Hoje vivo o que prego, eu vi a glória de Deus em meu casamento

Bom mesmo é louvarmos ao Criador, glorificarmos pelo teu santo e poderoso nome e dizer mil vezes como Ele é bom e sua misericórdia dura para sempre. Estamos numa chuva de bênçãos com tantos testemunhos maravilhosos para compartilharmos com vocês, hoje é o dia da nossa querida amiga Katiuscia render graças ao nosso pai pelo seu milagre. Deus quebra o vaso e refaz, Ele faz algo único e de excelência, foi exatamente o que aconteceu na vida dela.

"Katiuscia que lindo o seu relato, demonstra claramente que você não é a mesma pessoa de um ano atrás, você foi transformada numa mulher sábia, com raízes fortes que suporta muitas tempestades em prol da sua família. Que Deus continue te fortalecendo e abençoando seu lar com paz, amor, cumplicidade e sabedoria."

Sol

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"Pois Tu,ó Deus, nos provaste; Tu nos afinaste como se afina a prata. Tu nos meteste na rede; afligiste os nossos lombos. Fizeste com que os homens cavalgassem sobre a nossa cabeça; passamos pelo fogo e pela água; mas trouxeste-nos a um lugar de abundância. Entrarei em Tua casa com holocaustos; pagar-te-ei os meus votos. Que havia pronunciado os meus lábios, e dissera a minha boca, quando eu estava na angústia. Vinde e ouvi todos os que temeis a Deus, e eu conterei o que Ele tem feito á minha alma. Benedito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem desviou de mim a Sua misericórdia" (Salmos 66:10-20) 

Quero, através do meu testemunho, glorificar ao nome aquEle que tudo pode. Ao Senhor que sempre me amou e que antes mesmo que eu nascesse Ele já tinha planos maravilhosos traçados para mim. 

Esse não é um relato da restauração, apenas, do meu casamento, mas é principalmente a respeito de como Deus transformou a minha vida. Através da dor, o Senhor restaurou a minha comunhão com Ele, mudou crenças, revelou pecados ocultos, e moldou o meu temperamento. 

Não nasci em um lar cristão mas sempre tive o desejo enorme de conhecer a Cristo. Amava ir aos cultos, ainda criança me sentia atraída a Cristo, não sei explicar, mas quando ia à igreja eu me sentia muito bem. Aos 7 anos de idade iniciei a minha caminhada com Cristo. Na igreja fiz amizades eternas, trabalhei para o Reino e lá cresci em meio a grupos de louvor, oração e estudos da palavra. 

O tempo foi passando e outros foram surgindo, estudo, namorados... A comunhão aos poucos foi se perdendo. Em 2006 conheci meu esposo, éramos da mesma igreja e estudávamos na mesma universidade (em cursos diferentes). Ele, assim como eu, veio de um lar desfeito, tínhamos muitas coisas em comum e logo começamos a namorar. Éramos muito apaixonados e como estávamos enfraquecidos na fé e em nossas emoções, logo caímos no pecado e lá estava eu, grávida. 

Foi um período de luta tremenda, éramos acadêmicos, sem emprego, a família do meu esposo não aceitou e eu tinha uma vergonha imensa de tudo aquilo, sentia ter decepcionado a todos, principalmente a Deus. Não casamos, mas nunca nos separamos, as “duras penas” permanecemos juntos. Essa situação se estendeu por quase 6 anos, até que finalmente casamos. 

Em 23 de abril de 2012, casamos no civil, e junto com o casamento começaram as crises. Não sabíamos nada a respeito de como fazer um casamento dar certo, tínhamos apenas as experiências dos nossos pais. Estudamos tanto para ser excelentes profissionais, mas não estudamos nada para sermos marido e mulher, para construir um lar. Simplesmente vamos empurrando tudo com a barriga e contamos com a sorte para dar certo, até que um dia alguém se cansa. E nós cansamos! 

O tempo ia passando e a cada dia estávamos mais distantes um do outro, até que nos tornamos dois estranhos dentro da própria casa e vivíamos em uma verdadeira guerra fria. Sempre que algo dava errado, meu esposo dava como solução o divórcio, e eu sempre muito orgulhosa e soberba era a dona da razão. Era uma pessoa simplesmente insuportável. O diálogo já não existia, apenas acumulávamos as mágoas dentro de nós. 

Quando nosso filho mais velho completou 9 anos, concordamos em ter outro filho (o desejo era muito mais meu que dele), em três meses eu estava grávida. Foi uma gravidez que precisou de cuidados, com isso adeus à intimidade do casal, e uma grande brecha para o adultério foi aberta. A gestação não foi fácil, assim como a primeira, os meus dias eram tristes, o marido sempre “trabalhando”, mal tocava em minha barriga, não conversava com a bebê e sempre que precisávamos comprar algo para o enxoval, ele fazia com a maior má vontade do mundo, a esta altura já existia uma outra mulher (om) que eu só saberia lá na frente. 

Nossa bebê nasceu algumas semanas antes do previsto, foi um inicio difícil, ela chorava muito, não dormia, mamava mal, e eu me sentia exausta, não me arrumava, e ainda estava com muita dificuldade em perder o peso ganho durante a gestação, estava depressiva e não tinha a menor disposição para o marido. O tempo foi passando e o Senhor ia me alertando, através de sonhos, que meu casamento estava em ruínas, eu cega, orgulhosa não dei valor. 

Em minha soberba dizia, que se não desse certo ou se descobrisse alguma traição não perdoaria e seria divórcio com toda certeza. Já não orava, não estudava a palavra, achava que depois de tantos anos na igreja, nada mais era novidade, muitas vezes me deitava a noite e dizia “boa noite Jesus” e me dava por satisfeita, como se isso fosse uma oração  que audácia), minha casa era um ambiente triste, eu era uma mãe e dona de casa altamente dedicada, porém uma esposa tola. 

Em outubro de 2018 meu esposo disse que queria separar, que nosso relacionamento havia perdido a paixão, e não dava mais para continuar, ambos estavam infelizes. Eu mantive meu orgulho, mas conversamos e decidimos mudar as coisas; mas não mudamos nada, os dois lados permaneceram do mesmo jeito. Os dias foram passando e vi que meu marido estava cada vez mais oprimido, irritado, ausente, até que no dia 18 de dezembro de 2018 às 5:20h da manhã, ele me chama para dizer que estava saindo de casa; disse que havia caído em adultério na época da minha segunda gestação, mas negou ter o.m. naquele momento, apenas não me amava mais, e não sabia nem o por quê ter casado comigo, que nosso casamento tinha chegado até ali por causa dos nossos filhos. 

Bem, ali o mundo desabou, minha família, o meu maior tesouro estava destruído. Chorei, implorei, apelei mesmo, mas nada adiantou. Quanta dor, medo, vergonha, sensação de fracasso mesmo. Não fazia ideia, mas estava no deserto, e fui com tudo. Cometi todos os erros possíveis, e logico, o repúdio vinha à altura, só aumentava. 

Nos primeiros 3 meses o meu alvo era meu esposo. Tentei seduzir, argumentei, banquei o Espirito Santo (e descobri que não tenho a menor vocação para isso), orei muito pedindo a Deus para que ele enxergasse o erro que estava cometendo (imagino Deus olhando para mim e dizendo “tá tudo errado”), até que no mês de março, ele pediu os meus documentos para entrar com processo de divórcio. Foi nesse momento que entreguei os pontos, disse a Deus que não lutaria mais e deixaria tudo nas mãos dEle. E como Deus é lindo! Exatamente nesse momento, uma pessoa de um grupo que eu fazia parte no facebook (um curso de inteligência emocional), me orientou a buscar o canal da Sol, o Restaurar Casamentos. 

Gente, eu não sabia absolutamente nada de restauração de casamentos, comecei por um testemunho, nele a pessoa citou o livro da Erin “Como Deus Pode e Vai Restaurar o Seu Casamento”, bem só pelo nome do livro já fiquei empolgada, na hora baixei e devorei. O Senhor começou a falar comigo logo nas primeiras páginas, e foi a partir daí que comecei a me posicionar. 

Conheci outros canais de restauração, comecei a fazer jejuns, propósitos e agora buscava ao Senhor para que Ele me mudasse, mas ainda com a intenção errada, eu queria mudar para que meu esposo visse a minha mudança e voltasse para casa. Ainda assim, saí de cena, aos poucos apliquei o deixar ir, e pela misericórdia de Deus as coisas iam acalmando. 

Fiz o jejum das muralhas de Jericó, queria que o Senhor tirasse da cabeça do meu esposo a ideia do divórcio, mas no dia 04 de abril ele veio buscar os documentos. Pedi muita sabedoria ao Senhor e que o Espirito Santo falasse por mim. Conversamos, eu disse que não assinaria o divórcio mas não iria tentar fazê-lo mudar de ideia, não contrataria advogado, apenas iria confiar na decisão dele. Vi o agir de Deus fortemente ali, uma barreira realmente caiu. Naquele dia o Senhor me consolou com um texto em Isaías 51 

"Eu, eu sou aquele que vos consola; quem pois és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que se tornará em feno? E te esqueces do Senhor, que te criou, que estendeu os céus e fundou a terra, e temes todo o dia o furor do angustiador, quando se prepara para destruir? Onde está o furor daquele que te atribulava? O exilado cativo depressa será solto e não morrerá na caverna, e o seu pão não lhe faltará..."

Foi a partir daí que a minha vida começou a ser restaurada. Passei a buscar a Deus com todo o meu coração, orava sempre, estudava a palavra e fui percebendo o quão preciosa ela é. Buscando ao Senhor nas madrugadas, Ele trouxe a minha memória todo o Seu cuidado por mim, voltei a ser cheia do Espirito Santo (como eu senti a Sua falta, Ele é tão precioso e eu o amo tanto), Deus falava comigo pois aprendi a ouvir a Sua voz (ai como amo ouvir a voz do meu Mestre). 

Agora, não me importava mais que meu marido visse as mudanças em mim, eu simplesmente queria me tornar uma mulher segundo o coração de Deus. Durante esta jornada vi os milagres de Deus, a minha casa se encheu de paz, voltei a sorrir, a esta altura já havia um exercito orando por minha família, mas aprendi a manter o silêncio, conversava sobre a minha jornada com pouquíssimas pessoas, e ouvi muito “nossa, como você está mais bonita” rsrsrsrsrs, muita gente não sabia o que estava acontecendo. 

O Senhor sempre manteve o meu esposo por perto (Ele sabe a razão de tudo), ele sempre me procurava, negava ter o.m. e dizia vez ou outra que me amava, mas que existia uma barreira entre nós, também vira e mexe dizia que entraria com o divórcio. Continuei a ouvir os áudios da Sol e criei coragem para pedir uma vaga no grupo Restaurar (tinha certeza de que não ia conseguir, pense na fé pequena), porém no dia 18 de junho, exatos 6 meses de deserto, cansada, desanimada, pronta a desistir, recebo uma mensagem da Sol me convidando a fazer parte da família Restaurar, glórias a Deus! Aquele foi um bálsamo para mim, não lutaria mais sozinha, que felicidade. O Senhor sabia bem o quanto eu precisava daquele suporte. 

"Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que O temem. Pois Ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó" (Salmos 103:13-14)

Não posso deixar de mencionar que o Senhor fez uma obra maravilhosa em mim. Ele , gentilmente foi revelando o que precisava mudar em mim. Foi quebrando o orgulho, desfazendo sofismas, tirando a soberba, curando feridas, ensinando o perdão, e dando sabedoria. Sem precisar gritar aos quatro ventos, meu esposo logo foi notando as mudanças, e a cada dia fazia mais elogios. 

O Senhor nunca me desamparou, todos os dias renovava minhas forças, aumentava a minha fé, passei a descansar em Seu amor, na certeza de Ele faria o melhor em minha vida. Meus dias eram(e ainda são) cheios da presença de Deus, ouvia louvores, ministrações, estudos, e o meu quarto de oração era o meu refúgio. 

Na primeira quinzena de setembro, tudo ia aparentemente bem, meu esposo estava bem próximo e parecia que a restauração estava à porta. Nesta mesma semana o Restaurar iniciou o jejum “mais perto de Deus”, 7 dias de jejum. Os primeiros 5 dias foram maravilhosos, até estranhei, tudo em paz, até que ao final do sexto dia, do nada, recebo uma mensagem do meu esposo falando que estava cansado daquela situação e entraria com o divórcio. Não questionei, fiquei bem triste, porém coloquei diante do Senhor (já estava exausta daquilo). 

Terminamos o jejum no dia 15/09. No dia 16/09, meu filho pediu o computador ao pai pois o nosso havia quebrado e ele precisava fazer um trabalho escolar. Foi aí que a força que recebi durante o jejum se fez necessária. Ao ligar o computador, me deparei com uma página com o nome de uma mulher que eu não conhecia (era a tão negada o.m.), e como sou muito curiosa, fui finalizar a investigação (melhor que F.B.I.), bem , a ponta do icerberg apareceu. Que dor! Foram dores de parto, eu queria sumir, ou melhor queria correr para o céu. 

Conversei com meu esposo, com muita calma (foi o Espirito Santo, certeza), não julguei, não agredi com palavras, mas ali ele me disse que me amava, porém havia uma barreira entre nós e ele não conseguia reconstruir comigo. Pois bem, lá fui eu clamar ao Senhor, pedi oração a umas pessoas (desta vez apenas 2), com uma dor enorme me senti extremamente envergonhada. 

No dia seguinte, uma mulher de oração que eu não conhecia me ligou (uma amiga pediu para ela ligar mas não contou o que estava acontecendo), durante a oração, ela dizia que Deus estava cansado de ver o meu sofrimento e a partir de agora era tudo com Ele. Com muita dor fui me reerguendo, e toda palavra que recebia era sobre “processo”, reconstrução. Senti uma força sobrenatural e voltei ao campo de batalha. 

No dia 20/09 meu esposo voltou a se aproximar, mas estava doendo demais, tentei afastá-lo, só que Deus não deixou ele desistir e no dia 22/09, um domingo, ele me perguntou se eu ainda lutava em oração pelo nosso casamento e pediu para voltar. Deus é fiel! 

Para viver a glória da segunda casa foi necessário se desfazer da primeira. Teríamos uma semana de muita luta pela frente. Ele trouxe as malas 25/09 mas só voltou realmente no dia 29/09 e essa é a nossa nova data de casamento. Meu esposo não voltou liberto, convertido como eu tanto pedi ao Senhor, mas Deus prepara tudo tão bem que dois dias antes dele pedir para voltar, o Senhor me levou a ouvir o testemunho tremendo da Mussani, e foi isso que me deu fé para crer que Aquele que começou a boa obra é fiel e não deixa nada inacabado. 

Tenho visto o agir de Deus todos os dias, meu esposo já não está com o semblante abatido e a cada dia o Senhor tem derramado o Seu bálsamo em mim. Durante toda esta jornada o Senhor sempre esteve comigo. Ele levantou um exercito de intercessores entre amigos de longa data, outros recentes, mulheres de oração (algumas só conheço por telefone), nossa psicóloga (um verdadeiro instrumento de Deus como uma paciência incrível). 

O Senhor dos Exércitos realmente mudou a minha vida, removeu o pecado, renovou minha autoestima, me ensinou a importância do jejum, da oração, o poder das escrituras e me encheu com o Seu Santo Espirito. Quando meu marido disse que queria voltar para casa, ele me que viu que eu havia mudado e que de todas as mudanças a principal foi ter me tornado uma mulher de oração. 

Hoje vivo o que prego, eu vi a glória de Deus. 

“Bom é ter esperança e aguardarem silêncio a salvação do Senhor” (Lamentações 3:26)

“Sustenta-me conforme a Tua palavra, para que viva, e não me deixes envergonhado da minha esperança” (Salmos 119:116) 

"A glória desta ultima casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ageu 2:9) 

Não desistam da sua família, Deus não desistiu.

Katiuscia Fragoso de Melo 

katyfragoso@hotmail.com