Nós fazemos planos, mas com toda certeza os planos de Deus são melhores que o nosso. Quando entendemos que colocar nossa causa nas mãos do Senhor é confiar e entregar, sabendo que o melhor Ele fará por nós. Muitas vezes as pessoas têm receio em orar para que Deus faça conforme a vontade dele com medo da vontade do Senhor não ser a mesma que a dela, contudo se a vontade do Senhor é melhor por que temer??? Por que o receio??? Hoje nossa querida amiga Carina veio contar como Deus trabalhou poderosamente em sua vida e como restaurou sua vida amorosa.
"Carina seu testemunho é maravilhoso, rico em detalhes e nos mostra o quanto Deus vê o que não vemos. Espero que você com sua experiência consiga permanecer em sabedoria e guiada por Deus para ter uma vida amorosa de paz, isso todos almejam. Um forte abraço e muito sucesso!!!"
Sol
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Queridos irmãos e irmãs é com indescritível gratidão a DEUS, MEU SENHOR, MEU SALVADOR, que venho hoje escrever meu testemunho de vida amorosa restaurada, eu que por 8 (oito) anos me encontrava solteira, vivia sem ter ao meu lado o homem que Deus me preparava como marido, protetor e senhor terreno.
Ao longo da minha vida, eu tive apenas um “namorado”, o qual foi usado pelo inimigo para me aprisionar e me destruir, mas graças à misericórdia de Deus, isso não aconteceu. Pelo contrário. O Senhor me libertou e me concedeu uma vida amorosa restaurada, na presença de Deus e de acordo com seus princípios sobre uma mulher sábia e com um novo namorado lindo e valoroso. Aos 18 (dezoito) anos, tive meu primeiro encontro pessoal com Deus e passei a conhecer pouquíssimos mandamentos seus, o que foi suficiente para me tornar uma fariseia.
“Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos” Jó 42:5.
Desde então passei a viver como Saulo (e não Paulo), o qual pensava que estava reto diante de Deus, sem saber, contudo, que abrigava o grupo que apoiou a crucificação de seu próprio filho, Jesus Cristo, MEU SENHOR E MEU SALVADOR. Já nessa época eu pensava em me casar na igreja e virgem (claro, a fariseia tem que ser perfeita), mas não conhecia realmente o significado de uma mulher casta. Na época, eu conhecia e gostava desse rapaz que foi meu primeiro namorado. Logo que me encontrei com Deus eu orei pedindo a Ele para namorar esse rapaz, o primeiro “namorado”, com o qual eu já me relacionava, às vezes encontrava e beijava.
Antes de iniciar esse primeiro relacionamento, eu pedi por aproximadamente 3 (três) meses a graça de namorar com ele. Como eu vi o coração dele sendo inclinado para mim, então me convencia de que era a vontade de Deus na minha vida. Mais tarde, porém, fui entender que Deus cumpriu a sua Palavra na minha vida: “Pedi e vos será dado”. Ou seja, esse primeiro relacionamento Deus me deu porque eu pedi pela MINHA vontade, mas hoje penso que essa não era a vontade de Deus. É como conta a parábola:
“Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse ao pai: “Pai, me dá a parte da herança que me cabe.” E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E aí esbanjou tudo numa vida desenfreada. (Lucas, 15, 11-13)
Isso aconteceu em 2011, mas em novembro de 2012 tivemos uma conversa e o “primeiro namoro” chegou ao fim. Aqui começou um grande tempo de sofrimento, o qual me comparo com a mulher que permaneceu com fluxo de sangue por 12 (doze) anos descrita na Palavra de Deus. Mal sabia eu que bastava tocar nas vestes de Jesus para ser curada.
“E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue, e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior" (Marcos 5, 25-26)
Entre os anos de 2012 a 2017 vivi aprisionada nesse antigo relacionamento. Não conseguia aceitar o término. Eu me produzia de acordo com os padrões mundanos, conseguia com muito custo e algumas vezes seduzia meu ex-namorado e “ficava” com ele, na maioria das vezes alcoolizado, nos finais das festas, escondido, porque ninguém podia saber que ele ainda se encontrava comigo. Só de ler isso, lembro do filho pródigo comendo as lavagens dos porcos. Que triste realidade o mundo me conduziu.
“Quanto tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome nessa região, e ele começou a passar necessidade. Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para a roça, cuidar dos porcos. O rapaz queria matar a fome com a lavagem que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam" (Lucas 15, 14-16)
Eu estava obcecada e não conseguia enxergar. Não culpo meu ex-namorado, porque hoje compreendo que o inimigo me envolvia com laços de morte. Assim permaneci por 5 (cinco) anos, tempo de sofrimento, de perdição total, sem contudo deixar de ser religiosa, fariseia.
Nessa época, fiquei conhecida pela minha religiosidade, por ir mais a igreja que o Padre. Sim. Eu “morava” na igreja, implorando para Deus fazer novamente a minha vontade e reatar o “namoro”. Mas graças ao amor de Deus que está derramado em nossos corações, dessa vez a minha oração não foi atendida.
“E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Romanos 5, 5)
Nessas alturas do campeonato, meu ex-namorado era meu deus. Eu me vestia para agradá-lo. Estudava para chamar a atenção dele. Era amiga tão somente dos amigos dele. Virei as costas para minha família, “porque segundo ele a família dele era melhor que a minha”. Situação complicada, da qual Deus me salvou.
No ano de 2015, eu me tornei assistente de Juiz. Na época, o Juiz gostava muito de mim e quase sempre atendida meus pedidos. Logo, eu pedi ao Juiz que exonerasse uma servidora e contratasse no lugar dela o meu ex-namorado, o que foi atendido pelo Juiz. Assim, eu passei a trabalhar na mesma sala que meu ex-namorado. Éramos assistentes do Juiz.
Não demorou para ele começar a namorar outra moça e meu sofrimento se multiplicar. Eu me sentia pior ainda. Muitos servidores do fórum me odiavam por eu ter pedido a exoneração da servidora. Como se não bastasse, me sentia traída e usada pelo ex-namorado, porque logo que ele conseguiu o emprego, ele passou a namorar com outra mulher.
Como a dor era imensa e o inimigo não me dava descanso, eu não conseguia render no trabalho, além de me comportar como uma criança, o que levou um outro Juiz a me exonerar do cargo que eu possuía e oferece-lo a minha irmã, a qual aceitou. Na época, minha irmã também trabalhava no fórum, mas como telefonista. Então, o Juiz já a conhecia.
Não bastasse meu sofrimento por estar aprisionada afetivamente, agora eu me encontrava em um deserto na área profissional. Como me doeu, pois eu cresci ouvindo meus pais me pedirem para estudar e assim fiz por anos, até conseguir esse cargo jurídico.
Apesar dessa dor imensa, ali começava o mover de Deus para me libertar dessa escravidão. Perdi o cargo em junho de 2015, mas no dia 7 de agosto de 2015, após intensas orações, eu comecei a trabalhar como assistente de Promotor de Justiça, em uma cidade distante da qual eu nasci e onde tinha vivenciado essa prisão. Nesse novo emprego, me tornei Mulher, eliminei as coisas de criança.
“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino" (1 Coríntios 13:11)
O promotor de justiça que foi meu primeiro chefe nessa nova instituição me acolheu como um amigo enviado por Deus. Sentia alívio nessa cidade, por estar longe daquele sofrimento e por ser tratada com amor por esse chefe. Hoje olho para trás e vejo que isso era o cuidado de Deus em tratar meu coração.
Nesta cidade, eu morava dentro de um quarto que dois idosos alugavam para mim dentro da casa deles. A cidade era perigosa e distante da casa dos meus pais. O cenário perfeito para eu mergulhar em Deus e recomeçar e foi exatamente isso que aconteceu. Ali Deus foi me curando. Eu chorava muito. Lembro que acordava cedo e passava umas três horas em oração todos os dias.
Apesar disso, eu continuava solteira e não havia previsão para minha situação mudar. Aliás, eu ainda nutria sentimento pelo meu ex-namorado, o qual terminou o namoro com aquela moça e ficou novamente solteiro para ser usado pelo inimigo na minha vida.
Fiquei morando nesta cidade por 1 (um) ano e 8 (oito) meses. No final desse período, o promotor de justiça se mudou de lá e eu fiquei novamente sozinha. Nessa época, passei a ser ameaçada por um advogado perigoso da cidade. Diante dessa situação, comecei a clamar a Deus para abrir uma nova porta de emprego para mim, pois além do medo do advogado, eu já estava triste por ficar tanto tempo sozinha, longe dos meus familiares, sem namorado e aprisionada por aquele sentimento.
Durante todo o tempo que permaneci morando nessa cidade, eu ainda “gostava” do ex-namorado. Era uma cidade turística e por 2 (duas) vezes ao longo desse período ele esteve lá e como o inimigo não perde tempo eu “fiquei” com ele nessas duas vezes. Quando eu vinha passar finais de semana na casa dos meus pais, também ficava com ele. Ou seja, continuava aprisionada.
Em janeiro de 2017, juntou a situação do advogado que me ameaçava e a solidão para somar forças e orar a Deus, pedindo que ele me LIBERTASSE daquele sofrimento, tanto amoroso quanto de me mudar para uma cidade mais perto dos meus pais. Enfim obtive a coragem de clamar por LIBERTAÇÃO, porque até então eu buscava tão somente o retorno do “namoro”.
Foi então que DEUS começou a se revelar na minha vida. Em fevereiro de 2017 eu fiz uma prova e consegui passar em primeiro lugar para trabalhar com a Promotora de Justiça da cidade que hoje trabalho, para honra e glória de Deus. Lembro que naquelas orações eu pedia: “Senhor, se lá é o lugar que o Senhor tem para mim, me concede essa vaga”. Lembra do cenário perfeito? Então! Realmente Deus começou a me mudar naquele período, ao ponto de eu começar a pedir pela vontade dele na minha vida.
De mudança para cá, eu passei a frequentar uma igreja em uma cidade vizinha, onde tinha um padre que fazia orações de cura e LIBERTAÇÃO. Louvado seja o MEU DEUS! Eu não faltava. Todas as segundas-feiras lá estava eu, orando para DEUS ME LIBERTAR. Não demorou muito e Deus me instruiu a pedir perdão a esse ex-namorado por tudo que eu tinha feito. É claro que na hora eu relutei e achei injusto, pois afinal, ele é quem me devia perdão. Por todos esses anos, o orgulho me cegava. Eu não conhecia nada sobre espírito casto e piedoso, sobre ser uma mulher mansa e quieta. Pelo contrário. Era orgulhosa e contenciosa. Me fazia de vítima, fazia as pessoas sentirem dó de mim e acharem o ex-namorado um mostro.
No entanto, liguei para uma amiga que não tem muito discernimento sobre a Palavra de Deus, mas tem bom coração e eu sentia que ela gostava de mim de verdade. Pedi a opinião dela. Como ela concordou, eu obedeci a Deus e decidi pedir perdão ao ex-namorado. Aqui Deus começou levemente a abrir meus olhos sobre os meus defeitos, porque até então eu culpava tudo o ex-namorado.
Em agosto de 2017, eu marquei de conversar com o ex-namorado para pedir perdão e pedir uma nova chance. Na conversa, eu pedi o perdão e ele me concedeu. Em seguida, quando sugeri a volta do namoro, ele foi usado por Deus e me contou a verdade, a qual o inimigo me escondia. Sendo sincero, ele me disse: “Não tenho vontade de voltar o namoro. Nem penso nisso. Não gosto de você para voltar a namorar. Arrume outra pessoa.”
Glória a DEUS! Naquele momento eu tinha comigo a paz que excede todo entendimento e tinha o apoio daquela amiga que tinha me aconselhado a pedir perdão. Gente, o perdão cura e liberta.
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus" (Filipenses 4:7)
Também tinha a certeza de que tudo que eu podia ter feito por esse relacionamento eu fiz. Agora eu estava decidida a procurar outra pessoa, porque ele não era o meu. Creio que as orações de cura e libertação na comunidade que eu frequentei tocaram o céu. Deus, na sua infinita misericórdia, veio e me libertou. Hoje eu canto: "Hoje livre sou! Tenho sede da tua graça, cada dia mais. Sou mais forte e vou mais longe quando aqui estás Com palavras de amor te adoro, Senhor! Hoje livre sou."
No mesmo dia da conversa eu já passei a viver minha vida. Com tristeza no coração relato essa parte. Devia eu ter me voltado para o Senhor e esperado em Deus, mas não. Resolvi voltar a ser “amiga” do mundo, pois eu ainda não conhecida Aquele que amava Marta, Maria e Lázaro. Apenas ouvia falar.
Entre agosto de 2017 e setembro de 2018 eu vivi no mundo. Eu ia na igreja, mas meu coração ainda estava longe. Nunca tive o pecado de bebidas alcoólicas ou drogas, mas sempre frequentava festas mundanas e me produzia de acordo com esses padrões. Em maio de 2018, eu estava na cidade dos meus pais quando resolvi viajar para uma cidade vizinha, que fica há 30 (trinta) quilômetros da cidade que eu morava e trabalhava. Nesse dia, ia ter um show sertanejo nessa cidade e eu queria ir.
Então “avisei” aos meus pais, liguei para uma “amiga” perguntando se ela ia nesse show e se eu poderia ir com ela. Sai da cidade dos meus pais, passei pela minha cidade e me dirigi até essa cidade. Meus pais achavam perigoso eu viajar a noite e sozinha, mas como eu mandava em mim e não obedecia, eu fui. Mas Deus usa tudo em nosso favor. “Tudo coopera para o bem daqueles que foram chamados segundo o Teu propósito.”
Naquela noite, fomos para o show nessa cidade, no meu carro, local onde conheci um rapaz, que Deus usou para me atrair para ele, mas que ainda não era o homem que o Senhor tinha preparado para mim. Nessa época eu já estava feliz e liberta do antigo relacionamento. Tinha acabado de fazer duas viagens para Estados diferente do Brasil e então me sentia com as energias renovadas. No entanto, não tinha nenhum tipo de contato com a Palavra de Deus acerca de uma mulher sábia, porque na verdade, é como a Sol diz, a gente só conhece sobre restauração quando coloca os pezinhos no deserto, rsrsrs, eu descobre que está no deserto, lugar de passagem e não de morada.
Nesse dia, vi esse rapaz no show e ele passou a conversar comigo e logo me beijou. Naquela noite, ele me beijou duas vezes e dançou comigo uma vez, o que foi o bastante para eu me apaixonar, estava muito carente e queria provar para o ex-namorado que era capaz de arrumar outra pessoa. Então, qualquer um servia.
No dia seguinte, já iniciei minha busca frenética por ele. Que erro. Eu não tinha nenhum pingo de sabedoria. Pelo contrário, minha soberba era grande, meu orgulho me cegava. Logo que o dia amanheceu, adicionei ele no instagram. Quando ele me aceitou, já mandei mensagem para ele e começamos a conversar. Até então ele não havia nem sequer me seguido de volta. Durante essa primeira conversa, lembro que meu orgulho já escapou e eu disse a ele que eu era uma menina diferente e tals.
Passei a me relacionar esporadicamente com ele desde o dia 13 de maio de 2018. Conversávamos diariamente por WhatsApp. No início, ele se mostrava um pouco interessado. Nós encontramos numa segunda vez. Estava tendo pecuária na minha cidade natal e eu fui para lá. Durante esse dia, tivemos a primeira briga que eu armei. Ele conseguiu contornar a situação e eu achei o máximo porque na minha cabeça seria só brigar que ele corria atrás. Outro erro. Naquela noite, ele viajou até a minha cidade natal, para me surpreender, não me contou. Quando ele chegou, ele me mandou um WhatsApp dizendo assim: “Estou numa festa aqui”. Entendi na hora que nós dois estávamos no mesmo ambiente e mais uma vez passei a procurar por ele, até encontrar.
Quando encontrei ele, nos abraçamos e ele me apresentou para uma prima dele, que mais tarde se tornou minha amiga. Ela é uma mulher extremamente rixosa, separada do marido e não obedece aos pais. Deus a usou para eu ver, com meus próprios olhos, como eu tinha sido a vida inteira, sem obediência e submissão aos meus pais. Como seria submissa a um marido?
Mas o inimigo não perde tempo e ele investia o tempo todo para me destruir, porque como se diz a Sol, “o inimigo não brinca de ser mal, ele é mal mesmo”. Nessa festa na minha cidade natal, o inimigo colocou uma menina que era até minha “colega” ao lado do rapaz. Essa menina insistiu tanto e ele deu um beijo nela, quase por obrigação.
Quando ele estava indo embora da festa, eu gritei por ele. Ele foi até mim e me roubou um beijo. Depois disse: “Terça-feira vou na sua casa.” No outro dia (domingo), conversamos pelo WhatsApp, ele me pediu desculpas e ficou tudo bem. Chegou terça-feira, ele não foi. Eu em minha imaturidade em pessoa já mandei uma mensagem bem grossa para ele: “Não fala para mim que vem e não vem não porque não tenho tempo para perder te esperando. Tenho muita coisa para fazer.” Ele, é claro, respondeu no mesmo tom.
Pois bem. Assim foram 4 (quatro) meses de relacionamento com esse rapaz, até o dia que ele não aguentou mais e disse: “Olha, você é uma menina séria para namorar. Não quero te machucar, mas não quero namorar agora.” Ao invés de eu me afastar e respeitar a vontade dele eu fingi que nada aconteceu e continuei mandando inúmeras mensagens para ele, que por educação ele me respondia.
Num sábado de madrugada, quando estávamos conversando, ele me disse que ia naquela hora na minha casa. Nesse momento, a casa estava imunda, meu corpo totalmente descuidado, não tinha a menor condição de eu o receber. Além disso, eu me lembrei de Deus. Pensei: “Já errei uma vez com uma pessoa. Não posso errar de novo.” Pensava eu em relação à vida casta.
Eu respondi que não iria recebê-lo. No outro dia (domingo), assisti um filme mundano que me deixou confusa e mandei uma mensagem para ele “acabando” com ele. A mensagem era no sentido de que ele era igual aos outros homens, que só queriam se aproveitar de mim. Gente, ele nunca havia me desrespeitado. Como que eu mando uma mensagem dessa? Resultado? Ele sumiu de vez. Não respondia mais minhas mensagens, nem por educação.
Na segunda-feira, chego no meu trabalho e recebo o recado de que uma tia havia me ligado. Fiquei sem entender porque meus parentes não são de ligar e tem o número do meu celular, poderiam ligar nele. Não demorou para ela ligar de novo. Eu atendi e ela me disse: “Tenho alguns pontos para viagens de avião, caso você precise para comprar passagens e viajar para fazer provas de concurso está à disposição.”
Tinha uma prova no domingo em Minas Gerais, mas a minha vida financeira estava uma bagunça e eu não tinha dinheiro para ir. Como ela me ofereceu a passagem, eu logo aceitei. Na época, lembro que ida e volta ficaram 90 mil pontos. Só DEUS faz uma coisa dessa. Liguei para uma amiga, que ajeitou um lugar para mim no mesmo hotel que ela.
Quando cheguei em Minas Gerais, nesse hotel conheci uma pessoa enviada por Deus para me instruir nessa jornada. Eu estava completamente perdida. O rapaz mão me respondia mais. Eu já não sabia o que fazer, pois já estava envolvida afetivamente por ele. Eu não tinha esperança de ter uma vida amorosa feliz. Acreditava que amor não era para mim e todos a minha volta também pensavam: Ela não tem sorte no amor.
Ao vê-la, ela logo me contou que havia passado por um deserto, mas que Deus havia RESTAURADO o relacionamento. Eu nunca havia pensado nessa palavra: RESTAURAÇÃO. Fui na missa naquela noite e o padre falou: “Deus está fazendo coisas novas na sua vida”. Senti que era para mim, mas pensei quais coisas novas? Não estou vendo. Claro que não. Eu estava cega.
Voltei daquela viagem diferente. Quando cheguei, essa amiga me mandou o livro: "Como Deus Pode e Vai Restaurar Seu Casamento." Sim! Eu era solteira, mas acreditava que Deus poderia restaurar esse relacionamento de 4 meses e realmente podia. Ele pode tudo. Tive um relacionamento de 4 (quatro) meses, mas ninguém entende os propósitos de Deus. Foi aquela leitura que me mudou para sempre. Lembro que o final do semestre de 2018 eu só chorava. Como diz a Sol, entrei para a caverna. Ninguém me via. Eu tinha vergonha da pessoa briguenta, argumentativa, desesperada, contenciosa e religiosa que eu era. Foi um semestre de muita dor, porque eu me vi, vi os meus verdadeiros pecados. Antes de ler o livro, eu só enxergava pecado da castidade.
Nessa época eu enfrentei o pior cenário. Aquele meu ex-namorado tinha engravidado uma mulher. O rapaz que eu queria nem sequer se lembrava que eu existia. E eu tinha me deparado com a pessoa soberba e contenciosa que eu era. Assim foi, em lágrimas, o meu segundo semestre de 2018. Só que o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã, depois do descanso.
Nessa época reaproximei de uma amiga (a Paulla – guarde esse nome) que estava passando por dificuldades no casamento dela. Ela pensava em se separar, mas eu compartilhei com ela os princípios que aprendi no livro, ela foi submissa ao marido e Deus restaurou a família dela. Hoje ela tem uma filha linda. Esse foi o primeiro milagre que vi Deus fazer depois de iniciar minha jornada. Minha fé aumentava.
No início de 2019, Deus já tinha me lavado e começado um trabalho longo em mim. Eu comecei a mudar como pessoa. Obedecia meus pais. Abandonei amizades e festas mundanas. Levava mais a sério meu trabalho e orava para ser uma pessoa humilde. Nessa época eu conheci o canal da Sol também e ela me ajudou muito a levantar minha autoestima. Mandei um e-mail para ela pedindo um conselho e ela me respondeu: Coloca sua vida amorosa nas mãos de Deus e ele vai te dar um cônjuge valoroso.
Mas eu ainda estava inquieta, queria namorar por tudo. Me sentia humilhada há tanto tempo solteira. Via minhas amigas que nunca tinham buscado a Deus com seus namorados e eu só pensava, porque não eu? Será que sou tão ruim assim? Mas a verdade é que Deus não demora, ele capricha.
Nesse ano (2018), eu tinha me aproximado um pouco mais de Deus, mas ainda faltava muito. Em fevereiro de 2019, mandei mensagem para o rapaz, que novamente me respondia por educação. Eu corria muito atrás dele e acreditava que tinha deixado ir. Como assim?
Em abril de 2019, fui em outro show na cidade dele, lógico, correndo atrás. Lá ele me deu dois beijos e é claro, ele estava alcoolizado. Depois disso, passei a ir cada vez mais na cidade dele, na esperança de que ele me beijaria novamente. Muito carente. Na minha busca frenética por ele, consegui conhecer a família, fiquei amiga deles. Dava dinheiro para as primas dele que precisavam, acreditando que estava fazendo bem ao próximo. Gastava meu tempo incentivando a irmã dele a estudar. E ele? Cada vez mais distante.
Esse rapaz era um homem “playboy”, tem um emprego na Fábrica dos pais, bebia sempre, inclusive durante a semana e mesmo assim EU QUERIA. Mas graças a DEUS, o Senhor tinha algo melhor para mim.
Quando foi em novembro de 2019, eu decidi para de correr atrás dele e fui viver a minha vida com Deus. Eu até choro de pensar na lua de mel que eu vivi com Deus. Nesse momento, eu conheci o RMI e li os livros: Uma mulher sábia e Trabalhadoras do Lar. Minha vida financeira já tinha sido transformada. Eu mudei para um apartamento lindo, em frente para um lago e ali Deus se aproximou mais de mim. Eu deixei de ir na igreja católica e passei a buscar a Deus no meu quarto. E o Senhor ia se revelando para mim.
Logo veio a pandemia. Eu passei a trabalhar em casa, eu passava o dia na presença de Deus. Fazia jejuns, propósitos e Deus só trabalhando. Eu passei a ter um tom de voz doce. Meu coração tinha compaixão dos outros. Eu vivi a minha melhor versão, porque na verdade, já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.
Eu ouvia tudo que a Sol postava. Inúmeras vezes ouvi o testemunho da Carla e, assim como ela, eu parei de lamber as minhas feridas. Eu parei de reclamar por não ter um namorado, parei de aceitar o primeiro que apareceu, para ficar apenas com Deus. Eu não queria mais nada. Eu só queria o meu Senhor. Eu estava tão feliz. Amava meus pais e meus irmãos. Ficava tempo de qualidade com a minha família.
No primeiro semestre de 2020, eu fiz o jejum de 21 dias de Daniel e me fortaleci. Eu comprei uma mesa para meu apartamento na cidade desse rapaz e pedi ele para trazer ela para mim. Nesse dia, ele me disse que não levaria porque estava namorando. Eu cai do 39ª (trigésimo nono) andar.
Eu sofri tanto, porque no fundo tinha esperança de namorar com ele. Nesse dia, Deus me enviou uma pessoa que testemunhou aqui no blog da sol, a Layna, para me consolar e me ajudar. Passei a noite conversando com ela. Eu fiz o jejum de 40 (quarenta) dias no deserto. Eu não comia nada de origem animal e nem doce. E nesse período eu buscava tanto a Deus. Eu li o livro: Coisas extraordinárias acontecem quando uma mulher confia em Deus. E eu confiei. Sabia que minha vitória estava perto, porque a fornalha tinha esquentado.
Quando terminei o jejum, meu carro estragou. Meu pai decidiu vender e comprar outro. Começava um novo tempo na minha vida. Eu fiz o jejum de Josué e Deus abriu portas para eu comprar um carro do meu sonho, que eu não tinha o dinheiro e nem queria fazer financiamento em Banco. Mas o Senhor agiu e eu troquei de carro. Esse bem material me deu muita alegria, além do apartamento que também era um sonho.
Em setembro de 2020, de carro novo, decidi ir passear na cidade do rapaz. Cheguei lá e o vi com dois sorvetes na mão. Imaginei: um para ele e outro para a namorada. Mas uma vez voltava para casa com o coração dilacerado. Chorava aos pés do Meu Senhor e sentia que a vitória estava perto.
Decidi orar na madrugada. Era minha cartada final. Aquela minha amiga Paulla tinha feito um propósito na madrugada antes de se casar. Me comprometi a orar 40 (quarenta) dias, às 3 horas da madrugada, o Salmo 70 (dica da Sol). No início do propósito, eu queria que Deus apressasse e restaurasse o meu relacionamento com esse rapaz, mas Deus tinha algo muito melhor para mim, que eu nunca tinha imaginado.
Durante o propósito, algo renovador aconteceu. Aquela insegurança, aquela necessidade excessiva de ter alguém do meu lado, simplesmente acabou. Eu passei a repugnar esse rapaz. Só de me imaginar namorando com ele, eu dava náuseas. Coisa de Deus. Eu queria minha vida exatamente do jeito que ela estava. Quando inteirou 27 (vinte e sete) dias, eu quis parar. Eu não queria mais a restauração. Eu queria viver a minha vida da forma e com aquilo que Deus tinha me dado. E assim eu fiz. Eu parei com as orações. Mudei minha alimentação. Passei a fazer amizade no prédio que eu morava. Fazia caminhada à tarde, na volta do lago. Me cuidava. Mas sem procurar e me envolver com outro homem, porque o Senhor me supria.
Eu passava o dia ouvindo louvores ao Meu Deus. Certo dia, senti uma vontade de voltar a malhar. Comentei com a amiga Paulla que também me ajudava em oração e um dia ela me envia a foto de um personal que ficava em outra cidade vizinha. Mandei mensagem pra ele, mas ele não me respondeu. Decidi procurar por ele pessoalmente, porque estava decidida a cuidar do meu corpo. Na verdade, eu já estava me alimentando corretamente, graças a um relatório de louvor que li no site do RMI. Aliás, todos os dias leio os relatórios de louvores e também os devocionais do site da Erin, autora do livro Como Deus Pode... (RMI).
Numa sexta-feira a tarde, dia 16 de outubro de 2020, eu fui na academia que ele trabalha para negociar sobre o serviço de personal. Quando eu o vi, senti algo diferente. Ele é lindo, educado, trabalhador, tem um metro e oitenta e estava solteiro. Conversei com ele e combinamos de fazer uma aula experimental no dia seguinte, dia 17.
Lá estava eu. Aluna dedicada, rs. No dia 18, ele me mandou uma msg perguntando se eu estava bem, se tinha sentido dor no corpo por causa do treinamento. Super atencioso. No fim da conversa, ele me chamou para tomar um açaí. No momento, disse que não podia, pois até então eu lutava pela restauração do “relacionamento” de 4 meses, rs.
Passaram-se os dias, eu o contratei como personal e fui conhecendo a pessoa dele. É um homem apaixonado pela família, não é dado ao uso de bebida, não frequenta bares, a família dele é evangélica, mas ele ainda está em dúvida sobre qual igreja frequentar. Fui vendo que ele era alguém especial. Nesse tempo, ele me mandava mensagem e deixava claro o interesse dele por mim.
Comecei a pedir sinais para Deus sobre a minha vida amorosa, se aquele era o fim do meu deserto. Num dia, Deus me mandou a seguinte palavra: Esquece o seu passado. Estou fazendo coisas novas. Você não está vendo? Entendi na hora que Deus estava me falando que eu podia continuar com o personal, mas continuei pedindo sinais. Durante uma missa, Deus usou a palavra das 10 virgens que esperavam pelo noivo. Na hora, veio um sentimento de que eu era uma das virgens preparadas, porque o personal estava conquistado pelo meu jeito. Na época, eu já tinha passado a me cuidar muito, do meu corpo, cabelos e espírito, eu estava sempre pronta, porque não sabia que horas o noivo iria chegar.
Quando acabou aquela missa, o personal mandou uma msg e perguntou se eu queria encontrar com ele naquela semana. Eu disse que sim. Na quarta feita, ele foi me visitar no meu apartamento e dei o primeiro beijo nele. Ele foi embora. Na sexta feira me chamou para jantar fora. Eu fui e beijamos novamente.
Começamos um relacionamento maravilhoso, no qual sei que foi a resposta perfeita das minhas orações. Logo ele me apresentou para alguns familiares, contou aos pais sobre nós e me pediu para contar para os meus pais. Depois de muitas orações e sinais de Deus, me mudei para a cidade dele e estamos vivendo o início de uma construção familiar, com a aplicação de todos os princípios que aprendi ao longo desses anos de transformação.
Há algumas semanas li na agenda dele que às 21h, nos dias da semana, é o momento que ele se dedica à namorada dele, que ainda inacreditável, sou eu. Ele não me pediu oficialmente em namoro, mas sei que já estamos namorando desde o dia 17 de outubro de 2020, porque nunca mais nos distanciamos. Pelo contrário. Fomos nós aproximando cada dia mais. Contei aos meus pais e todos sentiram paz.
Hoje louvo a DEUS pela cereja do meu bolo, rsrs. Agradeço muito a Sol, por ela ser esse canal de bênçãos nas nossas vidas e também a todas que testemunharam. Vou seguir com o Meu Senhor em primeiro lugar porque sei que ele está me ajudando a construir uma linda família, com um cônjuge valoroso.
Tudo se resume a um versículo: “Eu teria perecido sem dúvidas, se não cresse que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes.”
Se você ainda é solteira e está lendo este testemunho, humildemente te aconselho a estudar todos os princípios de Deus sobre uma mulher sábia. Quando vocês estiver preparada, Deus te enviará o varão valoroso.
Carina Avelino
carinaavelino@hotmail.com
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