Depois de longos 4 anos e 6 meses Deus restaurou meu casamento

Para os que pensam que o tempo é dificuldade para Deus, esse testemunho só vem nos provar que para Deus não há impossível, 4 anos e 6 meses, isso realmente não é pouco, mas foi o suficiente para que Deus trabalhasse no coração da nossa querida irmã Mônica. Ela orou, buscou, jejuou, santificou, desistiu, buscou de novo e Deus fez rsrs. Ele é poderoso e realiza o milagre conforme o Seu querer.

"Mônica por tudo que passou espero que hoje saiba o quanto Deus te ama e o quanto Ele é poderoso. Que sua família e sua casa estejam firmados na rocha que é Jesus Cristo e que vocês prossigam em comunhão tendo o amor e principalmente, o temor em seus corações. Que Deus te abençoe em tudo e que a palavra seja seu alimento para  guiar todos os seus passos!!!"

Sol
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"Assim diz o Senhor: Reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão da terra do inimigo. E há esperança quanto ao teu futuro, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para os seus das terras do inimigo" (Jeremias 31:16,17)

Com pouco mais ou menos de três meses que meu esposo havia saído de casa depois de voltar do trabalho, desesperada, chorando com uma dor absurda de morte na alma, me coloquei aos prantos sobre a mesa da cozinha da minha pequena casa e clamei a Deus: Senhor é da sua vontade que eu lute e que ele volte para casa fala comigo? E Deus me respondeu Jeremias 31:16,17. 

Este testemunho é extenso, foi uma luta de período tão extenso que vou tentar ser bem fiel aos fatos, pois tenho que ressaltar aqui que forma Deus trabalhou em quatro anos e cinco meses de espera. E como em seu infinito amor fez sair de minha memória muita dor vivida. Quero ser bem descritiva para mostrar a glória de Deus e como Ele é fiel a suas promessas, Ele não nega a si mesmo. Mesmo quando não somos fiéis e perseverantes. 

Me chamo Mônica e meu esposo Marcelo, somos casados a 16 anos e temos uma filha de 13 anos, que na época da separação tinha 9 anos. Marcelo e eu não tivemos nenhuma grande história de amor entre nós que tenha nos levado ao casamento. Muito pelo contrário, o fato de não sermos felizes foi o que nos juntou. Apenas necessidade! Eu por nunca ter dado certo com ninguém e por ter um pai que me sufocava (sei que era a forma dele de zelar) mas me sufocava e muitas vezes humilhava com palavras e o Marcelo, pelo fato de ter acabado o relacionamento com alguém que amava muito e por muitas questões financeiras. Mas, mediante tantas diferenças Deus tinha um propósito.

Um dia após mais uma de minhas decepções sentimentais, cheguei em casa chorando, dobrei os joelhos no meu quarto e disse a Deus: Eu não quero mais sofrer ou o Senhor põe alguém em minha vida para me amar, respeitar e que nada nem ninguém venha nos separa ou me deixa sozinha. Três dias depois literalmente, bati em meu marido na rua, sete meses depois nos casamos. Cartório, troca de nomes, bolo de casamento etc. Como não nos amávamos, tivemos que aprender a fazer isso, ele sempre muito paciente e eu extremamente autoritária. Nunca admitiria que homem nenhum ficasse me controlando nem dando “pitaco” em decisão minha. Assim, virei a cabeça da casa. 

Passaram-se os anos e vivemos nossos momentos, construímos nossa história, nossa filha nasceu, antes dela chegou nossa cachorra, enfim a família de “margarina”. No entanto, minha personalidade só piorava. Quando iniciamos nosso namoro, eu já era evangélica, batizada e frequentava uma igreja. Ele outra, ainda sem se batizar, então eu deixei minha igreja para segui-lo. Ele sempre foi muito empenhado com a obra de Deus, gostava de participar de eventos e eu mesmo estando inserida em atividades da igreja, sempre buscava uma forma de me ausentar. Eu trabalhava em uma grande empresa, ganhava um excelente salário e isso para mim era mais importante. 

Minha única postura como esposa de verdade, era cuidar da nossa filha e das coisas da casa. Porque o restante do meu papel eu não cumpria. Enfim, meu marido vivia sozinho, e eu cuidando da minha vida. Nessa época eu já era advertida por amigos da igreja: Mônica, casa dividida não prospera, a esposa precisa ser submissa ao marido. Mas, eu nunca aceitaria aquilo, meu entendimento de submissa era ser mandada pelo marido e aquilo eu não queria, então eu desdenhava. 

Depois de 10 anos de casados já éramos formados, e tínhamos empregos estáveis, bem financeiramente, apesar de não sabermos administrar o que tínhamos. Ele formado em Educação Física começou a se interessar por trabalho em academia e de repente achou um sócio e chegou com a notícia: Vou abrir uma academia! 

Eu automaticamente desdenhei, depois quando vi a coisa séria fui absolutamente contra. Porque queria minha casa (ainda não tínhamos), e não um marido dono de coisa nenhuma. 

Desta vez o meu NÃO, não foi forte o suficiente, o sócio escolhido apresentou outro sócio e eles fortalecidos abriram a tal academia. O Marcelo passou a viver academia – só falava de academia, dormia academia, bebia academia, vestia academia – para mim se tornou um insuportável. Eu ia até a academia contra a vontade, ele queria muito mais de mim lá, pois as esposas dos sócios faziam exatamente o papel de esposa que eu nunca fiz e ainda tinham corpos perfeitos. Foi quando ele começou a querer que eu também treinasse. Eu odiava, aquele mundo. 

O Marcelo mudou, e não foi pouco, mudou fisicamente e psicologicamente. Deixou as atividades da igreja e passamos a brigar constantemente, o que me fez deixar de pisar naquela academia definitivamente. Viajamos como sempre fazíamos nas férias de final de ano, e pouco faltava para que a academia fosse inaugurada – cuidado com as palavras profetizadas por sua boca irmãos, elas são para o bem e para o mal – Brigávamos demais na casa do meu cunhado e lembro-me de ter dito no ano que vem provavelmente eu não estarei aqui, vocês receberão outra mulher acompanhando seu irmão, porque não aguento mais. 

Era um lugar de praia e depois desta briga fui para a praia sozinha, bufando de raiva e na praia comprei um biquíni que não cabia em mim só de raiva, porque como eu estava acima do peso também estava com raiva sobre isso: “Vou entrar nesse biquíni ano que vem custe o que custar”. (Guardem este parágrafo em mente, pois depois você saberá o que houve comigo por estas falas). 

Nunca saímos da igreja, mas como citei o Marcelo era muito mais envolvido, tinha muito mais fé, buscava muito mais que eu. Eu estava sempre muito cansada ou muito empenhada em trabalho. Além de ser rixosa, ríspida, mal humorada, mandona, impaciente, a cabeça da casa e não a coluna que era meu lugar. Deus me permitiu ser avisada de todas as formas, as pessoas da igreja, os amigos, a família me apontavam o meu comportamento inapropriado como esposa. E não só isso, Deus me permitiu ter uma visão. 

Tive uma visão no meu quarto (destas que você está ressonando, meio acordado, meio dormindo) nos preparamos para dormir, deitamos e fechei os olhos por um segundo, quando abri novamente um bode preto de patas cruzadas estava sentado na cômoda do meu quarto e riu para mim. Naquele momento me assustei e ele voou até o canto do quarto e se transformou na figura do meu marido, todo vestido de preto, com roupas largas, olhos maquiavélicos, gingando o corpo dele de um lado para outro. Aquela espécie de pesadelo que você tenta falar o nome de Jesus, mas sua boca e seu corpo não responde. 

Comecei a gritar e ele, olhou para mim e fez sinal de silêncio apontando para meu marido dizendo para eu não acordá-lo. Então, meu marido me acordou. Comecei a perceber ali que alguma coisa estava errada. No entanto, não tive força nem sabedoria suficiente para repreender aquilo. Pouco depois de parar de ir na academia, sonhei que saia de carro da minha garagem e na lateral esquerda, um ganso grande tentava me bicar a todo custo, mas não conseguia. Também não tive discernimento suficiente para repreender.

Hoje olhando para toda história passada, percebo que aí começou o meu deserto. Eu parei de ir, a OM chegou. Ela chegou, como quem não quer nada. Contratou meu marido como personal, era muito magra, franzina e queria mudanças corporais rápidas. Lembro-me que ele chegou a comentar comigo sobre a magreza dela e com o passar do tempo como seu corpo já mostrava evoluções. Eu em nada me interessava. 

Até que um dia, ela enviou uma foto para o celular dele, de uma viagem de trabalho que estava fazendo, e lembro-me que o comentário dele para ela sobre a foto me incomodou bastante e não a foto em si. Ele se fez de desentendido e me disse que aquilo era só um feedback de trabalho, sobre a evolução corporal dela. Meu marido passou a se prender cada vez mais a academia – e isso incluía os sócios, alunos que viraram amigos e as mulheres – e brigávamos cada vez mais.

Ele começou a sair muito, a princípio me chamava, como eu sempre me negava a ir (pois se já não gostava da academia quem dirá das pessoas que estavam lá, com quem ele saia), tempos depois ele passou a não avisar mais, simplesmente chegava tarde e quando ia direto para casa, ficava “pendurado” no computador até de madrugada. 

Como seu uso do computador era extremo, um dia uma voz me disse, entra na rede social dele. Entrei, ele nunca foi muito bom de senhas e até se esqueceu que eu tinha a senha dele, já de cara vi a conversa dele com a OM que havia contratado ele como personal, na qual em uma resposta ele dizia: “ Se não falasse com você, não conseguiria dormir hoje meu amor! ” E ela respondia na mesma proporção. Falei com ele e ele se fez literalmente de “sonso”, o discurso dele de que não era nada foi tão persuasivo, que no final eu fiquei achando que a louca era eu. 

O fato é que a partir daí as brigas pioraram, agressões verbais, estavam quase virando agressões físicas. Eu comecei a perceber que algo estava muito errado, mas não tinha discernimento para buscar a proteção de Deus. Orava falando somente dos erros dele: “Meu Deus, olha o que ele está fazendo, olha o que ele fez, ele, ele, ele...”. Comecei a ler uns livros sobre casamento, mas tenho que confessar que eles me cansavam, então eu não concluía a leitura. Até que um dia em uma de nossas discussões eu perguntei para ele: O que você quer? Eu quero lutar por nosso casamento e você? 

A resposta: Eu não sei! 

Ele virou as costas e foi trabalhar e eu fiz a pior besteira da vida de uma esposa, afastar o marido dela nestes momentos de crise, arrumei a mala dele e despachei na academia. Voltei para casa convicta que quando ele chegasse lá e visse a mala, voltaria implorando...Dia 07/11/2013 – o dia que cai nas mãos de Deus. 

Estava convicta que aquilo era o melhor, mas na primeira noite foi como se caísse as vendas dos meus olhos e os tampões dos ouvidos, o inimigo tinha saído perto de mim e ali eu ouvia a voz de Deus dizendo: Minha filha, o que você fez? 

Era como se aquela força ruim que me levava a ser briguenta, mandona, ignorante, egoísta, desrespeitosa com meu marido e com as pessoas ao meu redor tivesse saído de mim, era como se o inimigo estivesse ali presente no meu quarto aquela noite comemorando, rindo da minha cara, porque trabalhou de forma silenciosa e eu cooperei. 

No dia seguinte não consegui trabalhar e sai pelas ruas procurando meu marido e o encontrei numa rua próximo de casa procurando uma casa para alugar. Com a mochila nas costas, com olhar perdido, pedi que fossemos para casa para conversar e ele se negou, disse que depois conversaríamos, mas as coisas só pioraram. Ele alugou uma casa, justamente a casa que alugaríamos enquanto construíamos a nossa, (abrindo um adentro quando nos separamos meus pais tinham cedido a nós uma das casas que era deles, para que reformássemos e ampliasse, neste período ficaríamos fora uns 5 meses, numa casa alugada. Já estamos até com o projeto de arquitetura em mãos).

Ele tirava as coisas dele de casa a prestações, e cada vez que aparecia para levar algo eu morria um pouco. Ele chegava, falava com nossa filha e não olhava na minha cara, um dia quando o parei e exigi que falasse comigo, olhei em seus olhos e vi que ali não era mais meu marido. Por isso, o nosso Senhor diz em

Efésios 6:12 “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” 

Era nítida a expressão obscura do meu esposo, sua face tinha perdido o brilho, seus olhos emanavam maldade. Ele mudou fisicamente, parecia muito mais bonito, atraente, começou a ganhar muito dinheiro. Ele sumiu por dez dias, e eu me desesperei. Mexia nas coisas dele que ficaram em casa e achei o telefone da OM com quem eu havia pegado conversas dele na rede social, numa ficha da academia. E fuçava em todas as redes sociais dele. Então, descobri que ele tinha saído com ela, viajaram para a praia e passaram cinco dias juntos com um grupo de amigos deles e inclusive com primos do meu marido. 

Quando vi aquilo, pela senha que eu ainda tinha do facebook dele, foi como se o chão se abrisse. Como em duas semanas ele já saiu divulgando isso para todo mundo, dizia que a amava, que estava feliz e apaixonado?! Mostrava a compra de coisas para sua nova casa. Eu que sempre pedia para reformar nossa casa, para comprar nossa casa e ele nunca queria, agora tudo era possível para ele. Cometi o segundo maior erro para uma esposa, procurei a OM através da rede social, na verdade incitei a destruição do relacionamento deles, postei uma mensagem pelo facebook dele para ela, como se fosse ele, xingando-a e dizendo que ela saia com homem casado. 

E na hora liguei para ele pedindo que viesse em casa, ele se opôs disse que não viria, mas eu insisti muito para que viesse, ele vinha, mas no meio do caminho ela ligou pra ele e falou sobre a mensagem. Automaticamente ele me ligou perguntando o que eu tinha feito, que eu podia ter colocado o emprego dela em risco, porque ela tinha um cargo importante numa multinacional. 

Eu fui atrás dele, o encontrei no caminho e ele me humilhava. Dizia que eu não o faria se sentir culpado, que eu merecia tudo o que estava passando. Que eu tinha que pagar. No dia seguinte, liguei para ela, xingando e esbravejando e ela ouviu pacientemente e me deu uma tapa pelo telefone dizendo: “Olha não quero nada com seu marido, ele não faz parte do meu mundo, mas tenho que te dizer que ele sempre andou como solteiro, nunca usou aliança e não tinha nada no facebook dele indicando nada sobre família ou casamento. Inclusive os primos com quem viajou nunca comentaram nada”. 

Aquilo para mim foi um murro do inimigo, porque eu sempre cobrei dele que usasse aliança e por conta da profissão de professor de lutas ele dizia que para ele era ruim, e que esse tipo de status era uma besteira e nunca, nunca usava ou colocava o que eu pedia. Ela deixou claro que não queria nada com ele, que não ficaria com ele, mas eu sempre ligava para ela cada vez que ele sumia. Eu ligava, xingava e brigava e ela ouvia e até me aconselhava e sempre afirmava: “Eu não estava com ele.” 

Comecei a perceber que ela de fato não estava com ele pelas coisas que ele postava, sempre mensagens dizendo que amava e que não estava com a amada. Eu vi meu marido chorar por ela, querer estar com ela. Ficava comigo praticamente obrigado porque eu ia tanto, tanto atrás dele que ele tinha intimidade comigo acho que por dó. E depois sempre me dizia que a gente tinha que se separar, que todo mundo passava por isso e era algo normal. 

O tempo passava e a situação só piorava, ele sofria por ela, mas saia com todas as mulheres da academia, ia para cama com dezenas delas, conversava com os amigos por mensagens privadas no facebook e como eu tinha a senha eu acompanhava tudo, ele marcava idas ao motel com mulheres, conversava de seus feitos com os amigos e até compartilhava imagens delas nuas na cama com ele. E eu via tudo, morria cada vez que lia ou via essas coisas. Ele se declarava para a OM com mensagens, saia com todas as mulheres da academia e compartilhava no privado... e me destratava, humilhava, mandava sair de perto dele, dizia estar feliz e bem-sucedido. Para eu ir viver minha vida e sair de perto dele. 

“Vai viver sua vida e para de viver a minha. Não te interessa o que eu faço ou deixo de fazer. Me deixa em paz. Você não é feliz porque fica grudada na minha felicidade...” Eram essas a resposta que eu recebia dele quando mandava mensagens sobre as coisas que eu via e ficava sabendo. Quando eu mandava mensagens bíblicas e louvores, tentando fazer com que a mente dele se lembrasse que éramos da igreja ele respondia: “Não adianta, eu não vou volta. Eu tenho livre arbítrio. Deus não me obriga a ficar com você. Eu não te quero”...E tantas outras vezes até palavrões ele escrevia. 

No entanto, eu continuava ali, insistindo, correndo atrás, rastreando ele onde quer que fosse. As festas de fim de ano foram terríveis, ele até me levou para a casa de uma irmã dele no natal, mas me destratou todo tempo, foi horrível as pessoas da família dele olhavam para mim com dó. No réveillon fui para a casa de praia de uma amiga da igreja, a pior segunda noite da minha vida depois que ele foi embora. Lembram da compra do biquíni que não cabia em mim e do que eu disse? Pois bem, eu emagreci tanto, tanto que as pessoas achavam que eu estava com alguma doença grave, terminal. O tal biquíni serviu a ponto da calcinha cair de tão magra que eu estava e a mim chegou a informação que ele viajaria para a casa do meu cunhado com outra mulher...só não foi porque Deus não permitiu. 

Ele sumiu no réveillon e apareceu só no final da primeira semana de janeiro. Para me pedir dinheiro e eu larguei minha filha na praia sozinha e subi para cidade só para entregar o dinheiro na mão dele, para poder ver ele, estar com ele e quando perguntei do réveillon falei que choramos que a nossa filha chorou a noite toda, a resposta foi: “Isso passa, não vou fazer nada quanto a isso, não é problema meu”. Esse seria o primeiro réveillon de muitos, com o rosto no pó orando e clamando a Deus por uma mudança. 

Um sábado uma amiga me chamou para ir a um parque com as crianças, por incrível que pareça ela passava pelo mesmo processo, para que me distraísse um pouco. Naquela manhã acordei com uma agonia estranha, até ai eu chorava todos os dias, várias vezes durante o dia, e nessa manhã eu ouvia algo me dizer: abra a bíblia. Assim o fiz e a palavra foi:

“Não temas por causa da palavra que ouviste” Isaías 37:6 

Eu arrumei minha filha e fomos ao passeio, eu sem vontade nenhuma de estar ali, de repente recebi uma mensagem do meu marido: Está onde? E logo em seguida uma ligação dele. Quando ele me procurava eu imaginava que sentia saudades, e queria estar comigo. Me perguntou onde eu estava e eu como sempre menti e disse que estava por perto. Ele me pediu para encontra-lo na casa dele. Eu como sempre largava tudo e qualquer coisa por ele, voltei para casa, deixei minha filha e fui para a casa dele. 

Chegando lá me disse que não adiantava mais, que eu havia demorado muito. Então, perguntei sobre o que se tratava. “Eu arrumei um advogado, ele já está com a papelada feita, com a certidão de casamento para negativar e assinando estamos separados. Mas você demorou, vamos na segunda”. Do jeito que eu estava em pé eu me agachei e comecei a chorar. Naquela hora ele pode perceber a dor que eu sentia, me abraçou e disse que era necessário para a gente passar por isso e logo depois disse: Se você não quer agora vamos esperar um pouco, mas é só papel viu, porque não estamos mais juntos. 

Nunca mais em quatro anos e meio ele falou em divórcio de novo. Deus falava comigo a todo tempo, mas eu era muito desesperada e impaciente para ouvi-lo. Ele havia me dito para não me preocupar com o que eu ouviria, mas eu quase morri. E foi assim durante muito tempo, Deus falando e eu não sabia ouvir. O primeiro ano de separação se seguiu assim, como descrito a cima, com muito sofrimento, humilhações, comigo correndo atrás dele insistentemente e ele se distanciando mais e mais de mim, com todas as mulheres com quem se relacionava.

As notícias eram sempre as piores, quanto mais eu buscava, orava, ia a igreja, clamava, ele se afastava, mais as coisas pioravam. Contudo Deus se fazia presente a todo momento. Minha vida era igreja, monte, campanhas de orações, ouvir estudos na internet e tudo o que se possa imaginar. Neste tempo aprendi de fato a ler a bíblia, a orar e a jejuar. Meu Deus, eu nunca tinha jejuado, não entendia o valor disso. E Deus ia falando comigo e me ensinando a cada dia. 

Eu andava com calendários na cabeça, fazia desafios e propósitos impondo dadas do meu milagre, achei que seria com 3 meses, 5 meses, 8 meses, 1 ano e o tempo passava. No final do primeiro ano, não sei porque, mas ele ainda passou natal comigo e nossa filha. Fomos para casa dele e ficamos lá. Sem ceia, sem nada só para ter a presença dele conosco. No réveillon novamente passamos sozinhas e ele desapareceu. No início do ano seguinte, eu continuava rastreando ele por redes sociais, e vi que ele começou a curtir e comentar fotos de uma garota. 

E em uma das noites que estávamos juntos (pois eu continuava tendo intimidade com ele normalmente. Na verdade, acho que eu precisava muito mais disso que ele, pois assim eu me livrava um pouco da solidão, e conseguia por um breve momento sentir que meu marido ainda era meu. Desta forma me submetia a ser só a companhia de cama dele), eu peguei o celular dele, ele colocava mil senhas e eu quebrava todas. Tinha a conversa dele cheia de carinho e segundas intenções com uma garota, uma garota que pelo perfil dela descobri que tinha acabado de fazer 18 anos. Ele com 37 na época.

Poucos dias depois descobri que ele estava namorando com ela, então se as coisas estavam ruins, pioraram de vez para mim. Ele passou a me destratar, não me atender e me mandar embora da casa dele. Eu brigava, queria que ele confessasse que estava com ela, mas ele me chamava de louca e dizia que eu era louca, para cuidar da minha vida. Eu resolvi ligar para ela, pedi para que uma amiga fizesse isso e assim ela o fez. A garota riu e disse que ele dormia com ela, na cama dela toda noite e que se eu não cuidava do meu marido problema meu. E eles continuaram juntos durante 7 meses.

Neste tempo eu jejuava todos os dias, a semana toda, meses a fio, fiz propósitos, campanhas e vigílias para que ela saísse da vida dele. Ele me procurava tínhamos intimidade e partia. Ao final dos 7 meses ela o deixou, simplesmente largou ele e começou a namorar com outro. Eu com acesso ao celular dele, pois tinha a senha, sabia de tudo. Esta época era mês do meu aniversário e do nada ele me chamou para viajar, fomos para Arraial do Cabo – RJ. Quatro dias felizes e como família, meu Deus era esse o momento da minha restauração. Mais uma vez meu calendário estava errado, quando saímos de lá ele já veio todo estranho comigo na volta, brigou comigo porque descobriu que eu ainda via o facebook dele, e sumiu. 

Quando tornei a vê-lo uma semana depois foi numa avenida em que eu parei no farol no sentido indo e ele no outro lado o sentido contrário, com uma mulher no banco do passageiro. Ali eu já comecei a chorar, ligava para ele várias vezes seguidas e ele não atendia, e eu estacionada na porta dele e ele não chegava. Quando ele chegou, fiz ele me deixar entrar, fiz ele ter intimidade comigo e não falei nada sobre o que vi. Achei que não tivesse me visto, e não valeria a pena comentar. Mas quando voltei para casa, recebi uma mensagem dele: “Não estou feliz com nada, e quero seguir meu caminho. Não ficaremos mais juntos.” 

Nessa época, além de falar comigo constantemente, Deus levantou muitas pessoas para lutar comigo. Glórias a Deus por isso. Conheci muitos grupos e destes grupos carreguei para minha vida a Lucimeire (uma guerreira que teve o casamento restaurado, mulher sábia que me ensinou demais. Parava tudo para me ouvir quando eu ligava ou mandava mensagem desesperada. Você sempre foi usada por Deus em seus áudios minha amiga, como aprendi com você), a Keyla (ser humano lindo, não só fisicamente, que também passou por um processo de separação, chegando ao divórcio. Que sempre, sempre me fez por um sorriso rosto. Sua vitória não veio AINDA como o esperado minha amiga, mas grandes coisas estão por vir), a Dani (amiga que conhecei quando já estava no findar de minhas forças para lutar por restauração, mas que acolhi e fui acolhida. Deus tem coisas lindas para você ao findar desta jornada minha amiga). 

Tantos e tantos outros, que o nome não está citado neste testemunho, mas que Deus com certeza, exaltará eternamente a vida de cada um de vocês. Minha amiga irmã Verônica, que me tirava do chão, que foi minhas pernas quando eu não aguentava andar, minha boca quando não consegui falar, meus braços e mãos quando eu não conseguia ser nada, além de um ser sofrível e acuado, você que foi contra o mundo e nunca, nunca deixou de acreditar minha amiga. A vitória também é sua. 

Liguei neste dia para Lucimeire desesperada e neste dia comecei a abrir mão do meu marido pois acreditei que ali não haveria mais jeito, que estava perdendo ele. Ela muito sábia me aconselhou a deixar que ele seguisse seu caminho, que era momento de sair de perto, de deixa-lo viver, que eu continuasse a buscar, mas distante onde só Deus me visse lutar. Como penei para tomar essa decisão. Quanto mais eu orava, quanto mais insistia em ter meu casamento de volta, mais difícil ficava. 

Ele assumiu ela em todas as redes sociais, mandava flores, fazia declarações e até uma aliança ele comprou para ela. Meu Deus, que dor terrível ver a foto de perfil do meu marido para que todo mundo visse, usando uma aliança de outra mulher. Tudo o que eu esperava que ele voltasse a fazer comigo, ele se dispôs a fazer com outra mulher.

Está foi a foto que visualizei no perfil do meu marido, antes desta uma dos dois juntos com os dizeres “guardado para sempre”. Meu fundo de poço definitivo, a partir daquele momento minha fé começou a balançar, esmorecer, comecei a pensar que talvez estivesse errada e que não era da vontade de Deus que ele voltasse para mim. Diferentes das outras que eu ligava e entrava em contato, a esta nunca procurei. E tempos depois ele me procurou. Ás vezes ficávamos juntos, as vezes saiamos e depois ele sumia. Uma vez sumiu por quase 2 meses, e para nossa filha só mandava mensagem dizendo que estava trabalhando. Mas uma ou outra postagem dele escapava como pública e eu conseguia ver ele com ela. 

Eu o vi apresenta-la para família, ela participar de natais e festa de aniversário dele. E eu, tentando permanecer no joelho. A segunda academia que ele havia inaugurado, era administrada por ela, e tudo estava no nome dela. Como ele dizia para todo mundo: É ela quem manda! E eu ainda casada com ele no papel, vi o que era meu por direito sendo passado para outra. Ele insistiu para que minha filha fosse até essa academia, fazer aulas de luta. Eu levava minha filha e ficava do lado de fora chorando. Orando a Deus. 

No final do ano de 2016 eles já estavam juntos a um pouco mais de um ano, sempre, sempre brigavam e ela sempre postava mensagens “dodói” nas páginas dela e a ali eu sabia que estavam brigados. Ele veio em minha casa, na véspera de natal, presenteou nossa filha, e minha mãe e eu, e disse que se pudesse dormiria e acordaria só no dia seguinte quando a ilusão passasse, mas que não podia fazer isso. Eu sabia que ele não estava feliz. Mas não entendia porque não se libertava de tudo aquilo e voltava para Deus. 

No Réveillon de 2017 fui para a casa de praia de minha amiga/irmã Verônica e lá como todo réveillon orei a Deus pelo Marcelo, mas desta vez orei pedindo a Deus que ele fosse salvo e voltasse a servir ao Senhor. Que eu pudesse ser feliz também e pedi: Senhor me ajuda a sair da vida dele, a deixa-lo em paz para que ele seja feliz com quer que ele escolha. Só não permita que o inimigo toque na vida dele. Parei de orar absolutamente pela restauração do meu casamento. 

O ano de 2017 foi um ano louco, onde vivenciei muitas coisas e vi meu marido muito próximo de mim e ao mesmo tempo muito, muito longe. Ele entrou em sociedade numa nova academia e simplesmente me deu. Falou é sua, e quando inaugurar você tomará conta. O carro que eu tinha um modelo importado na época, uma aquisição louca que fiz quando me separei (porque achava que aquilo me preencheria), quebrou uma peça importantíssima num dia que fui num culto na casa da Lucimeire, inclusive naquele dia recebi a palavra de que tudo mudaria na minha vida). Eu não tinha condições de trocar ou arrumar. Meus queridos, a palavra de provérbios é a sabedoria mais imediata da bíblia: 

“Porque por causa de uma prostituta se chega a pedir um bocado e pão” (Provérbios 6:26)

Meu marido começou a perder tudo, perdeu a academia que tinha colocado no nome da OM, praticamente foi obrigado a vende-la. E como parte do pagamento, o sócio deu para ele um carro cedam, vermelho lindo, do ano e Deus fez ele me dar. Simplesmente ele apareceu na minha porta, pois a chave na minha mão e disse: Toma é seu! 

A academia que ele resolveu inaugurar e me dar foi a pior luta que já passei... queridos ele me xingava na frente de todo mundo de graça. Chegava na academia e falava que eu e os sócios íamos falir e que ele tinha parte lá, que tiraria todas as máquinas dele...Ixiii. O inimigo, praticamente possuía ele na frente de todo mundo. Só Deus que me fazia suportar, pois nem eu entendia o que ainda fazia ali, já que ele dizia que não ia me dar nada, que não precisava de mim e só me maltratava. 

Ele se afundava cada dia mais e eu passei a olhar para ele e só sentir pena. Mesmo assim, com tudo e não sei entender o porquê vez ou outra estávamos juntos. Como se algo nos levasse a um procurar o outro nem que fosse para ceder o ombro e ouvir. Ao final de ano de 2017 eu praticamente o intimei: Ou você passa o natal comigo ou me esqueça de uma vez. Ele passou o natal comigo e nossa filha, na praia. Ali, eu já sabia que não o amava mais.

Agora, abro parênteses para testemunhar como foi minha vida quando decidir não mais orar por meu casamento. Durante os três primeiros anos de separação, eu conheci Deus de uma forma que nunca imaginaria ser possível. Quando rolava no chão do meu quarto de dor na alma por aquela situação e sentia Jesus me abraçar e eu dormia. Quando via na rede social dele que ele tinha sumido porque estava viajando e se divertindo com OM, Deus me mostrava testemunhos na internet que eu ficava estarrecida e imagina: Meu Deus se o Senhor pode isso, imagina o que fará na minha vida. 

Eu pouco saia com amigos e quando saia voltava para casa chorando porque sabia que não era ali meu lugar. Eu clamava a Deus, e lia a bíblia. Nossa, a maravilhosa bíblia, a palavra era tão clara e nítida para mim que não era necessário eu ter nenhum pastor para me explicar o que era aquilo que Deus dizia. Contudo, ia a igreja e ia muito, a semana toda se possível, monte, grupo de oração, jejuns e propósitos era o que me fazia feliz. Então decidi não orar mais, pois não suportava mais, eu não tinha mais forças, minha armadura estava aos pedaços e entreguei a Deus: Senhor que ele siga a vida dele, só te peço para me tirar do caminho dele e que eu possa ter um novo amor. 

Eu comecei a sair mais e ir a igreja menos, nunca fui de noitada ou balada, mas esfriei. Já não lia a bíblia com tanta euforia. Sabia que precisava estar perto de Deus e falava com Deus muito pouco, mas pedia que segurasse minha mão e guiasse meus pés. Cansei se ser maltratada pelo meu marido e resolvi me envolver com um ex meu, e obviamente não deu certo, porque por incrível que pareça ele estava se convertendo e não queria relacionamento. Isso me deixou mais dura ao amor, comecei a imaginar que minha cota tinha sido com o Marcelo e que sendo somente aquela a minha chance eu ficaria sozinha e já estava satisfeita com aquilo. 

No final de 2017, antes de passar o natal com meu marido, comecei a me relacionar com um homem muitos estudado, carinhoso e que passou a me tratar como eu queria ser tratada. Quando voltei do natal com meu marido, sabia que a partir dali eu teria um relacionamento com aquele homem, pois eu não amava mais o Marcelo. 

No início de 2018, tivemos uma reunião de sócios na academia e eis que o inimigo, vendo que não me atingia mais com a forma que o Marcelo me tratava, fez ele me acusar de roubo na frente dos dois sócios. Aquilo para mim, foi a terceira vez que senti o chão abrir debaixo dos meus pés. Como o pai da minha filha que me conhecia a 17 anos, que dividiu o leito sem mácula comigo, a mulher que carregava o sobrenome dele, como ele podia me acusar de estar roubando ele sem fundamento algum? 

Eu me levantei e fui embora ele me seguiu com o carro e paramos na casa dele, chegando lá gritamos, nos agredimos verbalmente e então ele me pois para fora, dizendo que ali estava me pondo da fora da vida dele pela segunda vez e que de lá eu não voltasse. Porque ele não precisava de mim para nada. Apenas respondi: Assim seja! - E fui embora. 

Passamos meses sem nos ver, sem nos falar e eu naquele dia disse para Deus: “Eu não sou mais uma só carne com este homem. Eu não quero mais e como ele teve livre arbítrio para escolher não ter mais a família dele. Eu escolho não ter mais aliança com ele”. 

Comecei a investir o relacionamento com aquele homem que me tratava tão bem, em pouco tempo ele já ia na academia, já conhecia meu círculo de amigos e estava para ir na minha casa. No entanto, ele tinha outro mundo, era desviado da igreja, dizia que um dia voltaria, tínhamos personalidades divergentes, mas eu queria que desse certo. Era um homem muito, muito bonito, quando chegava e me abraçava as alunas da academia olhavam com cara de “nossa como ela tem sorte ou queria estar no lugar dela”. Neste momento eu já nem me lembrava mais que meu marido existia, estava com uma “apaixonitizinha” pelo outro. 

Depois de três meses sem contato meu marido começou a se reaproximar, para mim, já era um tanto faz. Mesmo assim, ele foi se achegando novamente, só que não tínhamos nenhum contato além de um sorriso sem graça, um oi, ou tchau. Neste período teve uma campanha na igreja que frequento e a finalização dela era com um proposito pela família. Eu fui incomodada por Deus para fazer. Confesso que não queria, me senti uma idiota, mas fiz. Sem nem entender o porquê. 

Como comentei o homem com quem eu estava me relacionando, já frequentava a academia e especialmente naquela noite, disse que passaria lá para treinar comigo. Concordei de imediato, mas não esperava que meu esposo estivesse por lá, pois ele nunca estava. Me ausentei da recepção por um momento e quando retornei, os dois estavam na recepção. Meu esposo recebendo ele como se fosse um aluno, brincando, cumprimentando com um aperto de mãos, como fazemos quando recebemos qualquer aluno. 

Quando ele me viu olhando diretamente para os olhos do homem que ele cumprimentava, e ele dizendo: “Estou esperando a Mônica para treinar”. Ele percebeu pela primeira vez que eu já não gostava mais dele. Treinamos juntos, e especialmente neste dia ele estava muito mais carinhoso e atencioso, todo mundo olhava para nós como casal, inclusive os professores que já tinham grande intimidade com ele e brincavam como velhos amigos o tempo todo. Meu marido entrava e saia da sala de musculação, bufando até que pegou seu carro e foi embora irado. 

Naquele dia me despedi do outro pela última vez, por incrível que pareça não nós vimos ou nós falamos mais...E Deus sabe o porquê, ainda naquela noite recebi uma mensagem do meu marido: Você está saindo com aquele cara? Respondi que não estava saindo com ninguém e não respondi mais nada. 

No dia seguinte meu celular não parava de tocar e chegar alertas de mensagens dele. Depois ele foi até minha casa chorando, dizendo que me amava, que nos amava e que queria a família dele de volta. A princípio eu senti muita raiva dele, queria mais que ele chorasse mesmo, afinal eu chorei anos. Eu apenas respondi a ele que estava nas mãos de Deus a nossa volta. Ele chorava e se lamentava e pedia perdão. Foi a casa dos nossos amigos da igreja da época que nos separamos pedir perdão a eles e agradecer por terem tomado conta da família dele enquanto ele esteve cego. 

Dias depois que ele tomou esta posição nos chamou para viajar (eu e nossa filha) para Atibaia. Num lugar lindo chamado “Pedra Grande”.

Eu orei a Deus e pedi que me ajudasse a amar o meu marido novamente, se realmente você o trabalhar dele naquele momento...e como que posto em mim novamente Deus me fez ama-lo, um amor diferente de quando nós casamos ou quando eu lutei por nossa restauração. Um amor grato, um amor de zelo, acredito que de fato o amor que Deus quer entre o marido e a esposa. 

A dois meses estamos voltando aos poucos, pois a volta é cuidadosa. São muitas conversas e esclarecimentos, orações e busca para que o trabalhar de Deus nos dê sabedoria e nos transforme a cada dia. Tenho certeza que logo estaremos em nossa casa novamente, já estamos providenciando isso...só aguardando o direcionamento do Senhor para onde vamos morar. 

Queridos, não fui a pessoa mais correta na minha busca. Falhei muito, murmurava, desistia todo dia e no momento seguinte orava de novo, inconstante como as ondas. Durante os dois primeiros anos por mais que Deus me tratasse eu só enxergava meu marido, coloquei-o em primícias no meu coração...hoje entendo o porquê de a volta não ter sido antecipada. E no final ainda me envolvi com outra pessoa, imaginando que o fim havia de certo chegado e que eu não teria meu casamento de volta. Mas, Deus em sua infinita misericórdia e graça me perdoou, e cumpriu sua promessa em minha vida. 

Eu profetizava sempre em minhas orações no início de tudo que: “Aqueles que viram o meu esposo com outras e aplaudiram, verão ele comigo, de volta e glorificando o nome do Senhor por ter a família dele de volta”. Exatamente assim Deus tem feito. As pessoas estão pasmas. Pois estão presenciando um milagre de Deus, quatro anos e meio depois que ninguém acreditava mais e me chamavam de “a coitada.” 

Eu lia muitos testemunhos de restauração, em vários sites e blogs. Participei de muitos grupos de WhatsApp de restauração. Nesta caminhada Deus me direcionou ao blog Restaurar Casamentos e conheci a Sol e tantas outras pessoas, algumas trouxe para minha vida como a Dani (pessoa especial de Deus).

No grupo do WhatsApp do Restaurar fiquei por pouco tempo pois me sentia fraca e o sofrimento das pessoas me entristecia mais, pois eu não tinha força para ajudá-las. No entanto, o tempo que fiquei foi suficiente para que Deus usasse a Sol em sábios propósitos de jejuns e campanhas de orações como o cerco de Jericó com o tocar das trombetas que participei. Tenho certeza que foram recebidos por Deus cada oração e propósitos deste ministério de ajuda virtual.

Espero que este testemunho possa fortalecer a quem está no deserto, pois o deserto é só uma passagem, já entramos nele com a vitória em mãos. 

“Sê forte e corajoso” (Josué 1:9) 

Obrigada Deus por me fazer merecedora deste milagre, mesmo não merecendo mais nada por não ter confiado. 

Mônica Macedo
mmonica854@gmail.com