Conheci a Erika num grupo de restauração de casamento, meu casamento já havia sido restaurado, entrei nesse grupo já na reta final do meu deserto e permaneço nele até hoje, pois é de uma amiga querida que me ajudou muito em minha caminhada. Na hora me identifiquei com a Erika, sempre questionadora e querendo entender "os porquês" de muita coisa rsrs. No fundo eu sabia que a busca dela seria atendida, não sei explicar como, mas eu tinha absoluta certeza que Deus queria ensinar algo a ela. E com certeza ensinou, esse testemunho só demonstra a maturidade espiritual e a transformação de uma esposa que aprendeu a se calar e ser sábia nos momentos mais difíceis.
"Erika quantas coisas vivemos e quantas ainda iremos viver, Deus foi realmente bondoso conosco, hoje temos nossa família unida e podemos testemunhar quão grande e misericordioso é o Senhor. Desejo tudo de melhor na sua vida, muitas viagens, muitas luas de mel rsrsrs e muito amor, porque se temos amor por nossa família não desistimos dela nem mediante as tempestades. Um grande abraço e obrigada por compartilhar um pouco da sua vida".
Sol
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"Erika quantas coisas vivemos e quantas ainda iremos viver, Deus foi realmente bondoso conosco, hoje temos nossa família unida e podemos testemunhar quão grande e misericordioso é o Senhor. Desejo tudo de melhor na sua vida, muitas viagens, muitas luas de mel rsrsrs e muito amor, porque se temos amor por nossa família não desistimos dela nem mediante as tempestades. Um grande abraço e obrigada por compartilhar um pouco da sua vida".
Sol
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Prezadas (os) irmãs(os) de caminhada.
Me chamo Erika e venho aqui contar um pouco da minha história. Espero com isso edificar a fé de vocês de que temos um Deus misericordioso que não abandona seus filhos e que mesmo quando tudo parece perdido e sem esperança, Ele está conosco a cada segundo.
Então, permitam me apresentar minha história: não sei nem dizer exatamente quando tudo começou, pois fazia tempo que eu empurrava as coisas com a barriga. Em 2015, já casada há 10 anos, Mãe de 02 filhas lindas, excelente profissional no ramo em que atuava... pena que eu deixava essa excelência toda na empresa enquanto dentro de casa eu era só mais uma mulher moderna casada que em nada procurava melhorar. Acredito que, como todas que chegam ao deserto, eu fui uma tola que destruiu o próprio lar.
Era contenciosa, orgulhosa, queria ser a dona da razão sem me importar se isso iria ferir meu esposo ou não. Eu tinha um emprego bacana, que gerava uma renda muito boa e por várias vezes eu jogava na cara do meu esposo que eu ganhava tanto quanto ele (teve época de ganhar até bem mais) e que por isso ele tinha tanto dever dentro de casa quanto eu. Não achava justo eu ter que cuidar da casa sozinha, já que botava dinheiro tanto dinheiro dentro de casa e trabalhava as mesmas 8h que ele. Enfim, para resumir, não fui sábia o suficiente e minha soberba me levou ao deserto.
Meu esposo foi ficando cada vez mais distante, até que me falou que sairia de casa assim que arrumasse um lugar para ficar. Minha soberba era tamanha que nem levei fé no que ele disse, pois várias outras vezes ele dizia isso e eu contornava a situação... fazia promessas e mais promessas de que melhoraria, mas não durava muito e eu voltava a ser a mesma de sempre. Em Maio de 2015 perdi o emprego e no fundo achei que seria ótimo, pois conhecendo-o como o conhecia eu estava certa de que ele jamais me abandonaria. Qual não foi minha surpresa quando, ao chegar em casa, ele me disse que o fato d'eu ter perdido o emprego em nada mudaria a decisão dele.
Como os dias iam passando e ele não saía de casa, fui ficando cada vez mais confiante de que ele desistiria da ideia. Minha ficha só caiu no dia que ele, depois de deixar as crianças na escola, entrou em casa dizendo que faria as malas e que partiria naquela manhã. Fiquei sem chão. Fiquei em choque. Não fiz escândalo. Apenas não quis assisti-lo arrumando as coisas e fui para a sala, onde me derramei em lágrimas. Quietinha. Sem fazer barulho para não piorar a situação. Isso foi em Junho de 2015.
Quando o carro com todas as suas coisas cruzou o portão da garagem, eu achei que fosse morrer. Como ele teve coragem de fazer isso comigo depois de todos esses anos? A vontade que eu tive foi de dar cabo da minha vida. Mas eu não poderia fazer isso. Eu tinha 2 crianças que dependiam de mim. Elas foram a minha força pra suportar toda aquela dor. Passei por tudo isso sozinha, nem falar com meus pais eu falei. Pois não queria que eles ficassem com raiva de meu esposo quando ele voltasse. Sim! Quando ele voltasse, porque eu tinha essa certeza dentro de mim.
Contava apenas para pessoas que como eu, acreditavam que Deus poderia reverter a situação e restaurar meu casamento e foram poucas! Pois eu sabia que a grande maioria me mandaria seguir em frente e arrumar outro. Para evitar esses conselhos, eu não falava nada. Eu não precisava de conselhos de quem pensasse diferente da Palavra de Deus. Ele odeia o divórcio. Então me cerquei de quem acreditava nisso e me dava forças para continuar minha batalha. Se eu posso te dar um conselho neste momento é este: não saia contando sua situação a todas as pessoas. Nem todo mundo vai te aconselhar segundo a Palavra de Deus e isso só vai te confundir e deixar sem esperança.
Continuando.... Nesse dia, completamente sem rumo, caí aos pés do Senhor. Pude perceber que meu marido saía de minha vida não por falta de amor, mas pq eu tinha de fato me tornado uma esposa horrível. Egoísta, egocêntrica, auto suficiente e por aí vai ... primeiramente pedi perdão a Deus por ter me tornado essa tola e por ter construído meu lar na areia. Quantas vezes meu marido me implorou por atenção e disse exatamente o que eu deveria fazer para salvar meu casamento... e ainda assim, eu ignorava seus apelos... quanta tolice... depois eu fui buscar ajuda na Internet. A primeira coisa que me veio veio a cabeça para pesquisar foi "pedidos de oração". Eu entrei em todos os sites de pedidos de oração e pedia que intercedessem por minha família. Achava que qto mais gente orando por mim, mais rápida seria a restauração... vejam só! Cheguei ao cúmulo de entrar em mais de 150 sites para pedir.
Deus foi misericordioso comigo e logo me fez entender o qto fui tola. Meu esposo já tinha dito que eu tinha que mudar meu jeito de ser, mas não lhe dava ouvidos. Entretanto, Deus me fez perceber isso no momento que ele pôs os pés para fora de casa. Em meio a minha dor, minhas primeiras orações eu pedia a Deus que me moldasse e que ajudasse a ser uma mulher segundo Seu coração.
Nessa de entrar desesperadamente em sites, em busca de quem estivesse disposto a interceder pela minha família, Deus colocou alguns anjos em meu caminho que foram essenciais para me manter de pé quando eu estava caída. Alice, Vanessa, Carol, Nanda, Milene, Karine, Cintia, Alyne, Luciana... nunca saberei expressar a tamanha gratidão por Deus ter nos feitos amigas de deserto. Todas no mesmo deserto, cada uma com seu motivo... mas todas buscando em Deus a restauração de cada família. Logo fizemos um grupo no WhatsApp onde trocávamos confidências, conversávamos todos os dias. Quando uma caía, a outra ajudava a levantar.
Todas unidas pelo mesmo intuito. Orações e campanhas entre nós foram feitas. Nomes levados ao monte, ao culto, a missa, a romaria.... sim! Religiões diferentes mas respeito à opção de credo de cada uma. A beleza do grupo era o propósito que nos unia e não a convicção religiosa de cada uma, assim todas intercedíamos umas pelas outras cada uma a sua maneira ... dividimos nossas alegrias e tristezas: maridos se aproximando, maridos pedindo divórcio, doenças, mágoas, testemunhos de vitória nas pequenas coisas do dia a dia... enfim, formamos uma família.
Convicta da minha culpa, passei a mandar mensagens e e-mails para meu marido pedindo perdão, pedindo nova chance, pedindo para conversarmos... ele ignorava até que um dia me ligou de volta com muita raiva, dizendo para eu parar com isso, que cada vez que ele recebia as mensagens ele ficava com mais raiva de mim, que eu não o deixava respirar, que "a minha presença" através dessas mensagens o sufocava... isso aos gritos no telefone, no horário de trabalho, ou seja, com as outras pessoas que trabalhavam na mesma sala que ele ouvindo a conversa. Me senti um lixo. Me senti pequena. Mas por outro lado isso foi bom. Eu ja tinha lido sobre "deixar ir" mas não entendia bem o conceito. Esse baque, apesar de doer na alma, me fez acordar.
Ainda na minha busca por ajuda na Internet encontrei o site do RMI. Tive o meu primeiro alento ao ler as páginas iniciais do site. Imediatamente, inscrevi me e comecei os cursos. Devorei o livro "Como Deus pode restaurar seu casamento" em menos de 02 dias. Devorava também todos os testemunhos que encontrava na Internet. Isso edificava a minha fé. Perdi as contas da quantidade de testemunhos que eu li nessa jornada.
Passei a colocar os princípios do livro em prática. E me apeguei a seguinte passagem bíblica: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu." Eclesiastes 3,1. Depois de alguns meses de sofrimento - o que é esperado para todos que passam por essa situação - Deus havia colocado em meu coração que tudo era uma questão de tempo. Eu passei a ter isso muito claro na minha cabeça. Que em questão de tempo ele voltaria, independente do rumo que nossas vidas tivessem tomado. Levou um tempinho, mas quando entendi o princípio do “deixar ir" e descansar em Deus, as coisas ficaram menos dolorosas para atravessar meu deserto.
Um outro Conselho: deixar ir é deixar ir mesmo. Inclusive. redes sociais. Deixar de procurar seu marido (fisicamente falando, por mensagens, e-mails ou telefonemas) mas buscar informações dele nas redes sociais não é deixar ir por completo. Por que digo isso? Pois bem, no começo eu buscava informações pelas redes sociais. No fundo eu queria ver alguma mensagem depressiva, do meu marido mostrando que ele tivesse se arrependido... entretanto não era o que eu via. Pelo contrário. As postagens passaram a ser recheadas de curtidas na night com muita bebida e cercado de gente.
No fundo isso me chateava pouco, mas não me incomodava muito não, pois por experiência própria eu sabia que uma hora essa "solteirisse" cansaria. Porém, alguns meses depois, eu acabei vendo algo que me deixou magoada e eu deixei de segui-lo (isso foi no dia do meu aniversário - em outubro). Entretanto eu continuava vendo os posts dele pela rede social da minha filha. Foi quando eu vi que ele começou tinha a amizade com uma certa moça. Sabe quando te dá um estalo e isso não passa despercebido? Então.
Naquele momento foi como se tivessem sussurrado em meu ouvido "é ela". Ali eu já tive a certeza de que essa "amizade" não era apenas mais uma e sim com alguém que ele estava se relacionando. Isso foi no final Dezembro de 2015. Não precisava ninguém dizer... foi bater o olho para que eu tivesse a certeza de que eles estavam se relacionando apesar de nunca, _ em todo tempo que ficamos separados - nunca mesmo ele ter postado foto deles juntos. Agradeço a Deus por não ter passado por isso e por meu marido ter sido discreto em relação à OM - outra mulher.
Neste mesmo mês, ele se mudou da cidade que morávamos, pois também perdera o emprego. Ficava na casa do irmão, do tio, da mãe, da tia... pulava de casa em casa, sem ter um teto fixo. Passei a contar somente com Deus, pois além de tudo, eu morava há mais de 3h de viagem de meus pais. Eu estava sozinha, desempregada, com 2 crianças para cuidar.
Minhas filhas na época tinham 09 e 03 anos. Eu tinha que me manter forte por elas. Mas as vezes a dor era muita e elas me pegavam chorando. Nós 3 nos aproximamos muito no meu deserto. No desespero, imploramos a Deus por um sinal de que Ele esta conosco. Sei que não devemos fazer isso, mas acaba sendo mais forte que nós. Recordo que no dia 23.12 daquele ano, fiz uma viagem para a cidade de meus pais. Como saí de casa a tarde, resolvi parar para comer algo com as crianças antes de seguir 03h de viagem.
Eu sempre muito aérea, corpo presente mas pensamento muito longe. Por vezes eu nem prestava atenção ao que me rodeava. Neste dia entre uma garfada e outra, eu dizia para mim mesma "Chega Senhor. Estou no meu limite. Não aguento mais." Minha filha me chamou atenção por eu não estar escutando. Dei-lhe a atenção e voltei ao meus pensamentos de desistência. "Não quero mais, tô fora, já deu..." quando até música me chamou atenção. Tinha começado uma música de uma banda que eu gosto muito. E que é uma das nossas músicas. Chama-se "Patience", que em português traduz-se "Paciência".
Eu comecei a rir e disse a Deus "OK! Você venceu!". Mas sabemos os altos e baixos que o deserto nos deixa. Então, no dia seguinte - a véspera de Natal - eu estava deitada no meu antigo quarto na casa de meus pais. Minha caçula (sempre ela!) tinha acordado mais cedo, mas eu estava ali, sem forças para me levantar e encarar o mundo, deitada de costas para a porta. E conversando com Deus. Chorando, claro. Ela entrou no quarto e não tinha como ela fazer ideia de que eu estava orando, pois eu estava fingindo dormir. Ela vira-se para mim e fala: "mãe, acorda! Não fique triste, pois papai vai voltar para casa." Só de lembrar desse dia fico emocionada.
Um outra vez, eu estava sentada em um restaurante conversando com Deus (eu passava o dia a conversar com Ele). E em um surto de revolta, me perguntei o que estava faltando para que Deus agisse logo no meu casamento. Qual não foi minha surpresa quando desviei meu olhar longínquo e vi um adesivo com a palavra "Fé" bem ali parado a minha frente. Desnecessário dizer que uma lágrima rolou naquele momento. Deus fala conosco o tempo todo. Seja através de mensagens, através de uma palavra amiga, uma passagem em um livro, um e-mail... Mas precisamos estar conectados com Ele para captarmos as mensagens.
Dois meses depois, mesmo sem tê-lo em minhas redes sociais, ainda assim eu buscava informações. Sim. Hoje eu tenho vergonha disso. Entrava no perfil dele, da minha sogra, do meu cunhado, da minha cunhada.... Ate que através de um post de uma conhecida, acabei vendo que ele passou a levá-la nas festas na casa do irmão - o que confirmou ainda mais a minha certeza... esse post foi no carnaval, quando ele me disse que não poderia buscar as crianças por causa do tumulto que estaria a estrada na volta (como se eu tivesse acreditado nessa desculpa) mas nada disso abalou a minha fé.
Passei a orar cada vez mais forte por ele, para que Deus o livrasse de tudo o que o levava para longe de Sua vontade e, claro, afastá-la de meu esposo. Orei até por ela, para que encontrasse um outro homem descomprometido e que fosse bem feliz (de preferência em outro país rsrsrsrs). Me recordo que nessa época, eu fiz o jejum de Daniel. E sendo Deus o criador da família, Ele mais do que ninguém era interessado a restaura-la. E eu sabia que Deus estava ali comigo, me amparando e consolando.
Por várias noites senti a presença de Deus em meio aos meus prantos... nesse tempo, ele entrou em sociedade em um bar, para o meu desespero. Quer lugar mais propício para bebedeiras e mulheres? Mantive-me firme nas orações e jejuns intercedendo para que ele saísse dessa sociedade. Graças Deus, não ficou nem 3 meses nessa sociedade. Enquanto morávamos na mesma cidade, nos víamos com mais frequência pois compartilhávamos a guarda das crianças. Mas depois que ele se mudou, passamos a nos ver a cada duas semanas, que era quando ele ia buscar as meninas.
Quase todas as vezes esses poucos encontros com meu esposo eram frios, ele quase não falava comigo, evitava me olhar nos olhos e quando olhava tinha o olhar frio, mas ao mesmo tempo triste... por mais que ele jogasse na minha cara que estava feliz e que estava tocando a vida (e me mandava seguir a minha tb), eu via em seu olhar que ele tentava me passar uma impressão de algo que era uma mentira. Mesmo assim, cada vez que eu sabia que o veria, eu pedia sabedoria a Deus para ser amável independente do que eu visse ou ele dissesse. Me arrumava, até, só para que ele me visse bem (mesmo devastada por dentro não queria passar isso para ele.
Tudo o que eu menos precisava naquele momento era da pena dele). Ainda existia um iceberg a ser quebrado entre nós dois. As vezes eu arrumava algum pretexto sobre as crianças para ele falar comigo por telefone... Mas o tempo passava e nada dele me procurar... então aos poucos fui deixando pra lá. Não atendia mais os telefonemas dele, não respondia mais as mensagens. Antes eu fazia tudo em questão de minutos. Mas aí caiu a ficha de que eu ele não era o centro do universo. E que eu retornaria as ligações e mensagens quando eu achasse conveniente.
Cheguei ao ponto que decidi parar de sofrer e que nem por ele, nem pela OM, nem por meu casamento eu oraria mais. Pediria apenas que a vontade de Deus se fizesse em nossas vidas. Creio que nesse ponto eu passei a finalmente descansar no Senhor. Nessa altura, eu cheguei a ficar 01 mês sem trocar uma palavra com ele e sem nem o vê-lo, pois nos finais de semana que ele ficava com as crianças, ele as levava a escola na segunda feira de manha cedo, evitando assim me ver.
Ah! Importante mencionar que mesmo sem emprego, nunca me faltou nada dentro de casa. Deus sempre tocava o coração de meus pais para prover o que estivesse faltando, sem eu nem comentar com eles a minha necessidade. Em abril de 2016, minha filha mais nova, depois de um passeio que fizemos, ficou muito doente. Quando eu estava a caminho do hospital, do nada meu esposo entrou em contato por mensagem perguntando sobre as crianças... não omiti e falei a verdade. Preocupado ele me pediu para ligar para ele para dizer o que ela tinha e terminou a mensagem perguntando se eu queria que ele viesse na minha casa para me ajudar com ela.
Não respondi. Pedi a Deus sabedoria para responder a mensagem. Ela estava com Pneumonia. Liguei para ele 2x e ele não atendeu. Quando atendeu estava em um lugar muito barulhento (parecia uma festa), disse que não poderia falar naquele momento e me retornaria em seguida. Uns 20 minutos mais tarde, ele me ligou de um lugar mais silencioso. Quando falei com ele, respondi que não havia necessidade dele ir lá pra casa, mas, que se ainda assim ele quisesse, que toda ajuda seria bem vinda. Ele disse que viria no dia seguinte.
Ele ficou 03 dias lá em casa. Agindo como se nunca tivesse saído de lá. Mexendo nas panelas, cantando no chuveiro... eu agradecia a Deus a cada segundo. Na manhã seguinte, eu vi no celular dele enquanto ele estava no banheiro, chegar uma mensagem de “Bom dia” da OM. (Aquela "amizade" na rede social) cabe ressaltar aqui que não fucei o celular dele, o mesmo estava ao meu lado quando eu vi entrar a mensagem) Fiquei tão desnorteada, que cheguei a passar mal e a vomitar... No banheiro, pedi forças a Deus para que esta investida dela não me abatesse e que aquela estadia dele fosse da melhor maneira possível. E graças a Ele, foi!
A partir de então, as idas lá em casa aos finais de semana passaram a ser mais frequentes. Com o dinheiro escasso, ir buscar as crianças e voltar para cidade que eu morava era caro, então ele passou a ir e a ficar na minha casa nos finais de semana que eram dele. Passeávamos, passávamos momentos em família que há muito tempo não tínhamos. Em Julho, do mesmo ano, 01 ano e 01 mês depois da separação, eu me mudei para a cidade em que moro hoje. Ele foi comigo em todas as casas para escolher a melhor para mim e nossas filhas.
Nessa época ele estava morando com o tio, mas passou a dormir aqui umas 2x por semana. E as vezes os finais de semana também. Um desentendimento com o tio, o levou a me pedir para ficar “por um tempo” até as coisas se esfriarem. Claro que aceitei, sempre pedindo a Deus sabedoria. Até então, desde que ele saiu de casa, nunca mais tivemos intimidade. Até que, com ele aqui, ele me procurou. Nessa época, ainda dormíamos em quartos separados, mas já vivíamos como um casal perante os outros, inclusive perante nossas filhas, pois fazíamos tudo juntos com elas.
Em Setembro, eles fizeram uma viagem que estava paga então não fui. Minha filha caçula não entendia o motivo da avó paterna ir e eu. E ele fala para ela "Calma filha. Depois faremos uma viagem com a mamãe." Até então apenas habitávamos sob o mesmo teto. Assim que eles cruzaram o portão, profetizei "E será até o ano que vem, em nome de Jesus".
Nesse meio tempo, ele me procurava, mas tudo muito discretamente. "Para não confundir as crianças", ele dizia. Eu, pacientemente, aceitava e fazia o jogo dele. Até que em Novembro de 2016, no aniversário de nossa caçula, ele me apresentou para as pessoas que eu não conhecia, até então, como a esposa dele. Desde esse dia, para honra e glória do Senhor, nosso casamento vem sendo restaurado. Eu digo que vem sendo, porque casamento é uma construção constante.
Para as nossas filhas, as coisas aconteceram de um modo natural. Não foi assim "ele voltou", mas ele foi voltando. Teve até um dia que minha Caçula no carro virou pro pai e disse " papai, você é namorado da mamãe?" E depois de uns 3 segundos de silêncio ele disse "Sim. Sou sim."
No ano seguinte, Deus continuou me abençoando na área profissional, quando surgiu uma oportunidade para que eu voltasse a dar aulas (minha formação) e estou dando seguimento na área até hoje. Mesmo estando fora do magistério há mais de 10 anos, Deus abriu essa porta para mim.
Em agosto de 2017, depois de 12 anos, finalmente tivemos nossa viagem de lua de mel: passamos 1 semana no Chile. Parecíamos 2 recém casados.... 2 namorados! Fomos ao Rock in Rio, parecíamos 2 adolescentes que acabaram de se conhecer... (sim, curtimos Rock). Foi tudo muito maior do que eu poderia imaginar nessa restauração. Deus não faz obra pela metade!
Não desistam de sua família. Mantenham seu foco em Deus e não nas circunstâncias. Por mais que as coisas pareçam impossíveis aos olhos humanos, Deus honrará cada lágrima, cada joelho no chão, porque Ele é contigo!
Eu levei 2 anos e meio para dar esse testemunho, pois cada vez que eu achava que estava pronto me lembrava de um detalhe que eu julgava relevante. Muita coisa, eu apaguei, pois do contrário daria um livro de tão grande esse testemunho. Mas, a gente vai lembrando das coisas, das pequenas vitórias diárias e quer contar para o mundo essas benesses... enfim...
A todos vocês, leitores do blog Restaurar Casamentos, que buscam um alento para essa caminhada nesse deserto escaldante, lembrem-se que Deus jamais colocaria no coração de vocês a vontade de restaurar seu casamento se essa também na fosse a vontade Dele. Não olhem as circunstâncias. Busquem, devorem todos os testemunhos que edifiquem sua fé, quantos forem necessários. Deus não faz diferença entre seus filhos. Ele vai fazer na sua vida. Ele vai e quer restaurar sua família. Nunca deixem de acreditar nisso!
Um abraço a todos e um beijo especial para Sol que traz esse blog tão abençoado para vida de todos nós. Fiquem com Deus!
Erika Almeida
restaurandocasamentos@hotmail.com
restaurandocasamentos@hotmail.com
Deus é perfeito!!! Me emocionei muito,fico feliz a cada restauração.
ResponderExcluirLindo Deus e maravilhoso eu queria muito ter forças mais não somos casados e temos uma filha. E já faz sete anos de deserto dias e vindas ele saiu por causa de outra ,só que jamais fez eu de amar...
ExcluirAssim como citado pela Sol no início, tbm me identifiquei muito com sua história,por mais que minha carne peça para eu desistir, Deus me mostra para lutar pela minha família, descansar NEle. E se eu fosse olhar para as circunstâncias, 4 anos e uma chama mesmo que bem fraquinha ainda existe em mim é um sinal para continuar confiando. Sou grata por testemunhos assim que primeiramente mostra o amor de Deus em nossas vidas e edifica nossa fé. Deus abençoe cada dia mais. Beijos
ResponderExcluirQue linda vc! Estou no deserto. Mas será assim como o seu...não quero deixar nenhum detalhe de fora
ResponderExcluirQueria participar do grupo como faço?
ResponderExcluirQue testemunho lindooooo! Que Deus a abençoe muito mais! Seu testemunho renova nossas esperanças, da força pra continuar lutando
ResponderExcluirLindo demais! Que Deus continue te abençoando! Obrigada pelo testemunho! Me identifiquei muito! As circunstâncias nos fazem desanimar muito porém esses testemunhos reacendem nossas esperanças! Sol seu blog e seus vídeos me ajudam muito!’!! Não nos abandone...
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