrigada, minha eterna gratidão e a Deus, toda honra e toda glória para sempre! Amém 🙏 

Amélia Lorena 

lourenarabelo@gmail.com