Quantos testemunhos lindos de restauração pessoal, fico feliz que Deus trabalha com perfeição e se nós o buscarmos de puro e sincero coração certamente conseguiremos transpor muitas barreiras. Nos permitir ser moldadas não é fácil, porém não há muita escolha quando estamos atravessando um deserto. Hoje nossa querida amiga Giovana veio testemunhar como está sendo o seu processo de renascimento.
"Giovana estou feliz por ter entendido a dimensão de uma restauração pessoal e de confiar em Deus para te encaminhar nesse processo. Aguardo o próximo testemunho que será da sua família unida novamente, abraços!!!"
Sol
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Ao fazer o jejum de Josué esta semana recebi tanto entendimento sobre mim mesma que achei que deveria começar a escrever meu testemunho e não esperar para quando, tomando posse da terra prometida, eu receber do Senhor o repouso ao meu redor (Josué 21:44).
Pois existe muito trabalho a ser feito para tomar posse da terra prometida. Quando tiver atravessado o Jordão e tiver visto cair as resistências espirituais (Muralhas de Jericó) que me separam da minha herança e eu ver o Senhor lutando por mim e me garantindo a vitória (Josué 10:10-11), terei ainda que me apossar da herança.
Terei que ser como Acsa, filha de Calebe, que ao receber sua porção de terra junto a seu marido, reivindicou a seu pai uma fonte para sobreviver na terra seca que herdara, e recebeu duas! Pois foi ousada e previdente (Josué 15:19).
Enfrentarei lutas com as dificuldades naturais da vida e com o inimigo que tentará me impedir de receber a herança completa. Não poderei entrar em murmuração, mas resistir a ele e expulsá-lo como mandou fazer Josué (Josué 17:17):
Então Josué falou à casa de José, a Efraim e a Manassés, dizendo: Grande povo és, e grande força tens; não terás uma sorte apenas; Porém as montanhas serão tuas. Ainda que é bosque, cortá-lo-ás, e as suas extremidades serão tuas; porque expulsarás os cananeus, ainda que tenham carros de ferro, ainda que sejam fortes.
Estou no deserto, lutando com Deus pela restauração da minha vida, da fé do marido e do nosso casamento. Vivemos separados há um ano, o que era para ser um “tempo” de dois meses, foi anunciado pelo Messenger um dia que seria uma separação feita por advogada. Anterior a este ano, por um período de aproximadamente 4 anos vivemos separados dentro de casa com aproximações e afastamentos, com discussões desgastantes e momentos que parecia que iríamos nos entender. Sendo um deles, uma fogueira que um dia fizemos e ficamos sentados contemplando o fogo.
Outro, um encontro de casais que ele dizia ter esperança de nos entendermos. Eu achei que deveria apimentar a relação, e buscava dicas de sexo tântrico. Mas meu marido preferia algo que não eu, e ainda muito seria descoberto além das portas trancadas que muitas vezes me recebiam quando eu chegava em casa, e que me traziam muito ciúmes e tristeza por saber que ele preferia a masturbação e a pornografia a mim.
Trabalhávamos juntos em um empreendimento com muita demanda de tempo e preocupações. As coisas se misturavam e começou a parecer que nosso problema era o nosso negócio: era o trabalho que cansava, era o trabalho que desgastava. Se não trabalhássemos juntos, se não passássemos tanto tempo juntos... então a crise que se instaurara passaria. Eram justificativas que sobrevoavam nossas cabeças e que faziam ninhos. Para reforçar, fomos nos consultar com a psiquiatra dele e ela foi usada pelo inimigo de forma muito triste. Medicando meu marido errado, ele ficou muito eufórico e ele começou a amar ela por ser liberal e incentivar os sonhos de liberdade dele. Um dia ela me disse: Por que vc não aceita que ele não quer o casamento?
Criamos um negócio de sucesso, mas que financeiramente necessitava de muito cuidado, era um negócio novo, promissor, porém também desse negócio meu marido começou a querer se livrar. Tentávamos várias maneiras de conciliar, colocando alguém no meu lugar, eu trabalhando em casa, alguém assumindo a função dele. Muitas tentativas. Mas nada parecia demover o desejo secreto do meu marido de ser feliz e viver sozinho, de se livrar de tudo. Esse assunto crescia dentro dele como o fermento aumenta o pão. Tudo que um dia teve valor para ele, passou a perder o valor.
Quero frisar que nessa época as coisas estavam confusas, não ficava bem claro, era algo que estava no ar, eu percebia que algo estava errado, ele deixava escapar às vezes, mas depois recuava. Dizia que achava que havíamos nos tornado sócios, logo depois dizia que tinha esperança e que jamais nos separaríamos. Uma vez eu surtei e quebrei coisas em casa (nunca em 20 anos eu havia feito aquilo!), porque ele disse que queria viver sozinho. Foi a primeira vez que poderia ter praticado o ‘Deixar Ir’, mas não fazia idéia do que estava acontecendo. Eu estava acostumada a ganhar as coisas na razão. Depois de uns meses desse ocorrido ele disse: Obrigado por não ter desistido de nós!
Mal sabia eu que aquela não seria uma boa estratégia para manter meu casamento. E as coisas foram seguindo de mal a pior. Ele oscilava e escondia. Eu não queria cogitar que já houvesse uma OM. Até o último momento ele deixou nossa foto na capa do Face, dizia aos outros que nunca iríamos nos separar, que eu trabalhando de casa pelo nosso negócio estava sendo ótimo para nós. Mas por um período ele foi deixando escapar palavras e atitudes que só quando se confirmou que havia uma OM é que eu liguei os pontos. E eram muitos pontos! Até hoje ele esconde de algumas pessoas, e diz que a conheceu depois da separação.
Nas vezes que ele falava em separação eu não quis ver que ele falava sério, que não queria mais o casamento, nem queria acreditar nos sinais mesmo sendo muitos. Mas tinha muita coisa no oculto.
O repúdio aumentou ano a ano. Tendo seu ápice quando fizemos uma viagem e ele não saia no celular mandando mensagem para alguém. Trabalhar junto passou a ser o motivo responsável por nossos desentendimentos, muitos argumentos começaram a se levantar (fortalezas) contra nosso casamento e contra a minha pessoa (a conhecida rejeição!) e desta forma meu marido escapava da forma que conseguia. Cultivava amizades com mulheres interessantes e bonitas e começou a andar de camisas que ele levava para serem lavadas e passadas na tinturaria. Para ele fazer algo comigo passou a ser desagradável. Um dia me matei andando de bike para agradá-lo, passando do meu limite físico, mas não consegui motivá-lo a qualquer otimismo em relação a nós.
Eu tentei muitas coisas pensando que poderia nos reaproximar. Ora tentava agradá-lo com um presente ou um passeio. Ora deixá-lo livre, pois havia me tornado controladora. Ora propondo algo diferente para sair da rotina, pois havia me tornado neurótica com as obrigações e deveres. Ora me afastando do trabalho no nosso negócio que tínhamos, pois tínhamos ritmos diferentes etc. Mas nada alterava o trajeto que estava se desenhando na cabeça dele como um mapa cujo tesouro seria a tão famosa ‘liberdade’.
Como a Sol fala, quando o deserto chega, chegam muitas coisas do mal. Teve doenças sérias em mim e nele, assalto à mão armada no nosso negócio, arrombamento na nossa casa, acidente com funcionária que precisou ficar de licença por meses. Minhas cachorras mataram três gatos da vizinha que entraram no quintal sem a gente ver. Uma das cachorras um dia comeu caule de bananeira e teve que fazer uma cirurgia. Teve entupimentos que pareciam não ter fim. Teve um acidente com um motoqueiro que só teve prejuízos materiais, mas que assustou muito. Acidentes no trabalho com equipamentos que poderiam ter sido trágicos não fosse a misericórdia de Deus que em nenhum desses casos permitiu algo grave, exceto no caso dos gatinhos da vizinha. Era uma coisa atrás da outra, prejuízo financeiro e uma sensação de estar nadando contra uma correnteza muito forte, sem perspectiva de calmaria.
Meses antes da separação, voltamos a morar em uma casa que era nossa e que havíamos plantado plantas que gostávamos, contratei um homem que se dizia jardineiro, mas que decepou várias plantas que eu havia plantado com todo carinho fazia mais de 10 anos! Foi muito simbólico para mim esse último acontecimento. Era uma devastação. Já conhecem os planos, não é? Roubar, matar e destruir. Mas...
Nosso Jesus veio para que tenhamos vida abundante! Enfim, sabemos que a luta é grande e não vou me estender nessa parte. Teria mais coisas a contar, mas este testemunho é do que Deus está fazendo em mim até o momento durante este ano de deserto. Deus me disse o que ele quer comigo e porque eu preciso passar por esta provação. Então, a Ele a glória!
Um dia, eu no meio do deserto, já morando sozinha, o jardim começou a florescer e frutificar, um lindo cacho de banana aqui, uma colheita de jabuticabas lá. E mesmo com uma chuva violenta de granizo que estragou muitas plantas dos vizinhos, nem uma delicada orquídea do meu jardim foi afetada! Este jardim tornou-se um sinal da presença de Deus, de seu amor e cuidado. Borboletas apareceram e as folhagens reverdeceram
Uma das coisas que resisti no começo foi contra o que as pessoas me diziam: “Você vai renascer das cinzas como uma fênix!”. Aquilo me irritava. Eu não queria ser mais uma história de superação, o que na verdade eu já havia sido. Eu havia sido muito competente, gerenciando nossas vidas e finanças. Abrindo valeta com picareta (literalmente), participando de reuniões do Alanon pela recuperação do meu marido (sempre por ele, vão vendo!). Mais que auxiliadora passei a ser a dona de tudo, inclusive do meu marido, do que ele tinha que fazer e até pensar! (Vergonhoso!). A maioria das pessoas me via como ‘melhor’ do que meu marido. E, confesso, eu mesma me via, mas não passava de uma cega conduzindo outro cego. Como eu corrigia ele! Quanta cegueira! E, hoje, quanto arrependimento!
Eu sabia que não era isso que Deus queria de mim neste deserto, ser mais uma história de superação. Ele queria fazer da minha vida um milagre e eu também queria ser um milagre dEle. Mas teria que me enxergar primeiro e então deixar de ser: contenciosa, competitiva, hipócrita, justiceira, dona da verdade, vítima, infantil, voluntariosa, perturbada, manipuladora, controladora (e descontrolada ao mesmo tempo), orgulhosa, soberba, religiosa, aquela que nunca erra (que esconde os próprios erros e quer corrigir o outro), a dona da verdade, explosiva, triste, repressiva, insatisfeita, reclamona, mal agradecida, desrespeitosa, que dá mais valor às coisas que às pessoas, difamadora, que tem aparência de boa, mas cujo coração no íntimo deseja e se alegra com o mal (vingativa). Aquela que quer dizer como os outros tem que fazer as coisas, mas que suas próprias coisas estão por fazer. Uma mulher que não admite ser contrariada, corrigida, muito menos ficar por baixo! Uma mulher ressentida e amargurada com o que fizeram com ela. Ah, que milagre está fazendo o nosso Senhor!
O milagre é tornar-me uma mulher sábia, que sabe guardar a boca e a língua, que encobre os erros dos outros, que aceita perder, que admite seus próprios erros, que respeita os limites dos outros, pois tem humildade em reconhecer seus próprios. Uma mulher que vive sua vida e não a vida do outro. Uma mulher que limpa pelo sangue recebe a nova natureza. Uma mulher em que rios de água viva fluam do seu interior! E não uma mulher com água estagnada, apodrecida e fétida deixando seu interior morto.
O milagre seria a minha transformação interior. Já que eu era a mulher do check list, empreendedora, ativista, trabalhadora, intelectual, produtiva, competente, etc. etc., tudo aquilo que nossos olhos carnais vêem como qualidades, mas que espiritualmente não funcionam. Sendo assim eu quis ser deus na vida do meu marido. Sendo assim eu me escondia atrás da eficiência, tendo ótimas justificativas para passar por cima dos outros. E os frutos do espírito e a paz que excede o entendimento? E a alegria do Senhor que é a nossa força? Ah, essa mulher que eu estou deixando de ser, se achava forte, tão forte para mudar os outros, tão forte para lutar pelos negócios e pela recuperação do marido. Mas fraca contra seus próprios tormentos interiores, sua ansiedade, seu medo, sua insegurança.
Então, a restauração começou a acontecer em mim. E passei a desejar e a buscar as coisas do alto. Passei a desejar perseverar no Senhor submeter-me ao tempo dEle, ao agir de Espírito! Comecei a aceitar a correção do Pai. E Ele revelando o oculto e escondido em mim, enquanto eu pedia para Ele revelar o oculto e escondido no meu marido e na OM! Passei a compreender que deveria obedecer a palavra e ser praticante e não ouvinte. Um dia quero ser chamada de serva fiel, ter obras pra mostrar para minha fé e fé para mostrar para suas obras! Não apenas ter sido competente para amontoar tesouros na terra, para ser elogiada pelos homens.
Passei a desejar a recompensa do secreto e a pensar em como praticar o verdadeiro jejum. Passei a desejar o aprendizado espiritual, aprender a amar com o amor de Deus, o amor que lança fora todo o medo! Amor aperfeiçoado, não possessivo nem ciumento. Passei a desejar estar na presença dEle!
A minha restauração pessoal começou quando me vi ajoelhada pedindo que Deus não permitisse que meu marido recaísse. Ele é dependente químico e boa parte da nossa vida foi lutando pela recuperação dele. Mas ele já estava há anos sóbrio, porém ele estava agindo estranho, como se estivesse recaindo, o que eu não sabia ainda que era, na verdade, paixão pela OM. Neste dia eu percebi que eu não ajoelhava mais para orar já fazia muito tempo. Minhas orações eram muito, muito rápidas. Neste dia que me ajoelhei, poucos dias antes dele sair de casa, foi quando (re) começou minha caminhada por mim com Deus. Dia a dia, árdua, porém linda caminhada.
Dizem que tem duas coisas básicas que tornam nosso casamento vulnerável a destruição e aos ataques do inimigo de nossas almas: a idolatria do cônjuge e a tolice. Pois bem, eu pratiquei as duas. Nos meses que antecederam a saída do meu marido de casa, eu me tornei ‘tapete do diabo’ com períodos de tolice. Cedia a tudo que ele queria, dando todo espaço do mundo, sem cobrar até que explodia, pois ele não me dava mais atenção nenhuma e não me escutava e esquecia de mim etc..
Numa dessas explosões ele encontrou a deixa que precisava para dizer que não dava mais. Logo se apressou em me afastar de tudo para que a OM pudesse ser assumida. Eu me vi da noite pro dia, sem marido e afastada do nosso negócio. O primeiro mês foi estranho, ele vinha aqui me trazer sacolões de frutas e me levar pra almoçar, dizendo que queria cuidar de mim. Eu ligava para ele vir que eu estava com crise de pânico. Mas tudo parecia superficial, eu achava que seria uma fase. Só que não. Ele foi se fechando, se transformando e sumindo. Voltou a fumar. Um dia seus olhos se escureceram na minha frente, assustador.
Passou a dizer para as pessoas as razões da separação. E fazia questão de dizer a muitas pessoas que nos separamos. Até que um dia chegou aos meus ouvidos que a OM se materializou, no nosso negócio, onde tudo começou entre eles. Parecia que ele se preocupava muito em me manter longe da OM e que eu ficasse ‘bem’. Uma contradição que acho que tem a ver com a consciência dele que ainda não estava cauterizada como se tornara mais tarde.
Já consciente de estar no deserto, atordoada pela dor que todos conhecemos, com muita dor, muito choro e muito desabafar com todo mundo (com o picolezeiro, com o pamonheiro... como diz a Sol!). Um dia desabafei com um taxista porque vi uma foto no console do carro em que estavam ele e a esposa numa igreja, daí perguntei a ele de que igreja ela era. Ele disse que da Assembléia e que ele tinha um ministério com casais. Pra quê! Já desabafei e pedi oração, ele pegou meu número de Whatsapp, e logo outros taxistas me adicionaram, pois ele havia feito uma corrente de oração por mim!
Aconteceu que logo no primeiro mês, um dia, uma amiga muito querida estava em seu quarto orando a Deus por mim, querendo saber como poderia me ajudar. E na mesma hora uma pessoa mandou uma mensagem dizendo que estava participando de um projeto fantástico. Essa amiga na hora viu aquilo como uma resposta e perguntou se poderia me colocar em contato com ela. Esta pessoa estava num encontro de restauração de casamento.
E essa pessoa me indicou o livro ‘Como Deus pode e vai restaurar seu casamento’, que eu comecei a ler logo. Por um tempo essa pessoa me auxiliou com as dúvidas básicas de quem acabou de chegar ao deserto: “Ele me ligou. O que eu falo?” Kkkk Coitada, ela teve paciência e agradeço a Deus por tê-la encontrado. Deste contato eu conheci os canais de restauração e desde o início eu me identifiquei com o canal da Sol.
Quando li o livro estava num turbilhão para resolver como continuaria minha vida, já que além de casados éramos parceiros no trabalho. As coisas tomaram um rumo incontrolável pra mim (parte do tratamento de Deus), pois perdi totalmente o poder de decisão, tudo estava no nome dele. Eu era o operacional do casal e quando ele me disse pra procurar uma advogada para fazer um termo de separação, eu procurei. Eu estava tão atordoada, pois achava que era passageiro, estava no engano como já deu pra perceber. Acontece que aos poucos pareceu que meu marido estava pensando em algumas coisas fazia tempo, então eu fiquei paralisada, pois até entender o que estava acontecendo algumas coisas já tinham sido definidas.
Teve muita confusão, cada vez mais a comunicação foi se complicando com desentendimentos, palavras mal interpretadas, segredos e mentiras. Mas isso já era a colheita da minha plantação. Por anos fui o grilo falante da relação, dando longas lições de moral a meu marido, querendo sempre colocar os pingos nos is, chamava a atenção dele e queria explicar tudo tintim por tintim. Ele foi fechando o ouvido para mim, ao mesmo tempo que fechou o coração e esfriou sexualmente. E ele me avisou muitas vezes que aquilo estava acontecendo. Mas eu era tão possessiva que desconsiderava o que ele dizia, como se ele não estivesse entendendo a importância de ‘fazer as coisas do jeito certo’. Ter razão e dizer a última palavra era ‘muiuuuito importante’ para mim.
Quando a advogada, que ele pediu para eu procurar, foi falar com ele, ele me ligou assustado perguntando se eu havia procurado uma advogada que nós poderíamos fazer tudo entre nós (confusão foi o que não faltou!). Mas daí eu já estava envenenada com a idéia de ‘me proteger’ e disse que seria melhor a gente ter a advogada. Eu ainda não tinha entendido nada sobre posicionamento. Apenas sabia que deveria orar e que aquilo tudo era espiritual. Aí ele quis divórcio e eu disse que não queria. Aí ele disse que não queria também.
Fizemos um acordo extrajudicial com a advogada que acabou demonstrando para ele que estava ‘mais do meu lado’. Isso foi horrível. Pois ela pressionou ele com coisas que eu disse a ela para não fazer. Tudo dando errado, tudo mesmo. O desentendimento que era a norma. Enquanto estávamos no cartório, ele trocava mensagens com a OM sobre nosso acordo (a parceria dele comigo estava passando para ela). Não teve briga porque eu recuava. Mas eu recuava da maneira errada. Não era ‘deixar ir’ nem posicionamento, era medo do que estava acontecendo. O medo foi uma das coisas que mais me dominou. E foi difícil de eu entender que o medo sempre esteve ali comigo e que Deus iria tirar ele de mim, logo logo. (Aquilo que eu temia me sobreveio).
Acontece que eu sonhava há anos que meu marido ia embora. E hoje eu entendo o porquê. Ele sempre foi daqueles homens de olhar para outras mulheres e aquilo me magoava muito. Por várias vezes eu o via se passando por solteiro e uma vez, quando ele estava em uma casa de recuperação, me disseram que ele havia saído com uma mulher. Eu não confiava nele. Era atormentada. Ficava vigiando ele. Que ele poderia ou recair ou me trair, era o que eu pensava. Mas perguntem se orei sobre isso? Claro que não!
Um dia eu fui falar com uma pessoa, ela estava indignada com meu marido e me disse: Você deve pedir o divórcio para que ele sinta que pode te perder. E lá fui eu pedir o divórcio! Dizendo verdades. Já que ele não queria nada comigo eu também não queria etc. Mais rusgas entre nós e a tal advogada. Mas as intenções dele foram aparecendo e o oculto sendo revelado. A cumplicidade dele com a OM aumentava a cada situação e eu já não fazia mais parte de nada que nos era comum. Ele disse: Tá bom! Depois voltei atrás. Aí ele queria por toda lei. Estou contando a vocês essa parte, pois meu testemunho de restauração esbarra nessas situações que apresentei e vou explicar na sequência como Deus foi me tratando.
Antes da separação com o combinado de trabalhar de casa, eu estava numa fase da vida reclusa, sem perceber fui ficando em casa. Como minha vida era o nosso negócio, quando deixei de fazer parte do negócio (que ele pediu plenos poderes para tocar) minha vida ficou muito vazia (minha vida deveria ser Jesus! Mas nessa época eu não sabia disso). Fiquei isolada em nome do casamento (trabalhando em casa) e quando veio a separação tudo ficou muito silencioso e vazio.
Antes meu dia era falar com clientes, fornecedores e funcionários, cuidar das redes sociais, do financeiro, da gerência etc. Depois fiquei em casa sem trabalho e sem marido (e Jesus estava comigo, mas eu não percebi neste momento). Até eu reagir, levou 3 meses. Nesse tempo eu tentei um tratamento psiquiátrico que me fez muito mal (não sou contra, mas no momento não funcionou pra mim) e depois tentei psicanálise (me ajudou a ficar sem remédio). Daí em julho uma amiga me chamou para trabalhar com ela, então eu resolvi encerrar a psicanálise e em começo de agosto comecei a freqüentar uma igreja perto de casa, quando começou a minha restauração verdadeiramente.
Um dia o psicanalista querendo me convencer a sair de casa, sugeriu que eu caminhasse até a esquina. Tudo me lembrava meu marido, eu sentia uma dor horrorosa, por isso não queria sair! Mas um dia consegui. Da esquina o próximo passo foi caminhar em um parque que tem próximo de casa. Esse parque foi o começo da minha abertura para o mundo, é um parque bem vazio durante a semana e muito lindo. Ali tive muitas experiências com Deus, ele falando por meio da natureza. Fazia uma parada para orar e chorar no colo do Pai.
No caminho entre minha casa e o parque eu vi uma igrejinha que me chamou a atenção. Um dia fui a essa igrejinha. Qual minha surpresa em sentir a presença do Espírito de forma tão calorosa. Dali eu não saí mais, ia e vou a todos os cultos. Tenho muitas experiências com Deus. Teve algumas palavras do púlpito pra mim, de maneira impressionante. Eu sendo chamada à frente para receber a palavra do Senhor, enviada especialmente para minha vida.
Um dia estava ajudando na limpeza da igreja para um congresso de mulheres e na hora o Espírito me revelou que Deus aceitava e se agradava de eu estar limpando a casa dEle. Eu fiquei muito comovida e chorei, pois no mês anterior a separação eu havia limpado o nosso estabelecimento e meu marido disse que ‘não precisava eu ter feito tudo aquilo’. É que meu marido já sabia que eu não faria mais parte do negócio. E eu estava fazendo exatamente a mesma coisa na igrejinha: limpando as paredes e as poltronas e nosso Deus recebeu!
Desse modo Deus foi mostrando o amor dEle por mim e descobri que Ele é Deus de detalhes. Na minha restauração está tendo tanta coisa! Um dia, seria meu aniversário no dia seguinte, então eu corri ao mercado depois do culto para comprar um bolo que eu levaria numa reunião de oração de manhã. O mercado fecharia às 22h e eu cheguei pouco antes de fechar. Estava me sentindo triste, pois em 20 anos seria meu primeiro aniversário sem meu marido. Mas apesar disso passar na minha cabeça, eu tinha que correr e logo estava lá fora esperando um UBER. Daí o sentimento voltou. E tinha mais 3 grupos de pessoas aguardando UBER também.
Quando um funcionário do mercado avisou o primeiro grupo que o carro deles estava do outro lado do estacionamento. Eram adolescentes e foram reclamando. Logo mãe e filha que estavam ao meu lado começaram a protestar que o motorista delas cancelou. De repente vejo um carro vermelho muito bonito entrando e pensei deve ser dos moços ali que estavam antes de mim. Mas percebi que era meu carro. Era um carrão. Desce do carro o motorista, um moço lindo! E abriu o porta-malas cheio de leds dentro. Então entrei no carro e tinha uma música clássica muito bonita e ar condicionado e o carro começou a andar e não fazia barulho porque era elétrico. Daí ri por dentro, sabia que era um paparico do nosso Pai!
Eu tenho muito mais pra contar:
Como quando apareceu na minha vida uma mulher de oração que tem sido minha mãe espiritual. Num grupo de Whatsapp que eu não estava e que alguém me adicionou, mas eu não tinha ninguém conhecido ali. Ela tem sido boca de Deus na minha vida e ela teve a restauração do casamento dela, mas primeiro ele teve a vida dela restaurada de maneira muito linda! Ela tem insistido comigo que Deus quer meu coração. E nesse processo tenho seguido, tentando limpar meu coração todos os dias recebendo e dando perdão, derramando ele diante do nosso Pai para ele possa habitar meu coração iluminando-o.
Como quando apareceu na minha vida o Bruno que me chamou tanto a atenção para eu ser mais prática na restauração: me incentivando a cuidar da aparência, a congregar, a jejuar e fazer propósito. Uma benção também!
Sem contar as inúmeras palavras do Senhor. Quando eu disse a Ele: Jesus me faça uma pergunta, igual a que você e o Pai já fizeram a tantas pessoas na bíblia. E me veio a palavra do Senhor dizendo:
Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os cavalos? Se tão-somente numa terra de paz estás confiado, como farás na enchente do Jordão? (Jeremias 12:5)
Amei esta pergunta! Pois veio na hora em que eu achei que o cansaço me venceria.Eu poderia encher muitas páginas para contar a vocês as demonstrações de amor do Senhor e com provas de que Ele ouve nossa oração e de quão perto Ele está dos que o buscam. Este relato pretende exaltar o nome do Senhor e ser um relato de gratidão a Ele que é o amado da nossa alma. Gratidão à Sol e a todas as pessoas que testemunham e se colocam na torre de vigia para ver o que nos responde o Senhor!
Giovana
giovanadesal@uol.com.br