sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Deus me avisou: "Serão 7 anos de deserto... e foi!!! Houve dor, filho fora do casamento e milagres!


Hoje celebramos não apenas a restauração do seu casamento, mas a fidelidade de Deus que nunca nos abandona, mesmo nos desertos mais áridos. Nossa querida amiga Eliane veio contar como foi sua experiência com Deus. Cada lágrima derramada, cada noite de oração e cada gesto de perseverança foram sementes de fé que o Senhor regou com Sua graça. 

"Eliane que seu recomeço seja repleto da alegria que vem do Alto, da paz que guarda os corações e do amor que supera todas as barreiras. Que seu casamento, restaurado pelas mãos do Autor da vida, seja agora um farol de esperança para outros que ainda caminham no deserto. Sigam juntos, não como quem carrega cicatrizes, mas como quem carrega a marca do poder de Deus. Sua vitória não é apenas de vocês — é herança para gerações".

 Sol
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É com imensa gratidão ao meu Senhor que venho testemunhar a restauração do meu casamento pela segunda vez.

Isso mesmo, foram dois desertos , meu primeiro deserto foi de junho/2018 até jan/2019, com contato sempre,meu esposo saiu de casa em setembro, mas todos os dias vinha em casa. Imaginava que meu esposo tivesse tido uma om nesse período, mas nunca foi confirmado. Em fevereiro de 2020, meu esposo começou de novo a ficar estranho e voltou a ficar direto no whatszap e se escondendo de mim, viajamos no carnaval e ele o tempo todo estranho, não demorou muito, em abril a bomba veio e agora era a confirmação que ele tinha uma om e mais ela estava grávida, eu cai de todos os andares possíveis. E junto a tudo isso descobri que na nossa separação em 2018 era com essa mesma pessoa que tinha se envolvido.

Como foi difícil , como doeu toda aquela verdade. Eles se envolveram em 2018, depois ela arrumou outra pessoa, mas no inicio de 2020 voltaram a se encontrar e logo ela engravidou.

No dia que ele revelou tudo, ele saiu de casa e foi morar no depósito que a gente tem (onde ficam as mercadorias, ele trabalha com vendas), assim como no primeiro deserto, ele ficou vindo em casa, porém dessa vez eu agi diferente, sofri calada, a principio não contei a minha família, nem mesmo a minha mãe, apenas uma amiga que foi meu suporte no primeiro deserto e até hoje é minha fiel conselheira que sabia e a família dele porque ele contou. Ninguém aceitou, minha sogra ficou totalmente contra ele, não queria nem que ele fosse à casa dela, meu enteado (fruto de um namoro antes do casamento) também não queria saber dele. Depois de um tempo quando me recuperei um pouco, fui contando aos mais próximos. Ele me pressionava pra contar pelo menos à minha família.

Passei todas as fases do deserto em relação a ter contato, como ele nunca assumiu a om, no inicio eu ainda mantive relações com ele, mas ao passar do tempo isso me incomodava e eu criei repúdio por ele, lembro que eu orava ao Senhor pedindo pra ele não vim em casa, não queria vê-lo. Me deleitei no Senhor e segui firme sozinha.

Como estava sem trabalhar, ele era provedor de tudo, mas eu não queria depender dele, então resolvi colocar uma loja de roupas femininas, ele me deu todo apoio e até foi comigo comprar os equipamentos pra loja. Foi um escape, porque passava o dia na loja, fiz novas amizades, conheci tantas histórias piores que a minha e ninguém sabia de nada sobre mim, pois não contei e como ele ia me buscar todos os dias ninguém desconfiava de nada. Só que ele não voltou pra casa e queria manter o casamento morando em casas separadas e eu achava que ele mantinha contato com a om. Nunca procurei saber nada sobre ela.

Com tudo isso passou-se um ano, em Setembro de 2021 meu cunhado faleceu de covid, minha irmã ficou muito mal e em novembro voltou a morar com minha mãe no interior, daí eu resolvi fechar minha loja e ir morar no interior também, comuniquei ao meu esposo, mas ele não levou a sério, achava que eu não ia. Fiquei até dezembro com a loja, pois o movimento de final de ano era muito bom e durante esse tempo fui organizando tudo da mudança. Nessa época eu já estava forte e decidida a colocar um ponto final naquela relação de incertezas que vivíamos. Tudo feito diante de muita oração, direção e confirmação do Senhor. Passei a conhecer O verdadeiro Deus e ter um relacionamento com Ele.

Nós nunca passamos nenhuma data comemorativa longe, mesmo ele fora de casa no natal, ano novo, aniversários sempre estávamos juntos. Pensei em ter uma conversa definitiva com ele antes de viajar e colocar um ponto final definitivo na nossa relação, mas minha sogra muito sabia me orientou a não ter essa conversa e assim eu fiz , viajei dia dez de janeiro de 2022. Vim em paz e feliz, parecia que estava me livrando de umas algemas.

Aqui fui me organizando, minha irmã me ajudou financeiramente e meu esposo também nunca deixou faltar nada, pois eu trouxe nossos quatro cachorros.

Sim, esqueci de mencionar, nós sempre trabalhamos juntos, eu faço a parte burocrática da empresa que ele tem e, ele e meu enteado ficam com as vendas e cobranças. Mesmo separados eu não deixei de fazer, isso fazia com que tivéssemos contato quase diário, mas eu nunca adiantei conversa paralela, sempre era só o básico da empresa, procurava resolver as coisas sem precisar falar com ele. Com um mês que eu estava aqui onde moro até hoje, ele me ligou dizendo que já fazia trinta dias que não me via e estava morrendo de saudades, confesso que nem me dei conta do tempo que já havia passado. Fui tão bem acolhida que não senti falta de nada, nem da minha casa, nem dele.

No Carnaval ele pediu pra vim me ver, mas tinha receio da minha família não o aceitar, mas eu conversei com meus irmãos e minha mãe e todos o receberam bem. Foram dias maravilhosos, eu já estava bem mais leve em relação ao repúdio que sentia por ele.

Depois disso ele ficou querendo vim sempre, mas nada de querer voltar com o casamento.

Sempre que vinha era super atencioso e amoroso, daí eu pensava vou escrever meu testemunho porque dessa vez é pra valer, mas quando decidia escrever acontecia algo e como a Sol sempre diz que é a gente sabe, eu não sentia firmeza , ele passava o final de semana aqui comigo, mas eu notava ele meio distante, no início até ficava se escondendo com o celular, mas depois começou a ficar mais a vontade.

Eu sempre lembrava da Carla Carvalho, vivi muitas situações parecidas com as que ela viveu quando o marido voltou pra casa, por achar que ele ficava lembrando da om, mas sempre me mantive calada e aos pés do Deus que tudo pode. Suportei muitos desafios calada confiando que Deus faria o meu milagre por completo, situações em que fazia eu não me reconhecer, a velha criatura realmente tinha ficado para trás, a que resmungava demais kkkk, aprendo muito no grupo e coloco em prática os ensinamentos.

Tive inúmeras vontades de colocar um ponto final no meu casamento, mas sempre que pedia direção Deus me guiava para não desistir.

O filho dele com a om, tinha nascido em novembro de 2020, mas ninguém da família o quis conhecer, apesar da criança não ter culpa de nada, a família dele não o aceitou. Com o passar dos tempos tudo foi se resolvendo, hoje todos já o conhecem e convivem com ele. Eu ainda não o conheço pessoalmente, só por chamada de vídeo e fotos, é uma criança linda!

Mas, agora estamos firmes de novo, não teve pedido pra voltar, nem a tão esperada conversa, ainda não estamos morando na mesma cidade, mas posso afirmar que a restauração do meu casamento aconteceu pra honra e glória do Senhor JESUS! Meu esposo está vindo na cidade onde moro de quinze em quinze dias, quando não vem eu vou, mês passado ele veio me buscar com os cachorros e passamos quinze dias na nossa casa onde ele ficou morando, parecia que eu nunca tinha saído de lá, mas como tenho coisas pra resolver por aqui, tive que voltar.

Lembrei que no meu primeiro deserto Deus tinha me dito que seriam sete anos de sofrimento, mas nunca me apeguei a isso, mas agora depois que cheguei na quarta fase me veio a lembrança dessa palavra e foram exatamente sete anos desde o primeiro deserto.

Deus tem nos abençoado grandemente, durante meu deserto minha irmã me deu um dinheiro e eu comprei um sitio pequeno aqui no sertão e mês passado Deus nos honrou com uma casa que aos olhos humanos não teríamos a menor condição de comprar. Na rua que a minha mãe mora, bem próximo a casa dela, quem tem casa nessa rua não vende por ser uma das melhores ruas da cidade, mas uma prima minha resolveu vender e nós éramos as pessoas mais improváveis pra comprar, porque muita gente queria, entre elas juiz de direito, procurador federal, pessoas com bastante dinheiro e nós os lisos kkkk, mas quando Deus quer , os impossíveis acontecem e, para honra e glória Dele já estou morando na nova casa.

Quando vim pro interior fiquei na casa da minha irmã, ela mora com minha mãe e a casa dela fica sem ninguém, mas sempre tive vontade de sair, sempre pedia direção ao Senhor pra alugar uma casa, mas Ele faz melhor do que pedimos e pensamos, saí de lá pra uma casa minha, Deus purinho cuidando de mim.

È fácil viver longe, não é, mas creio que Deus tem um propósito em tudo isso e logo estaremos morando juntos novamente. Meu esposo pretende vim morar no interior , mas por enquanto não pode por conta do trabalho.

Estou na quarta fase, cheia de desafios, mas com a direção do Senhor vou caminhando rumo a terra prometida.

Um dos versículos que Deus me deu no inicio do meu deserto foi Josué 1:9 “Seja forte e corajosa” e eu tenho levado comigo esse versículo pra vida.

Toda honra e glória seja dada ao meu Deus, sem Ele nada disso seria possível!

Creiam , que receberão seus milagres.

Eliane
lybgomes@gmail.com

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

SEIS ANOS DEPOIS… Deus RESTAUROU nosso casamento de forma INACREDITÁVEL!




Que bênção poder testemunhar um milagre tão lindo como o da nossa querida amiga Aline! Agradeço por ela por abrir o coração e compartilhar essa história de fé, perseverança e confiança em Deus. Um testemunho que fortalece outros casais que estão lutando, mostrando que quando entregamos tudo ao Senhor, Ele faz o impossível acontecer. 

"Aline desejo que o amor de vocês continue sendo renovado todos os dias e que o casamento seja sempre cheio de companheirismo, graça e presença de Deus. Que venham muitos anos de bênçãos, crescimento e felicidade. Que o lar de vocês seja um reflexo do cuidado do Senhor e que esse milagre nunca deixe de inspirar outros!" 

Sol

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Irmãs e irmãos, eu quero compartilhar O que Deus fez na minha vida.

Durante muito tempo, eu tentei escrever o meu testemunho de restauração, mas toda vez que terminava... parecia um muro de lamentações. Não havia alegria. Só dor, apontamentos e lembranças difíceis. Então orei. E o Espírito Santo me disse:
“Lembra de onde você veio... e onde Eu te trouxe.”


Foi nesse momento que eu reescrevi tudo, guiada pelo Senhor, durante ESTE último jejum das cartas. E hoje, com o coração em paz, quero contar tudo o que o Senhor fez — e tem feito — na minha vida. 

Quero começar com alguns versículos que sempre foram a base da minha caminhada. Inclusive, estão escritos à mão na capa da minha Bíblia — uma Bíblia que o meu esposo me deu de presente, lá em 2012. E ele mesmo escreveu.

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.” Salmo 119:105

 

“Assim já não são dois, mas uma só carne.” Marcos 10-8
“Deleita-te também no Senhor, e Ele te concederá o que deseja o teu coração.” Salmo 37 - 40

 

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3.3

Eu venho de uma família marcada por muita luta — violência, traições e vícios.
Minha mãe foi traída logo no início do casamento, e mesmo sendo uma mulher cristã, enfrentou grandes dores. Ela perdoou, mas as consequências espirituais foram pesadas. Meu pai acabou se perdendo nas drogas, e o ambiente dentro de casa se tornou cheio de sofrimento.

Eu era só uma menina quando presenciei agressões. Com apenas 11 anos, corri cerca de seis quilômetros até a casa da minha avó paterna, pedindo que ela salvasse minha mãe de uma surra. Essa cena marcou minha vida. E sem perceber, criou uma raiz de amargura dentro de mim — principalmente na forma como eu lidava com figuras maternas e sogras no futuro.

Ainda naquele mesmo ano... conheci o Thiago. Ele tinha 13 anos, eu 11. Estudávamos na mesma sala, na quinta série D. Ele era um menino alto — muito alto — e andava sempre de preto, com coturno e aquele jeito fechado. Confesso que, no começo, eu tinha medo dele. Mas um dia, fomos colocados juntos para fazer um trabalho de escola: uma poesia para o Dia das Mães.E foi ali, entre cadernos e risadas de criança, que Deus começou a escrever a nossa primeira conexão.

Naquela época, claro, éramos só amigos. Mas Deus já via adiante o que eu ainda não via. Thiago também vinha de uma família muito conturbada. A mãe dele era amante, e o pai biológico ainda nem o havia reconhecido no cartório. Cresceu com feridas, rejeição e muita carência. E como todo adolescente sem base emocional, começou a se envolver com coisas erradas — inclusive drogas. Pouco tempo depois, ele desapareceu da cidade, foi morar com a avó no interior, e nós perdemos o contato. 

Enquanto isso, a minha infância terminou cedo. Com sete anos eu já cuidava dos meus irmãos e da casa. Aos onze, trabalhava em um mercadinho e me achava adulta demais. Mas por dentro, havia uma menina ferida tentando sobreviver.

Aos doze anos, conheci meu primeiro namorado. Poucos dias depois, meu pai foi preso injustamente, e a ausência dele me deixou ainda mais vulnerável. Comecei a sair, a beber, a buscar em festas e amizades o amor e o cuidado que faltavam em casa. E assim, aos quatorze anos, engravidei da minha primeira filha.

Quando ela nasceu, deixei de estudar por um tempo. Fui morar com o pai dela, mas logo percebi que o ciclo se repetia: brigas, bebedeiras e agressões. Aos dezessete anos, encontrei coragem pra fugir. Voltei pra casa da minha mãe, levando comigo a minha filha. E foi aí que Deus começou a mover novamente a peça chamada Thiago na minha vida.

Por coincidência — ou melhor, por propósito — Thiago era amigo do meu irmão. Eles patinavam juntos, e às vezes ele me dava carona, sempre gentil, sempre com aquele jeito tranquilo. Mas eu ainda sabia que ele fumava maconha, e aquilo me afastava dele.

Eu continuava tentando viver do meu jeito. Saía muito, bebia, dormia fora de casa. Hoje eu sei que tudo isso era um grito por amor. Era a falta do verdadeiro Pai. Mas o Senhor já me observava, preparando o encontro que mudaria tudo.

Aos dezoito anos, eu consegui o meu primeiro emprego registrado. Tinha um Nextel, e o Thiago descobriu meu ID. Começamos a conversar, marcamos de sair... mas eu acabei bebendo com colegas e esqueci dele. Ele ficou tão magoado que desapareceu novamente.

Nesse mesmo período, meus pais se divorciaram. E a separação deles foi um trauma pra mim. Meu pai não aceitou o fim, tentou agredir minha mãe e quase a matou na porta do fórum, jogando ela na frente dos carros na avenida. Aquela cena ficou gravada na minha mente, e eu carreguei esse medo por anos. O medo do divórcio. O medo da destruição de uma família.


Naquele tempo, minha mãe teve que mudar de cidade, e eu fiquei sozinha com meus irmãos e minha filha. Foram dois anos de luta. Mas Deus sustentou cada detalhe. O dono da casa onde morávamos faleceu, e nunca mais precisávamos pagar aluguel. A igreja ajudava com cesta básica e leite. Foi um tempo de escassez... mas também de milagre.

Quando completei vinte anos, voltei a frequentar uma igreja. Mas confesso: mal terminava o culto e eu já estava bebendo de novo. Era uma vida dupla. Eu não conseguia me libertar das amarras do mundo. Até que um dia, um amigo de balada, que queria conquistar a filha de um pastor, me chamou pra ir com ele à igreja. E foi ali que tive meu primeiro encontro verdadeiro com Deus.

No meio do culto, o pregador veio até mim e disse: “Deus está enviando uma solução pro seu problema de fornicação. Um varão. Um casamento. O melhor de Deus.” Fiquei sem graça, mas aceitei a palavra e voltei pra casa em paz. Era sábado. No domingo de manhã, saí pra comprar pão... E quando dobrei a esquina, vi uma moto preta se aproximando. Era o Thiago. Eu congelei. Depois de tantos anos, ali estava ele — o mesmo Thiago, mas transformado.

Conversamos, saímos pra almoçar. E no shopping, ainda sem entender o que Deus estava fazendo, nos beijamos. No fim do dia, ele disse que precisava ir embora, porque tinha culto. Ali, eu soube: Deus o havia libertado. Ele não bebia mais, não fumava, e até cursava Teologia. O milagre veio completo.

Um mês depois, no Natal, ele me pediu em namoro. E foi a primeira vez que ouvi dele um “eu te amo”. Ele contou que havia orado por mim dias antes de me encontrar na rua. E foi assim que começou nossa caminhada juntos — agora com Deus no centro. Logo depois que começamos a namorar, Deus começou a abrir portas.

Mudei de igreja, me tornei membra e obreira, e o Thiago também. Servíamos juntos, cheios de propósito, e ele me ajudava com meus irmãos e com a minha filha. Era um tempo de bênçãos e crescimento. Com o namoro, Deus também mudou o meu emprego — fui promovida para uma posição melhor — e o Thiago se tornou empresário. Deus abençoou o trabalho das mãos dele. Ele abriu uma empresa, contratou quatro funcionários, e prosperava como nunca.

Com dois anos de namoro, engravidei novamente. Ele não me pediu em casamento de forma romântica, apenas disse: “Você quer ir ao cartório oficializar tudo?”. E eu, apaixonada e convicta de que era a vontade de Deus, aceitei. Nos casamos em janeiro de 2013. Nossa filha nasceu em março, linda, saudável, enorme, a cara do pai. Mas nem no casamento, nem no nascimento dela, minha sogra esteve presente. Ela sempre demonstrou resistência à nossa união, e só foi na minha casa depois do nascimento da bebê.

Mesmo assim, seguimos firmes. Servíamos na igreja, tínhamos cargos e responsabilidades, e o Thiago era exemplar: um marido dedicado, um pai amoroso, um líder fiel. Ele era presbítero, e eu me sentia completa. Por um tempo, vivemos dias de paz e prosperidade. Mas, como a Palavra diz, “quem está de pé cuide para que não caia.”

O inimigo começou a agir de forma sutil. Enquanto eu estava envolvida com os compromissos da igreja, o Thiago começou a sair à noite para patinar. No início parecia algo inocente, mas o grupo era misto — homens e mulheres — e as saídas iam até de madrugada. Um dia, percebi que uma mulher desse grupo começou a se aproximar demais dele. Ela o seguiu nas redes sociais, e o Espírito Santo me alertou. Confrontei o Thiago, e ele admitiu que ela havia dado em cima dele, mas garantiu que nada havia acontecido.

Oramos juntos e decidimos colocar limites: eu só participaria das vigílias com ele presente, e ele não patinaria mais nas madrugadas. Funcionou por um tempo, e voltamos à rotina. Com o casamento vieram mais responsabilidades. Ele se tornou tesoureiro da igreja, e as pressões cresceram. Ainda assim, era o homem de Deus que eu admirava.

Em 2015, meu pai faleceu. Foi um período difícil, mas Deus permitiu algo bonito: minha mãe pôde voltar a morar perto de nós. Toda a família começou a congregar na mesma igreja. Era uma fase de gratidão — improváveis transformados pela graça, esta era nossa família. Nos mudamos para uma casa maior.

Eu trabalhava dez horas por dia, e o Thiago cuidava de quase tudo durante a semana: cozinhava, lavava, fazia compras. Mas a casa era na rua da minha sogra, e ela interferia demais. Tinha chave, mexia nas nossas coisas, e fazia de tudo para nos colocar um contra o outro, eu ficava acuada pois ela me ajudava muito com minha filha.

Ainda assim, Deus segurava o nosso lar. E mesmo sem perceber, Ele já preparava o terreno do deserto. Em 2018, compramos nosso apartamento e mudamos de cidade. Eu estava cansada do meu trabalho, pois era longe e exigia viagens diárias. Acabei adoecendo. Foram meses de dor — tendinite, hepatite, infecção renal e inflamação na vesícula. Fiquei internada cinco dias, entre a vida e a morte.

O Thiago me visitava todos os dias. No quarto dia, Jesus me visitou também. Senti a presença dEle me curando, enquanto meu marido orava por mim e a igreja intercedia. Pouco depois, fui demitida. Passei a cuidar de casa em tempo integral. E era feliz. A casa sempre limpa, bolo quentinho, e a presença de Deus constante. Me sentia a verdadeira mulher de Provérbios 31.

Mas as economias acabaram, e as brigas começaram. Não porque faltava dinheiro — ele ainda prosperava — mas porque ele começou a me ver diferente em casa me achava acomodada. Arrumei um emprego numa loja próxima de casa. Trabalhei por um ano, até que ele disse sentir minha falta e pedi pra eu sair. Saí, e logo depois veio a pandemia.

Com as igrejas fechadas, passamos muito tempo juntos, nossa convivência aumentou. E foi aí que realmente nos conhecemos. Ele era extremamente perfeccionista, organizado ao extremo. E eu, tranquila e leve, fazia tudo no meu tempo do meu jeito. Essas diferenças começaram a nos distanciar.

Sem cultos, sem patinação em grupo, ele voltou a sair clandestinamente com amigos e amigas. Começou a frequentar ruas, pistas e encontros durante a madrugada, por conta da aglomeração. Eu percebi o perigo, mas em vez de orar, discuti. Cobrava, brigava, e isso só aumentava a distância entre nós. Um dia, ele me chamou pra ir junto.

Fui, e lá senti claramente o ambiente espiritual pesado. Vi quem seria a mulher que se aproximaria dele. E, tola, eu não orei eu ainda o avisei: “Cuidado com a fulana.” Mal sabia que aquele seria o início do meu deserto. O Thiago começou a se afastar. Passava fins de semana fora, agora surfando com novos amigos. Sumia aos finais de semana para ir para a praia. Eu via o casamento desmoronar e não sabia o que fazer.

Deus o avisou em sonhos. Mostrou que ele passaria por uma grande prova e que o inimigo o tentaria. O pastor avisou oramos juntos. Mas ele não deu ouvidos. 
Em 2021, pedi a Deus que trouxesse luz à escuridão que eu vivia. E Ele trouxe. Descobri conversas, fotos, encontros. Tudo com a mulher que eu já havia sentido no espírito. Fiquei em choque. Confrontei, briguei, ameacei expor tudo para o pastor. Ele ficou furioso e gritou comigo. E pela primeira vez, voltei a ter medo, eu temi fisicamente por mim. Peguei minhas filhas e fugi para a casa da minha irmã na cidade vizinha.

Foram dias difíceis. Com 2 dias após eu sair de casa ele descobriu que estava com Covid e passou todo o período de isolamento sozinho em casa por 15 dias, a beira da morte com falta de ar e sozinho em casa. Mas foi longe de casa que Deus começou a me restaurar. Vi um vídeo no YouTube de uma pastora que contou seu testemunho de divórcio e restauração. Eu já estava 1 mês fora de casa. No final, ela orou por mulheres que precisavam voltar pra casa. E senti que aquela oração era pra mim. 

Disse a Deus:
“Senhor, eu volto. Mas só se for o Senhor que fizer o Thiago vir me buscar. OK, estou arrumando as malas, não vou falar nada o Senhor vai traze-lo aqui ”. Duas horas depois... O Thiago apareceu na rua da minha irmã. Disse: “Vamos. Eu vim te buscar.” Eu chorei. Era a resposta de Deus.

Voltei pra casa em silêncio, e no dia seguinte, ele saiu pra patinar. Mas sofreu um acidente grave, caiu no asfalto quente e quebrou a clavícula. Ali entendi por que Deus havia me mandado voltar: ele precisaria de mim. O Senhor já estava trabalhando dentro de mim a forma de amar sem ser amada e cuidar sem ser reconhecida, porque foi isso que aconteceu.

Durante semanas, cuidei dele. Mesmo ferido, ele não agradecia, falava com outras pessoas, se isolava no quarto. Um dia, chegou em casa uma mulher — e eu senti que era outra mulher “OM”. Foi doloroso, mas aprendi a me calar e a orar. Quando ele melhorou, voltou ao trabalho. E eu percebi o quanto eu estava magra e esgotada. Meu corpo refletia o peso da alma.

Depois disso, a empresa dele começou a cair. Ele foi chamado pra trabalhar no interior e se mudou. Achei que a distância traria paz, mas logo ele encontrou novos grupos e novos vícios, novos hobbies. Em 2022, ele marcou uma viagem em família para Olímpia.

Um dia antes da viagem, descobri que quem organizou tudo foi aquela mulher que ele se envolveria. Fiquei arrasada, mas fui mesmo assim. Passei três dias na mesma casa que ela. Sorri, tirei fotos, mas por dentro chorava. Eu e ele já estávamos desconectados. Pouco tempo depois, a moto dele foi roubada. Fiz toda a parte burocrática, mas ele se revoltou contra Deus. Chegou em casa e ateou fogo a própria bíblia. Disse que não queria mais saber de fé.

Em julho de 2022, ele saiu de casa de vez. Alugou um apartamento, e outras pessoas o ajudaram a mobiliá-lo. Eu fiquei só com as meninas. No começo, era um deserto frio. Mas aos poucos, Deus começou a falar comigo. Encontrei o canal da Sol e o um grupo de oração que me acolheu ali. Assim aprendi sobre deixar ir, sobre confiar no tempo de Deus.

Em 2023 voltei a estudar, me formei, consegui um bom emprego, corri atrás dos meus sonhos. Deus restaurou minha autoestima e minha fé. Enquanto isso, o Thiago começou a viver o deserto dele, a perder tudo: empresa, bens, amigos. Entrou em depressão e voltou a beber. Era Deus tratando a alma dele. Mesmo triste eu entendia que era o tratamento de Deus com ele.

No início de 2025, ele pediu o divórcio. Senti medo, mas não desesperei. O Espírito Santo me sustentou, e o grupo me aconselhou e eu concordei com o advogado dele que seguiu com os tramites. Pouco tempo depois, ele ligou pra mim, passado uns 3 meses em março de 2025, dizendo que queria parar o processo. Eu disse que sim, que nunca quis me separar, nunca tinha sido a minha vontade! Ali, Deus confirmou que a restauração estava a caminho e eu comecei a escrever este testemunho.

Em março mesmo, ele apareceu em casa. Eu comemorava minha formatura da faculdade, no meio do jantar a minha família me ligou parabenizando e ele ficou enciumado, nervoso. Disse palavras duras, ficou com raiva por eu estar seguindo a vida bem, mas mesmo assim Deus me deu paz. Eu entendia que estava na caminho certo e que o Senhor estava nos guiando, o inimigo estava se levantando por isso

Em setembro fui num culto de mulheres, ouvi uma profetisa dizer: “Deus está colocando ordem na bagunça. Será oito ou oitenta. Tudo voltará a fluir.” Dias depois, ele me ligou e perguntou se a gente voltando as coisas voltariam a fluir e eu disse que sim, que tudo voltaria a fluir quando estivéssemos alinhado na presença de Deus. 

Ele voltou, Chegou diferente. Trouxe chocolates, um vinho e o desejo sincero de recomeçar. Ainda há lutas —ele voltou cheio de carrapicho, a depressão, a insônia, os vícios — mas hoje eu vejo Deus movendo cada detalhe. Ele ficou alguns dias em casa, trouxe parte das coisas dele, e já falamos em mudar pra um novo lar. Decidimos não viver mais separados. Sei que o processo ainda não acabou, mas creio que Deus já decretou o final.

Eu aprendi que o deserto não é castigo. É cura. É transformação. É o lugar onde Deus fala baixinho e nos ensina a depender só dEle! A ouvir só ele para que possamos reconhecer e seguir a voz dele. Hoje posso dizer com fé: "O escolhido não tem escolha. Fomos escolhidos como coluna das nossas casas. E o Deus que começou a boa obra, vai completá-la."

Se você está vivendo um deserto, não desista. Deus ainda escreve histórias.
Ele é especialista em reverter causas impossíveis. E quando a gente entrega tudo nas mãos dEle, o impossível acontece. Porque, como diz Isaías 55:9:
“Assim como os céus são mais altos do que a terra,
assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos,
e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.”

E é nessa certeza que encerro este testemunho, por enquanto. Porque Deus é fiel.
E Ele ainda está escrevendo o final da nossa história.

Amém. Toda Honra e toa Glória seja dada a Deus!

Aline
alinesantanaelias1989@gmail.com





segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Obedeça ao Senhor, siga firme na fé e viva a abundância que o céu tem para sua vida



Essa linda reflexão foi escrita pela amiga Thamiris e que tenho absoluta certeza vai falar muito ao vosso coração. Muitas vezes precisamos entender nossa batalha e encarar que não se trata apenas de restauração matrimonial, mas sim, restauração de vida, propósito diante da caminhada cristã e obediência a Deus.

Thamiris obrigada por compartilhar conosco seu texto e creio que o melhor em sua vida ainda está por vir, volte em breve para nos contar o milagre da restauração do seu casamento, eu creio que o Senhor vai fazer um grande milagre em sua vida!

Sol
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Oi, Sol! A paz do nosso Senhor Jesus seja contigo.

Essa é a primeira vez que escrevo e envio rsrs, confesso que já esbocei outras vezes, mas acabei não encaminhando o texto. Inicialmente, gostaria de agradecer a você por se permitir ser usada pelo Senhor, mantendo o canal do YouTube ativo e também o blog. Seria muito audacioso da minha parte dizer que já assisti a todos os vídeos e li todos os posts do blog, entretanto, com certeza estou quase lá rs.

Acompanho tudo por aqui há muitos meses, as vezes sinto que que nos conhecemos pessoalmente kkkkkk... sua voz doce e suave, juntamente com a sabedoria do Espírito Santo, é como você bem diz: “vitamina do céu”.


Bom, sabemos que quem acompanha o canal é porque está passando pelo deserto, e eu estou aqui, passando, pois sei que a saída se aproxima e eu estou vencendo cada uma das provas, em nome de Jesus, amém.

Meu testemunho é bem longo, tanto da restauração pessoal que tenho vivido quanto do meu casamento, que eu creio, para honra e glória do Senhor, já foi vencido lá na cruz por nosso Senhor Jesus.


Quero voltar a escrever o testemunho, acabei parando, pois quando vi já estava em 5 páginas e não gostei kkkk. Bom, este texto é sobre uma pregação que ouvi em minha igreja e que falou fortemente ao meu coração, e, guiada por nosso Espírito Santo, senti que deveria compartilhar com os demais irmãos para que eles possam se fortalecer na fé. Pois sabemos que, mais do que querer, devemos buscar pela restauração, e não há outro meio além da Palavra e da fé. Sendo assim, se você entender por compartilhar com os demais, oro para que crie raízes nos corações que permitirem a semente entrar.

Texto Base: Gênesis 22

Caros irmãos, por certo todos vocês já ouviram sobre a história de Abraão, que recebeu ordem do Senhor para que levasse seu único filho, Isaac, o filho da promessa, para o monte Moriá e o sacrificasse.

Abraão, imediatamente à ordem, tomou o menino e as demais coisas necessárias para subir o monte. Andou por três dias até que viu a montanha do sacrifício de longe.

Vocês viram que Abraão andou por três dias e subiu uma montanha para obedecer ao Senhor? Após subir o monte, preparou o local e, quando estava pronto para imolar seu filho, um anjo do Senhor bradou e falou com ele. Com esta leitura, podemos entender que o Senhor não está no pé da montanha, Ele está lá em cima! Subir a montanha não é fácil, não deve ter sido fácil para Abraão subir aquela montanha, sabendo que iria sacrificar seu filho, mas a fé dele era no Jeová Jireh, o Deus que provê!

O Senhor está no alto, precisamos nos esforçar para alcançá-lo. Precisamos nos sacrificar, nos entregar. Meus irmãos, o monte filtra, o monte seleciona. A Palavra do Senhor diz que tudo aquilo que pedirem em nome do Senhor Jesus, o Senhor o faria. Mas por que não estamos recebendo? Pois pedimos mal.

Precisamos subir o monte da provisão do Senhor e entregar o nosso Isaac a Ele.
Tem muita gente ficando pelo caminho, pois quer terceirizar a subida no monte. Mais do que uma restauração de casamento, o Senhor quer restaurar vidas. Tenho certeza de que todos que estão aqui já entenderam isso, amém?

Não se trata mais de casamento, mas de ter o Senhor como centro de nossas vidas. Às vezes, queremos terceirizar nossa relação com Deus, terceirizar nossa vida espiritual com o Senhor. Como? Quando pedimos para que todos os irmãos orem, achando que alguma oração é mais valiosa do que a sua própria oração. Jesus rasgou o véu! Nós temos livre acesso ao Pai. Ore! Fale com Ele, derrame seu coração aos pés do Pai.

Por que Deus pediu Isaac? Não parece razoável um pedido desse para um Deus que provê. Mas Deus erra? Não! Jamais nosso Senhor erra. Podemos então entender que o Senhor queria reposicionar as coisas no coração de Abraão, para que ele não se perdesse vivendo a promessa que tanto esperou.

Vamos trazer isso para a nossa realidade: será que seu casamento não faliu porque Deus deixou de ser o centro do seu coração? O temor ao Senhor deixou de existir? Independente do motivo que resultou no fim do seu casamento, entendo que o principal motivo é termos nos afastado e perdido o temor ao Senhor. Em algum momento da nossa trajetória Ele deixou de ser o centro.

Precisamos aprender que tudo aquilo que disputa o trono do Senhor em nosso coração irá morrer, não irá prosperar. E não vai morrer porque Ele é mau, vai morrer porque Ele é bom, e NADA é maior ou melhor do que Ele. Se você não entende isso, precisa agora parar e pedir para que o nosso amigo Espírito Santo traga esse sentimento a você, e que ele se torne realidade em sua vida.

Ele É o nosso TUDO!

Abraão cria que Deus é fiel para cumprir tudo aquilo que prometeu, independente das circunstâncias. Quando Deus promete algo, ela já está pronta, e quem está sendo preparado somos nós! Não atrase sua bênção de chegar até você, se permita ser moldado e entregue o seu coração completamente ao Senhor.

Nessa jornada, podemos experimentar a bondade e a graça do Senhor, se aprendermos a confiar e a depender totalmente d’Ele. Deixo uma reflexão para você: hoje você vive uma fé verdadeira, crendo que o preço por sua família já foi pago naquela cruz, ou você tem vivido um paliativo da religião para aliviar suas dores?

Que possamos ter fé não para negar a realidade, mas para enxergar a situação com os olhos de Deus! O milagre de Abraão nasceu da obediência imediata ao Senhor, não da explicação de Deus do porquê Ele pedia Isaac.

Obedeça ao Senhor, siga firme na fé e viva para experimentar a abundância que o céu tem para sua vida!


Um grande abraço!

Thamiris Hygino
thamirishygino@gmail.com