Mais um testemunho para glorificarmos o nome do Senhor, e esse garanto a vocês que é de arrepiar!!! Muitas pessoas levam uma vida totalmente desregrada e longe dos caminhos do Senhor, aí quando a prova vem ela vem para arrebentar, vocês já devem ter ouvido aquela frase: "se não vai ao pai por amor vai pela dor", e foi isso que aconteceu com a nossa amiga Fabi*vou alterar o nome dela e do esposo e vocês vão entender o porquê. Isso não é uma novela mexicana e muito menos turca, é a vida real de pessoas que mesmo estando afastados dos caminhos do Senhor se uniram em prol da família.
"Fabi* desejo a vocês um lindo recomeço, sua vida dá uma novela das 9, mas em tudo vejo o amor de Deus por sua família. Sei que foi difícil, muitas vezes percebendo que seria impossível, mas Deus na sua infinita bondade provou o contrário e, de fato, quem dá a última palavra é o Senhor. Que Deus abençoe sua família e prossiga sempre se guiando pelo Espírito Santo que sua colheita será sempre frutífera."
Sol
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Conheci o meu marido de uma forma não convencional, nos conhecemos por meio de aplicativo e internet, eu trabalhava como acompanhante e contava os relatos das saídas em um blog. Também tinha anúncios de internet e nisso ele entrou em contato comigo, dizendo que tinha visto um anúncio e tinha ido ao meu blog e desde o ano de 2014 lia as histórias e tinha interesse em sair comigo. Mas só foi sair de fato comigo em 2015 e fomos diretamente para o sexo. Na 3º saída, começamos a conversar mais, ele me chamava para comer algo, sair para uma social, jogar pokemon go nas ruas, e nisso eu estava noiva e trabalhava num emprego formal, fazia faculdade a noite e tinha os clientes nos horários de encaixe e sempre saia com ele a noite.
Eu tinha um noivo na época que sabia das saídas mas como sempre era de cunho profissional e sem envolvimento estava tudo normalmente. Só que eu comecei a me envolver com esse que seria meu esposo, e em 2017 ele viajou para São Paulo, se despediu de mim e foi morar lá. Minha vida seguia normalmente no meu estado, mas conheci uma menina que era paulista e viajava de estado em estado trabalhando. E me convidou para ir para SP ganhar um dinheiro, disse que lá era bom. Nessa vida eu dei entrada e comprei um apartamento, estava para quitar o carro e achei que essa oportunidade cairia bem. Como queria casar em 2018 precisava de dinheiro e achei bacana viajar para SP. Avisei ao meu noivo que iria e fui.
Lá eu entrei em contato com ele, o encontrei novamente e nessa situação não gostei do ambiente onde a menina que havia me convidado me ofereceu, ela estava no interior de SP. Acabei voltando para a capital e me hospedei na casa dele. Nisso comecei a olhar para ele de forma especial, dormimos juntos durante várias noites e algo começou ali, dentro de mim. Ele já havia me pedido em namoro, dizendo que queria que eu largasse aquilo, mas para mim ele era apenas um qualquer, mas depois daquele mês vivendo ali com ele, eu comecei a sentir algo especial com ele.
Voltei, com vestido comprado, e com dinheiro, mas algo estava diferente. Já não queria casar, não tirava o Daniel da minha cabeça, saia com outros caras e sempre lembrava dele. E comecei a sentir vontade de em todo feriado ir para São Paulo e tirar uma casquinha dele, ganhar dinheiro e voltar e assim o vi em Setembro/ Outubro/ Novembro /2017 já sem entender o que estava acontecendo comigo, já que meu sonho era casar, ter uma casa, me formar. E mesmo tendo recebido o apartamento, acabado de me formar, sentia minha vida emocional ruir, e uma tristeza enorme se apoderava de mim.
Pedi uma licença do meu trabalho (trabalho formal) e o intuito era fugir da minha rotina e ir para São Paulo. Lá não o vi, não queria contato com ele, pois sabia que seria algo impossível, já que morávamos em estados diferentes e sem falar que até ali estava vendo tudo diferente e achando que o meu envolvimento com ele era pura carência e falta de figura paterna, a proteção que ele me ofereceu era o que havia me feito se apaixonar por ele. Nesse ponto eu já sabia que estava traindo o meu ex-noivo com ele, ali não era "profissional", eu estava envolvida, apaixonada. Começamos errado e isso eu hoje vejo. Isso foi em meados de 2015 para 2017.
No fim deste ano (2017) ele mandou mensagem pedindo para sair, queria me ver e eu neguei, até que um dia ele havia bebido numa confraternização de fim de ano e insistiu tanto que saí. Conversamos, ele se declarou, fomos a um motel, ficamos ali a noite e dormi novamente com ele, foi algo muito bom e me fez deixar de negar aquele sentimento que havia dentro de mim para com ele. Em 2018, eu deixei de trabalhar como acompanhante e larguei o meu emprego formal, pois havia passado em um concurso, isso entre janeiro e fevereiro.
Chorei muito e me frustrei pois a data que havia marcado o meu casamento havia chegado e eu não havia me casado com o rapaz que era meu noivo, isso me abalou muito. Terminei com o noivo porque estava frustrada e confusa pois sonhava em casar, mas como casar sem amar o homem e me sentindo balançada por outro? Nisso nem fiquei com o Daniel e nem com o meu ex noivo. Assumi a vaga no concurso, retirei os anúncios e apenas tinha os contatos de alguns clientes.
Um mês depois minha Mãe faleceu, nesse mesmo mês ele pediu para namorar comigo de novo, sendo que já tinha pedido antes e eu não havia aceitado. Dessa vez eu aceitei, porque sentia algo por ele e começamos a namorar a distância, ele morava em SP - Sudeste e eu no Nordeste. Vi que ele havia se sensibilizado com a morte da minha mãe e com tudo que aconteceu comigo, por não ter casado já que eu sempre falava disso e o rejeitava. Mas ao aceitar namorar com ele, senti que podia reiniciar tudo de novo, pelo menos no quesito emocional. Mas estava com uma depressão por causa de tudo: casamento, morte, frustração pelas decisões erradas que havia seguido na "vida dupla" que tinha, insegurança por aquele relacionamento onde o via pouco, me sentia muito sozinha, carente e queria satisfação sexual.
Embora nos víssemos com frequência mensal, ou de 2 em 2 meses, eu desejava mais, desejava namorar com ele de forma presencial, ter ele mais perto. Tinha muito ciúme dele, pois acabei rastreando as informações dele, via busca por mulheres, vi papos dele com outras meninas em app de relacionamento, eu era muito ciumenta, muito contenciosa, arranjava briga por whatsapp com ele, agia de forma errada. Ele às vezes mentia, mas me ajudava bastante, se preocupava comigo e quando estávamos juntos ele sempre fazia de tudo pra me ver feliz. Falava que queria me ter por perto, que me amava, que desejava casar comigo, viajar, ter filhos.
Fazíamos vídeo chamada praticamente todo dia e às vezes dormia com ele na linha ou na vídeo chamada. Mas toda essa situação de às vezes brigar com ele por watts por algo que via, eu procurava e iniciava a briga, ou mesmo quando ele não conseguia conversar comigo por chegar cansado do trabalho ou conversar com os amigos no mesmo prédio, eu ficava com raiva e queria me vingar, saia pras festas, raves e tentava ao máximo me manter na linha. Mas quando brigávamos por watts eu bloqueava ele e achava que tudo havia terminado, e numa dessas feitas já no fim do ano acabei saindo e conhecendo um rapaz. Mas mesmo assim foi só um papo e nada mais.
Passou 2018 e em janeiro voltei de São Paulo no dia 06/01/2019 e briguei com ele uma semana depois, nessa briga o rapaz que havia me conhecido me mandou mensagem estava comemorando o aniversário dele e eu fui. Bebi bastante, nisso e acabei ficando com ele, claro tomando as precauções usando preservativo e tudo. E no fim de janeiro me vi grávida, Daniel meu namorado tomou um susto. A priori não aceitou, me senti devastada e comentei com o rapaz lá sobre a gravidez e ele me apoiou agiu de forma diferente do meu namorado e disse que poderia assumir a paternidade. Acabei viajando em fevereiro para SP e depois de muitas conversas Daniel aceitou.
Ficou preocupado por conta da vida dele e eu no Ceará, ele longe em SP. Em março de 2019 fomos pro Chile, viajamos tinha esse desejo de conhecer o Chile de fazer uma viagem internacional, tivemos momentos muito bons. Mas o tempo seguia e eu sempre querendo atenção, fazer vídeo chamada, me sentia muito sozinha. Em Junho ficamos noivos, ele ficou feliz e eu também. Prometemos formar uma família. Durante esse período de gestação quando estava no Ceará, chorava muito por que sentia falta da minha mãe, pedia a colegas do trabalho pra me acompanhar nas ultrassons e passei uma gravidez sozinha.
Comecei a tomar medicação porque estava com depressão e essas feridas emocionais estavam em mim. Viajei até 5 meses de gestação, e depois não era mais permitido viajar. Ele veio ainda no meio do ano para o chá de fralda, me senti um pouco mal por que ele não havia falado para os amigos que iria ser pai. E eu estava vivendo feliz e contente pela minha gravidez. E nisso em agosto ele estava se preparando para vir para o Ceará porque o parto era em setembro. O bebe nasceu no fim de setembro de 2019, ele esteve ao meu lado, foi um momento muito lindo pra nós. Só que ao receber o exame de sangue do bebe notei que o tipo sanguíneo dele era diferente do nosso e isso me despedaçou.
Fiquei muito mal, me sentindo terrível, comecei a olhar para o bebe de forma negativa, estava com depressão , tomava remédio desde a gravidez. E imaginava o que fazer se o bebe não fosse filho dele, o médico falou que eu poderia ter depressão pós parto. E nisso ele ficou do meu lado o tempo todo, tentou entender tudo isso e eu vi o apoio dele, mas acabei contando sobre a traição e mesmo a desconfiança paternal. Ele me perdoou, disse que aceitava a criança e a mim e que iria seguir conosco independente desse fato. Vi essa atitude dele como algo muito lindo e me sentia muito mal pela pessoa que eu era. Quando nosso filho nasceu passados 1 mês eu fiz o teste de paternidade e foi comprovado que o filho era do meu esposo.
Nessa época Deus começou a falar comigo, mas não sabia como voltar para Deus e entregar toda a dor e minha família para Deus. Começamos a morar juntos a partir de setembro de 2019 no mês do nascimento do bebe. Peguei a licença do trabalho e ele teria que voltar para SP nisso fomos juntos em família. Moramos no endereço dele lá e era um apartamento pequeno, tipo um flat. Passamos os 3 primeiros meses de 2020 lá e ele sentiu a vontade de se mudar para um apartamento maior de 2 quartos e fomos. Por que eu estava disposta a largar o emprego e o que tinha no Ceará para ficar com minha família em SP. Fui poucas vezes na igreja, sentia Deus me chamando, ele chegou a ir comigo 2x no máximo.
Nisso, a pandemia chegou, a minha licença terminou e ganhei o home-office e ele também. Brigávamos e eu sempre fazia as malas, ameaçava de ir embora, e isso deixava ele muito mal. Ele tem um vício de fumar maconha, e isso também era motivo para brigarmos, pois não gostava daquilo no mesmo ambiente com o bebê. Apesar de tudo nisso sentia uma alegria por ter uma família novamente, parei com os remédios antidepressivos, e voltei a orar praticamente todos os dias. As vezes pegava a mão dele, orava , pedia proteção e cuidado pra nossa família contra o corona vírus. Mas a pandemia e toda a ansiedade fez com que ele sentisse a vontade de voltar para o Nordeste para ficar perto dos pais dele e com a pressão de voltar ao trabalho ou não para o formato presencial, ele julgou melhor eu não largar o meu emprego e voltarmos para o Ceará.
Eu sentia vontade de voltar, já que tinha um apartamento aqui, ao mesmo tempo que sentia aquele desejo de não voltar. Isso eu não perguntei pra Deus nem nada, apenas segui a vontade do meu marido de voltar, organizamos algumas coisas para a mudança, trazer carro, já que o meu apartamento estava fechado e ele queria mudar algumas coisas na mobília do apartamento. Voltamos para o Ceará, nossa relação estava tendo mais conflitos que antes, ele dizia que não estava feliz morando no meu apartamento, falando que não gostava da divisão de responsabilidades domésticas e isso eu não tinha sabedoria para entender o papel dele de sacerdote do lar.
Passamos 2 meses, brigamos por watts, brigamos pessoalmente, e depois voltávamos e pedimos perdão um pro outro. Nesse momento eu comecei a ler a bíblia, todos os dias, orar todos os dias, cheguei a ir pra igreja e ele ficou chateado por causa da pandemia, não gostava de que o bebê ouvisse louvores cristãos e comecei a sentir que as coisas sobre Deus incomodavam ele. Fomos numa terapeuta de casal, por que vi que como estávamos brigando muito ela poderia ajudar e da ideias de como apaziguar a situação, ela falou que precisávamos nos conectar e falou da questão da confiança dele, por que ele estava muito inseguro e ciumento e vim entender que era por conta da traição que ele falou que havia perdoado, mas ainda relembrava.
Fizemos 2 idas à praia e vimos o pôr do sol em família, fizemos momentos românticos e para mim tudo estava indo normalmente. Comecei a pedir a Deus sobre a mudança dele, e no dia 01/11 já completando 2 meses em que estávamos em Fortaleza, ele dormiu de um jeito e no outro acordou estressado, irritado, havia pegado um segundo trabalho, estava virando noite, sempre irritado e nossa convivência nessas últimas duas semanas não andava muito fácil. Eu sempre pedindo a Deus calma e paciência. Mas não sabia como entregar aquela situação para Deus.
Nisso eu perdi a paciência com o bebê dando umas palmadas nele, ele ouvindo o choro do bebê entrou no quarto já irritado, me empurrando e eu fui para cima dele, e nisso ele acabou me prendendo na parede e pondo as mãos no meu pescoço. Uma ira subiu em mim, mandei ele embora, ele chamou a polícia e contamos a nossa versão, o policial não quis levar ele, aconselhou apenas a abrir o B.O. Ele arrumou as malas dele, saiu chorando por causa do bebe mas eu estava tão cega de raiva que nem fui refletir nada, já que pra mim agressão era algo muito grave. Ele foi embora para casa dos pais.
Nos 2 primeiros dias do meu deserto eu senti Deus me chamando para ter comunhão com ele, e nisso vi as características da mulher sábia e de como uma mulher de Deus deveria cuidar do marido quando ela fosse cristã. Vi que havia errado muito, que não havia sido uma boa companheira. Pedi a ele para vir conversar comigo e pegar algumas coisas que ficaram em casa, ele veio pediu perdão pelo que ele havia feito, que não sabia o que tinha acontecido com ele, que estava arrependido, mas que queria um tempo para pensar bem na vida dele e que iria passar 2 meses, falou que iria alugar um apartamento e morar sozinho.
Pedi perdão por ter perdido a cabeça com o bebe e nisso ter agredido ele também. Mas algo em mim não queria ele de volta, mas Deus sempre falando na minha cabeça, algumas pessoas diziam que eu estava com dependência emocional, falavam diversas coisas que eu era suficiente e que não precisava desse homem, eu até postei no instagram que estava solteira e alguns homens entraram em contato comigo. Mas comecei a frequentar a igreja novamente, continuei a orar, mas o coração ainda endurecido e com orgulho, e dizendo para não voltar com esse homem.
Foi aí quando vi um relato no instagram de uma restauração de casamento e a pessoa me mandou o seu testemunho do canal do presbítero walter. Eu vi relatos de casamentos mas não me motivei totalmente porque sabia que não era casada e tinha a dúvida por causa da aliança que não tinha com ele. Comecei a ver as mensagens dele me repudiando, dizendo pra mim seguir minha vida e isso me motivava mais ainda a não querer nada com ele. E a dúvida se era para lutar por ele, foi aí que entrei no grupo do bbr e vendo as mensagens entendi que precisava orar por ele independente de querer restauração de casamento ou não.
Comecei a ler o livro ‘Como deus pode e vai salvar o seu casamento’ fiquei bem triste por que comecei a ver os meus defeitos e o quanto eu tinha sido contenciosa e rixosa durante esse tempo todo. Sentia necessidade de pedir perdão a ele por tudo isso, o livro indicava fazer isso e fiz. Na terceira semana do meu deserto eu já comecei a chorar menos e Deus começou a me ajudar a passar a dor que estava sentindo, mas mesmo assim ainda olhava as fotos dele e comecei a entender sobre o deixar ir a parte difícil disso tudo. Por que ainda ficava vendo o instagram dele, notei que ele havia apagado nossas fotos. Isso me entristeceu muito, vi que ele estava usando o tinder, para conhecer novas garotas e tudo isso me desmotivou em tudo.
Não via nada que indicasse restauração, nisso eu ficava entre orar e desistir. Comecei a fazer o propósito de 40 dias, comecei a jejuar e ficava nisso de ficar às vezes orando por ele , pela cerca de espinhos e também às vezes sentia a vontade de desistir. E Deus falou comigo através da sua palavra, me dizendo para confiar. Salmos 37 :3 -5 . Lendo o livro como Deus pode e vai salvar seu casamento, no penúltimo capítulo percebi o quanto eu havia errado, só percebia os vícios e defeitos do meu companheiro, e descobri que a mulher ganha o homem sem palavras e eu sempre tentava argumentar, batia de frente querendo sempre ter razão, acusava ele e isso acendeu a ira dentro dele.
Percebi o quanto eu havia errado ali, e o quanto Deus tinha que me mudar. Tratar meus traumas de infância e adolescência, minhas frustrações amorosas, o luto da minha mãe, e a agressão. Mas além disso transformar meu ser, para que eu entendesse o plano dele para mim como serva, e também como esposa sábia, coisa que eu não havia sido em momento algum. Percebi em uma pregação que os movimentos de gerações passadas, trouxeram brechas na moralidade do mundo atual, e movimento como o feminismo, mesmo sem eu perceber estava arraigado em minha forma de ver as coisas. Percebi que tinha um quadro do I can, do it, símbolo do movimento feminista no quarto e aquilo foi praticamente o espírito santo que me alertou, como eu queria ser uma mulher virtuosa e sábia com aquilo na parede do meu quarto? Retirei de imediato.
Na nossa rotina de visitas, ele vinha pegar o bebê todos os sábados, já comecei a aplicar o deixar ir, nas primeiras semanas era terrível, mas depois não ficava mais olhando a hora que ele ficava online, parei de ver o instagram, fiz um jejum para isso. Ele quando vinha pegar o bebe mal olhava para mim, evitava entrar até no apartamento. E sempre vinha com alguém, já que disse a ele que não queria passar muito tempo com ele sozinha, isso no começo, ou seja mais uma vez não agi sabiamente.
O jejum me ajudou bastante a entender coisas que Deus queria me curar e o deserto então ficou mais focado em mim, do que no próprio companheiro. Orava sim pela libertação dele, pela opressão que ele estava vivendo e pedia a cerca de espinhos, mas entendia que eu deveria mudar primeiro. Antes dele sair de casa, havíamos ido visitar juntamente com um corretor de imóveis uns terrenos de um loteamento. Iríamos comprar juntos esse terreno, com a saída dele de casa ele apenas fechou a proposta, mas não assinou o contrato.
Nisso, eu no começo em novembro quis ajudar, mas ele falou que resolveria sozinho. Como ele estava trabalhando muito estava com um segundo trabalho, para pagar a multa do distrato de locação do apartamento lá de São Paulo, tentei ajudar pedindo um dinheiro como saque de aniversário do meu FGTS, mas ele se negou, falou que não precisava da minha ajuda e o por que de só agora que ele havia saído de casa era que eu estava querendo o ajudar. Senti o orgulho dele falando mais alto, eu insisti em que ele aceitasse esse dinheiro, quitasse a dívida e voltasse pra casa mais uma vez ele falou que não, não voltaria.
Então coloquei a questão do terreno no caderninho de oração, pois ele ficou totalmente contrário a continuar com a proposta do terreno e mesmo sendo no nome dele, tratou mal o corretor também quando este o foi cobrar sobre o que seria resolvido em relação ao terreno. Eu fiquei muito triste pois era do meu interesse que ele tivesse algo dele, no nome dele. Mas Deus precisava me mostrar que quem muda os nossos companheiros é Ele, e não nós com nossas ações e palavras.
No meu segundo mês de deserto, era o natal e orei a Deus para que ele ao menos viesse ver o bebe e desse um pulo aqui em casa, achei a oportunidade e convidei-o, ele me tratou mas gentilmente, comprou até um presente para o bebe, no qual eu fiquei muito feliz. Mas também foi onde comecei a ver vários levantes, o bebê que apareceu com uma febre, levamos ao médico e ele se dispôs a ajudar e após ser ungido e ter bastante oração amanheceu sem nada. A babá que trabalha cuidando do bebê apareceu doente também, uma semana de oração por ela e ela melhorou.
Esses jejuns de 36 horas para quebrar tudo de ruim que estava ocorrendo. Parei de ver o instagram dele e o meu e não postar mas story, mas já no fim do mês voltei a olhar e na virada do ano, vi que ele passou com amigos e isso me deixou bem mal. Ou seja, o meu deixar ir, já não funcionou e notei a forma dele me tratar de forma áspera de novo e com o repúdio total de nem sequer olhar para mim ao vir buscar o bebê. A virada do ano foi vendo a campanha do Presbítero Walter de 10 dias, e depois chorando sozinha. Mesmo sabendo que não podia murmurar, lá se ia eu falar algo, que escapava.
Tive um sonho com ele, e vi umas fotos que datavam de 01/01 e 02/01 e nisso no sonho ele mostrava que estava com uma mulher, mas falava que não era na época que estávamos juntos isso sendo que tínhamos voltado. Esse sonho já me deixou muito esperançosa. Nesta mesma semana o corretor de imóvel estava me cobrando sobre como ficaria a situação do terreno e eu havia prometido que resolveria isso com o Daniel. Só que lembrei de pedir a orientação de Deus, e como já estava orando sobre a questão do terreno, senti O espírito Santo me falando, já que eu não queria ser mais mulher que tomava a frente do marido, deixasse que ele resolvesse. Nisso jejuei especificamente sobre isso e falei para o corretor que Deus iria resolver é irmãos eu falei isso e que tudo iria se ajustar.
Dia 04/01 - Subi ao monte para entregar um propósito de oração e lá a pastora falou pra mim, que Deus havia me tirado e me dado uma dor, para me moldar. Que eu precisava me prostrar, que havia me chamado mas eu não havia me rendido a ele e a dor era pra me moldar. Que sentia a dor e que mesmo ela sendo grande eu iria me curar.
Dia 11/01 - Subi novamente ao monte, pois já tinha começado a fazer a campanha do Presbítero Walter - Sementes de uma família. E nisso ao está no monte, a missionária que estava orando, começou a dizer que estava sentindo o espírito santo e nisso ela me tocou com óleo da unção e disse que Deus estava trazendo a cura para minha depressão e que aquilo que havia sido tirado de mim seria restituído e que eu contasse os dias.
Subi ao monte novamente no dia 18.01 mas não tive nenhuma revelação. O mais interessante foi no dia seguinte, na terça 19/01 eu ter ido na esteticista, por que antes de começar esse deserto estava sentindo a vontade de cuidar mais de mim e de emagrecer. Com o deserto o que antes era uma ideia se concretizou e estava indo periodicamente. Enquanto estava na esteticista, chegou um pastor e sua esposa, para visitarem ela e foram fazer uma oração. Nisso ela perguntou se nós, eu e outra moça, não nos incomodaríamos de que o pastor orasse, nessa oração o pastor falou coisas bem específicas para a moça que estava lá e falou também para mim.
Falou que durante a oração ele me via em um barco sendo açoitado por uma tempestade, que eram ondas bem duras e estava bastante turbulento. Mas eu devia continuar segurando firme. A esposa dele ajuda casais em processo de deserto e ela falou .. - Ele vai voltar, permaneça na posição. Irmãos, foi a primeira vez que ouvi alguém dizer que ele voltaria assim com convicção. Nesta mesma semana estava fazendo a campanha das muralhas de Jericó do canal do presbítero Walter e vi a mesma campanha no blog Restaurar Casamentos da Sol.
Fui pesquisar o significado do som do shofar e entendi que há um som específico que é profético e vim ter o entendimento, tenho que profetizar sobre a minha restauração. Irmãos na campanha da SOL, durante 7 dias dá voltas em casa, no meu caso no bloco onde eu moro. 1 volta durante os 6 dias e 7 voltas no último dia, escutando shofar. Anotei os meus desejos preguei na janela, e coloquei as nossas fotos na sala.
Não sei se acharam que eu estava louca, mas depois de colocar o bebê para dormir eu saí e fiz a caminhada e ao voltar ouvia a live de restauração, em jejum orava em prol de toda a situação de restauração e ia dormir. Depois dessa campanha e desses eventos eu comecei a sentir uma calma e uma paz, em relação a toda essa onda de sentimentos. Já estava com 3 meses de deserto e quando ele veio buscar o bebê e eu me senti calma, quis ficar ansiosa, mas orei e depois senti a influência do seguinte pensamento, eu já tinha colocado essa questão nas mãos de Deus? Por que então estava ansiosa?
Aí comecei a entender que devia confiar. Toda aquela sensação de dor, raiva, angústia, repúdio, rancor, já havia passado. Os pensamentos estavam tentando me controlar, a culpa também, o choro desesperado também mas eu sempre orava e cantava para passar tudo isso, pois o meu milagre até agora era estar vencendo minha depressão e meu emocional, e eu até perguntei para a minha parceira de oração, Será que estou deixando de amar ele? por não sentir mais aquela dor e aquela coisa toda? Orar, eu continuei orando, mas até aquela necessidade e sensação de fazer sacrifício, de fazer campanha, jejuar todo dia também passou.
Durante esta semana, um pequeno milagre era minha colega que estava indo aos fins de semana para minha casa, que está na minha lista de oração começou a estudar a bíblia e sentir desejo de ir para a igreja. Outro milagre era outra colega que comecei a orar por ela, e estava estava passando por um problema de traição no relacionamento e diagnóstico de doença, estava buscando voltar para Deus e eu havia levado ela para a igreja e ela começou a ouvir pregações e louvores, ou seja o desejo de voltar para o Senhor começou a surgir no coração dela.
E nisso eu me pergunto, nossa vejo as maravilhas ocorrendo na vida das pessoas pelas quais eu estou intercedendo mas e na vida do meu companheiro? Não vejo nada. E sempre quando vinha esse pensamento eu louvava ao Senhor com o hino, todavia me alegrarei. Não devo murmurar, porque Deus estava me mostrando que estava trabalhando. Foi quando na quarta-feira irmãos, o corretor entrou em contato comigo, e para glória de Deus, o Daniel resistente que havia o distratado, já tinha assinado o documento e reconhecido firma. Até o corretor ficou surpreso e eu falei para ele: Num disse que tudo ia dar certo. Estou feliz por isso, estou vendo Deus agir, nos detalhes e aos poucos.
Pulando 6 meses de deserto comecei a ouvir os testemunhos do canal Restaurar e comentei que queria participar do grupo, meses depois a Sol entrou em contato comigo e entrei no grupo Restaurar. Estávamos no segundo semestre de 2021 ou seja já estava perto de um ano deserto a sensação que eu tinha era que eu não iria suportar mais. Achava que lutar por um ano era válido e suportável mas chegou novembro de 2021 e ele ainda não havia voltado. Eu já estava muito descansada, orava todos os dias mas fazer campanha não era exclusivamente o meu objetivo. Orava apenas pela restauração e oração por todos os outros aspectos da minha vida. Sentia no coração que precisava fazer uma mudança, estava frequentando a igreja e tentando fortalecer minha comunhão pessoal.
Nessa fase do deserto eu não ficava olhando nada dele e nem alimentava muito nada sobre ele voltar, pensava se Deus trouxer ele de volta ok, se não tudo bem, vou seguir a minha vida. Nisso comecei a jogar um joguinho no meu celular, que um dia lendo a Bíblia apareceu uma propaganda. E eu achei o jogo interessante, parecia infantil até descobri que o jogo tinha uma rede social, e vendo vídeos no YouTube de como jogar melhor o jogo acabei entrando em um grupo de Wattaspp só com players desse joguinho.
Nisso no grupo de watts eu interagia bastante e para minha surpresa comecei a ser elogiada por um rapaz que morava aqui na minha cidade. Eu não falava nada sobre restauração, apenas orava e deixava em Off todo o processo, pois algumas pessoas já tinham me perguntado se eu não iria entrar em um novo relacionamento. Eu desconversava, achava que Deus queria me ajudar, me perguntava o que estava faltando por que ele não havia voltado, e ao mesmo tempo me sentia dividida pois se eu estava buscando a restauração aquele cansaço e espera já estavam demais.
Esse rapaz começou a elogiar e puxar papo, mesmo não querendo, abri brecha e comecei a pensar se ele não tinha aparecido como um recomeço. Mas ao ter contato direto com esse rapaz do jogo percebi que não podia ser de Deus, ele era afastado. Já tinha um filho, já tinha sido casado , se fosse de Deus não seria naquele formato. Então senti um desejo de desbloquear alguns contatos e pasmem, no mesmo dia o contato desbloqueado mandou mensagem. Ou seja, eu quando ia orar nem tocava mais no assunto de restauração com Deus, era apenas confusão emocional e tristeza quando o meu companheiro vinha buscar o nosso filho.
No fundo eu me perguntava, por que a demora?, será que vai ser o Daniel?, E se não for ele porque eu não me sinto ligada a essa outra pessoa.? E nisso eu percebia nas live’s quando eu assistia e em alguns áudios da Sol. Quando eu escutava que Deus estava me chamando pra continuar orando porque eu não conseguia desistir de orar pela restauração, mesmo que estivesse batendo papo com outro. Às vezes ouvia claramente de Deus que não podia ficar em cima do muro, no final das contas eu resolvi cortar o contato como esses dois rapazes e senti o desejo de me batizar.
Prometi pra Deus que seria resignada e agora iria focar na promessa de Deus pra mim, se fosse para ter um relacionamento restaurado ele iria trazer o Daniel de volta senão Deus mandaria um homem da parte Dele. Via os comentários no grupo da Sol e pensava: "se elas tiveram o casamento restaurado eu posso ter também, mas tudo depende de Deus". O grupo Restaurar me ajudou a ter a certeza que o milagre acontece, também me encorajava a seguir por ter pouca murmuração.
Nisso num belo fim de semana o bebê ficou doente. Ele começou a ir para creche e de vez em outra ficava doente. Nisso, o Daniel começou a pedir para passar nem que fosse um sábado na presença do nosso filho aqui em casa. Na primeira vez que isso aconteceu eu me senti muito estranha porque, depois de quase um ano eu nunca tinha passado mais de alguns minutos na presença dele e agora estava uma tarde toda e algumas horas da noite dentro de casa. Ele me ajudou, e ver ele brincando com o nosso filho fez mexer algo no meu coração e entender que eu deveria me posicionar porque Deus estava trabalhando. Mas ao mesmo tempo eu sentia uma carência e uma vontade de ter um companheiro e voltava bater papo com o rapaz do jogo.
Outra vez o bebê ficou doente no outro mês e eu vi novamente o Daniel passar um dia completo conosco dessa vez, no fim do dia fomos para uma pracinha e eu percebi que ele estava sendo gentil comigo. Foi a partir dali que eu percebi que Deus estava trabalhando e que eu devia ficar posicionada. No aniversário do nosso filho de 2 anos que ocorreu em setembro eu o chamei, ele veio e trouxe as irmãs, sobrinhos e nós tiramos uma foto em família. Nem parecia que ele tinha ido embora, isso foi outro sinal que eu orei a Deus e o Senhor mais uma vez confirmou que estava trabalhando nisso.
Passados dois meses teve o meu aniversário, organizei tudo e acabei chamando ele. De início não quis ir mas passou pelo bairro onde estava acontecendo o aniversário e acabou ficando na festinha . Mais uma vez eu percebi que o repúdio em mim estava diminuindo. Nisso no fim do ano eu achava que Deus iria restaurar, já estava com 1 ano e 2 meses de deserto mas Deus não restaurou. Passei o Natal na companhia do meu filho e de uma colega que foi babá do meu filho lá em São Paulo. Ela veio para Fortaleza, nós passeamos bastante e a sensação que eu tive em relação a esse assunto era que devia ficar em silêncio.
Não comentava nada com ela já que esse processo era meu e eu sabia que deveria ficar em silêncio e viver tudo sozinha. Passamos o ano novo e aí em janeiro de 2022 estávamos vivendo uma rotina normal, eu já tinha bloqueado todos os contatos e tinha falado para o rapaz do jogo que não estava interessada em um relacionamento, que não iria mais conversar com ele porque senti de Deus de que devia ficar resguardada. Nisso havia programado na cirurgia para remover o pterígio do olho esquerdo. Algo que estava incomodando e me programei para fazer isso no início de fevereiro. Por ser uma cirurgia pequena, mas necessitaria de descanso, pedi para que ele ficasse alguns dias com Arthur no apartamento dele.
Orei muito a Deus para que ele pudesse ficar com o nosso filho e não colocasse nenhum empecilho, vale ressaltar que no mês de janeiro teve um final de semana que ele não conseguiu pega-lo, aí ele veio aqui em casa, e perguntou se eu não queria comer, fomos para o espetinho em família. Comemos, conversamos sobre o que estava acontecendo na vida dele, sobre a rotina da minha vida, sobre as coisas que estavam acontecendo com o nosso filho. Foi bem bacana, nós conversamos muito e no final, quando foi embora, depois ele me mandou mensagem dizendo que havia gostado do momento que tivemos em família.
Eu respondi também que tinha sentido a mesma coisa e disse que não teria problema caso ele quisesse sair eu conversar qualquer dia desses. Durante esse período eu queria às vezes falar com ele, ter algum flashback com ele, mas eu não dava entender isso e também vi que ele não dava abertura. Mas foi nessa cirurgia do olho, que ao perguntarem quem ia me buscar após o procedimento já que ia sair meio zonza por conta da anestesia ele se prontificou. Disse que podia me ajudar, já que eu estava com um tampão no olho e não podia voltar dirigindo.
Nisso foi me buscar no hospital, e me ajudou assim que sai do centro cirúrgico, comprou os remédios e cuidou de mim. Me senti tão acolhida que no meu coração eu só tinha louvor, por que Deus preparou ele para cuidar de mim, já que eu não teria outras pessoas para me ajudar. Ele no primeiro dia, cuidou de mim, cuidou do Arthur e dormiu no sofá. No segundo dia, me levou ao médico para o retorno , cuidou de mim, porque era necessário colocar os colírios e ele que gotejava. Dormiu novamente no sofá. No terceiro dia, cuidou de mim, da criança e já estava trabalhando aqui de casa .
Eu acabei conversando com ele e falei se quiser dormir na cama está tudo, pra você não ficar com as costas doloridas. Ele se negou e eu ok fica a vontade. Mas ao orar a Deus falei, Senhor ele está aqui em casa se isso for a restauração cria uma situação e faz esse homem dormir aqui na cama. Só te peço um sinal se for da tua vontade. E por incrível que pareça, do nado escuto ele dando grito e veio correndo para a cama, dizendo que ele que uma barata tinha surgido do nada e subido na perna dele rsrs.
No outro dia, ele riu e falou que era sério a questão da barata e que estava com as costas melhores dormindo na cama. Continuou lá em casa e meu olho estava muito irritado e o implante que colocaram no olho estava saindo e lá vai ele comigo no médico, e o aviso foi repouso máximo. E nisso ele ficou lá em casa me olhando e ajudando com o pequeno. No fim de semana, começamos a conversar sobre o que ele estava indo pro psicólogo e que viu o quanto havia errado, que sabia que não só eu mas ele tinha errado na relação, pediu perdão e eu também.
Nos abraçamos e ele passou a outra semana e decidiu voltar. Falou que iria para a igreja me ajudar com o nosso filho, mas sem compromisso religioso. Falou que iria fazer mais coisas em família e como casal. Até hoje ele ainda segue assim. Nesses meses da 4ª fase, pós volta sentimos o desejo de casar e agora em Junho nos casamos. Já estamos realizando as coisas juntos. Continuo a orar pela família e batalhar por ela, o inimigo que nos cerca ainda anda em derredor. Mesmo com a volta dele sinto que não devo relaxar. Desejo a todas e a todos que lutem e creiam, a fé move montanhas, mesmo que você não sinta ter essa força, vale lembrar que a força vem do Senhor.
Fabi*
Que testemunho maravilhoso. Deus é Deus de transformação de vidas. Não deixe Jesus por nada. Felicidades à família. Que Deus abençoe sempre seu lar.
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